NEW APPROACHES TO TEACHING AND LEARNING MATHEMATICS

Gilson Silva de Lima* [email protected]

Professor de Matemática 

Resumo: Nossa sociedade sofreu algumas modificações no decorrer do tempo, destaca-se o desenvolvimento tecnológico e o aprimoramento de novas formas de pensamento sobre o saber e sobre uma nova maneira de se ensinar Matemática, têm principalmente refletido na busca da aprendizagem qualificada dos alunos, o que tem se tornado ponto de grande dificuldade e insegurança entre professores resultando numa Matemática da qual os alunos não usufruem de uma aprendizagem satisfatória. Por isso, faz-se necessário a busca de uma nova reflexão no processo educativo de Matemática, onde o professor passe a dominar novas didáticas e metodologias de um novo processo de ensino-aprendizagem de Matemática, sem com isso ser colocado como um simples observador dos avanços tecnológicos ou das novas técnicas e métodos. Mas, como um dominador do mesmo capaz de fazer os alunos aprender utilizando essas mesmas ferramentas.

Palavras-chave: Sociedade. Tempo. Desenvolvimento. Tecnologia. Didáticas. Metodologias.  

Abstract: Our society has undergone some changes over time, highlight the technological development and the improvement of new ways of thinking about and learn about a new way of teaching mathematics are mainly reflected in the search for qualified students' learning, which has become a point of great difficulty and uncertainty among teachers resulting in Mathematics which students do not enjoy a satisfactory learning. Therefore, it is necessary to search for a new reflection in the educational process of mathematics, where the teacher pass to master new teaching methodologies and a new process of teaching and learning of mathematics without it being placed as a simple observer of technological advances or new techniques and methods. But, as a ruler of even able to make the students learn using these same tools.

Key-words: Society. Time. Development. Tech. Teaching. Methodologies.

1 INTRODUÇÃO

            A pergunta em geral se tratando do ensino da Matemática é: Afinal o que realmente significa aprender? São “incontáveis” os alunos que tiram boas notas na escola (ou pelo menos a média), sem de fato absolver os conhecimentos necessários para resolver os problemas do cotidiano. Neste caso, uma das propostas que tem crescido a cada dia, é o uso das novas tecnologias, novos métodos, incluindo os jogos.

Já foi percebido que o uso dos jogos e brincadeiras como estratégia de ensino na escola rende bons resultados, desde que existam profissionais capacitados para trabalharem usando essas novas metodologias. Pois, segundo Borin:

(...) a introdução de jogos nas aulas de Matemática é a possibilidade de diminuir bloqueios apresentados por muitos de nossos alunos que temem a Matemática e sentem-se incapacitados para aprendê-la. Dentro da situação de jogo, onde é impossível uma atitude passiva e a motivação é grande, notamos que, ao mesmo tempo em que estes alunos falam Matemática, apresentam também um melhor desempenho e atitudes mais positiva frente a seus processos de aprendizagem.

2 NOVAS FORMAS DE ENSINAR E APRENDER MATEMÁTICA

A educação de matemática, hoje, e por um bom tempo, não tem sido repassada de forma que os alunos possam usufruir de seus conhecimentos para resolver um problema do dia-a-dia. Na tentativa de amenizar a situação, tem surgido um novo tipo de educação de matemática. A proposta é ensinar matemática utilizando as artes, as brincadeiras, os jogos e as novas tecnologias. A pergunta que surge é: será que esse tipo de ensino está centrado em solucionar os problemas ou é apenas uma forma de distrair os alunos?

Quando se afirma que os educadores precisam encontrar novas formas de ensinar Matemática, se deseja sobreviver os momentos difíceis que atravessa tendo em mente que se devem aperfeiçoar as atuais formas de ensino e aprendizagem, torná-las mais eficientes e, ao mesmo tempo, como se fosse possível, mais agradáveis. Como a responsabilidade maior é sempre do professor, ele tem que se integrar e deixar de ser somente repassador de conhecimento para tornar-se um aprendiz, refazendo o processo de renovação do conhecimento.

Desta forma, docentes e discentes são vistos num processo que facilita e ajuda ambos atuarem de maneira mais satisfatória. Já que o processo do conhecimento humano não se baseia apenas nos bancos das escolas ou universidades. Mas também, em suas culturas e histórias de vidas particulares. Através da troca de informações entre um e outro que é possível ensinar e aprender ao mesmo tempo. Os conteúdos e as atividades elaboradas para pesquisas ajudarão, pois, “quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender.” (FREIRE, 1996, p. 12).

