NÃO GOSTO E NÃO APOIO O ESPIRITISMO
Publicado em 12 de abril de 2010 por SILNEY DE SOUZA
Não é incomum ainda nos dias atuais nos depararmos com situações onde a Doutrina Espírita codificada por Allan Kardec é atacada e desprezada.
Certamente todos nós temos o nosso direito e o nosso livre arbítrio para analisarmos o que mais e o que menos nos agrada, de realizarmos as nossas reflexões sobre temas da vida cotidiana e de tirarmos as nossas conclusões. O "problema" não está nas situações em que nos empenhamos, estudamos, consultamos outras pessoas e decidimos racionalmente. O fato preocupante é quando, motivados por uma centena de razões, simplesmente pré concebemos que algo não é correto, que não é bom e pronto!
Não é incomum nos depararmos com pessoas que assumem esse posicionamento quando o tema é o espiritismo.
O meu objetivo aqui não é criticar, nem tampouco defender ou agradir quem ou