2.1 A importância dos jogos na aprendizagem matemática

Ao optar por trabalhar a Matemática por meio dos jogos, o professor deve levar em conta a importância da definição dos conteúdos e das habilidades presentes nas brincadeiras e o planejamento de sua ação com o objetivo de o jogo[1] não se tornar mero lazer. A Matemática faz-se presente em diversas atividades realizadas pelos alunos e oferece aos homens em geral vários situações que possibilitam o desenvolvimento do raciocínio lógico, da criatividade e a capacidade de resolver problemas.

Segundo Miguel de Guzmán (1986): “valoriza a utilização dos jogos para o ensino da Matemática, sobretudo porque eles não apenas divertem, mas também extrai das atividades materiais suficientes para gerar conhecimento, interessar e fazer com que os estudantes pensem com certa motivação”. O ensino dessa disciplina pode potencializar essas capacidades, ampliando as possibilidades dos alunos de compreender e transformar a realidade.

Dentre os muitos objetivos do ensino de Matemática, encontra-se o de ensinar a resolver problemas, e as situações de jogos representam uma boa situação-problema, na medida em que o professor sabe propor boas questões aos alunos, potencializando suas capacidades para compreender e explicar os fatos e conceitos da Matemática. Segundo Boavida (1992), “o principal objetivo da educação é ensinar os mais novos a pensar, e a resolução de problemas constitui uma arte prática que todos os alunos podem aprender”.

2. 2 Matemática através da informática

O estudante tem o dever de acompanhar essa evolução tecnológica, para estar inserido no mundo em que vive e não ser evadido do sistema social cada vez mais digitalizado. Outro fator é deixar a ideia de que o conhecimento esta centrado somente na figura do professor. O papel do professor deve ser desempenhado como tal, mas desvincular o pensamento de detentor do saber, o professor deve ser um mediador do conhecimento, mostrar como se busca, assim desenvolvendo um aluno capaz de andar com as suas próprias pernas atento as coisas que estão acontecendo ao seu redor.

Mas o objetivo é transformar o ensino e em particular o ensino da Matemática em um momento de completo raciocínio lógico, centrado nas evoluções tecnológicas e a interdisciplinaridade que nos cerca, tornando-os capazes de está preparado para vivenciar esse mundo cada vez mais complexo, onde as coisas se transformam rapidamente.  Além disso, proporcionar um ambiente de aprendizagem virtual, onde se pode viajar no mundo em uma sala fria cheia de computadores capazes de nos levar a qualquer lugar ou simplesmente falar com uma pessoa do outro lado do mundo.

Atualmente a educação tem passado por momentos revolucionários que nos faz pensar, organizar e traçar um plano de ação sobre todas essas tecnologias que estão batendo em nossas portas, pronta para usar, mas será que a sociedade, a escola, os professores estão preparados para usá-las, ou ainda mais, será que a escola e o corpo docente têm consciência da importância que essas Novas Tecnologias de Informação e Comunicação podem oferecer para educação no ensino e aprendizagem?

Uma das barreiras e até mesmo uma das mais difíceis, não é nem a distribuição dos equipamentos nas escolas, mas sim de ocorrer às mudanças de padrões culturais, quer dizer conscientizar o educador que não dá mais para adiar os recursos tecnológicos na educação. Mas para que isso possa acontecer é necessário informar e planejar estratégias de comunicação destinadas a qualificar e informar as demandas educativas, criando um contexto mais favorável para incorporação, além que o setor público precisa Deve-se, além disso, definir os procedimentos para cobrir os gastos fixos (toner, tinta para impressoras, papel, disquetes, contas telefônicas e de acesso à Internet, etc.).

Por último, é necessário elaborar uma estratégia de atualização dinâmica que evite a rápida obsolescência. Para que todas essas propostas do governo sobre as Novas Tecnologias na educação possam ter resultados satisfatórios, não basta somente equipar com os recursos tecnológicos e mantê-los, quer dizer dar todas as condições de uso nas escolas, darem cursos para os educadores, mas se não houver uma mudança na valorização do educador de maneira geral: tanto financeira, quanto educativa. Jamais teremos uma educação de qualidade com o uso das Novas Tecnologias.

A escola não pode ignorar o que se passa no mundo. Ora, as novas tecnologias da informação e da comunicação transformam espetacularmente não só nossas maneiras de comunicar, mas também de trabalhar, de decidir, de pensar (PERRENOUD, 2000, p.125). “O ensino da matemática é sem duvida um dos mais importantes da vida estudantil de cada ser humano”. A matemática tem sido o bicho de sete cabeças para muitos estudantes ao longo da sua formação. Mas esse panorama pode estar atrelado à má formação por parte de alguns professores de Matemática que visa o ensino de Matemática como conceitos matemáticos prontos, como objetos, não percebendo que estes conceitos devem ser desenvolvidos pelos alunos.

 De acordo com Valente (1998, p.34-35), “o ensino da Matemática na escola visa, sobretudo, o desenvolvimento disciplinado do raciocínio lógico-dedutivo”. O ensino tradicional de Matemática não tem produzido resultados satisfatórios. Segundo Valente apud Machado:

São inúmeros os problemas que decorrem da questão: evasão escolar; pavor diante da disciplina; medo e aversão à escola, dentre outros. Em larga medida, o problema advém da metodologia amplamente adotada nas escolas para o ensino em geral e especificamente para o da Matemática.

“O aluno é mais importante que programas e conteúdos”. (D’AMBROSIO, 1996, p.14).

3 CONSIDERAÇÕES

Existe uma enorme necessidade de ampliar e aprofundar os conhecimentos sobre o processo de ensino-aprendizagem de Matemática. Dessa maneira, acredita-se que os educando possam se qualificar de forma a serem capazes de utilizar as novas tecnologias, as brincadeiras, os jogos entre outras técnicas em aulas práticas de Matemática. Assim, o professor será capaz de entender duas opiniões distintas. Uma é perceber e compreender o potencial didático dos jogos, que tornam as aulas de Matemática mais dinâmicas e proveitosas para os alunos. Outra é a hipótese, que o ensino da Matemática não ocorre, mesmo com professores considerados ótimos ou com metodologias descritas como inovadoras. Então, fica aberta a seguinte pergunta: como fazer pra repassar o ensino de Matemática?

REFERÊNCIAS 

BORIN, J. Jogos e resolução de problemas: uma estratégia para as aulas de matemática. São Paulo: IME – USP, 1996.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à prática educativa. 30, ed. São Paulo: Paz e Terra, 2004. Disponível em:<http:// www. letras.ufmg.br/espanhol/pdf>. Acesso em: o4 julh. 2011.

AGUIAR, J. S. Jogos para o ensino de conceitos: leitura e escrita na pré-escola. Papirus,1999.


BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília, 1998.

OLIVEIRA, Zilma de Moraes Ramos de (org.). Educação infantil: muitos olhares. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2000.

COTTA, Alceu Júnior. Novas Tecnologias Educacionais No Ensino de Matemática: estudo de caso - Logo e do Cabri-Géomètre. Dissertação de Mestrado. Florianópolis
2002.

MARTÍNEZ, Jorge H. Gutiérrez. Novas tecnologias e o desafio da educação. In: TEDESCO, Juan Carlos (Org.). Educação e novas tecnologias: esperança ou incerteza? São Paulo: Cortez ;Brasília :UNESCO,2004.

SANCHO, J. M.; HERNANDEZ, F. et al. (Org). Tecnologias para transformar a educação. Porto Alegre: Artmed, 2006.

SOARES, Suely Galli. Educação e comunicação: o ideal de inclusão pelas tecnologias de informação: otimismo exarcebado e lucidez pedagógica. São Paulo. Cortez. 2006.

TEDESCO, Juan Carlos (org.). Educação e Novas Tecnologias: esperança ou incerteza?. São Paulo. Cortez: Buenos Aires: Instituto Internacional de la educacion; Brasília: UNESCO, 2004.

VALENTE, José Armando (Org.). Computadores e conhecimento: repensando a educação. Campinas: UNICAMP/Núcleo de Informática Aplicada à Educação-NIED, 1993.

VALENTE, José Armando (org.). O computador na sociedade do conhecimento. Campinas: UNICAMP/ Núcleo de Informática Aplicada à Educação-NIED, 1999.

VALENTE, J.A.(org.). O computador na sociedade do conhecimento. NIED, Núcleo de Informática Aplicada à educação. Campinas: Unicamp, 2002. 



[1] O jogo na escola foi muitas vezes negligenciado por ser visto como uma atividade de descanso ou apenas como um passatempo.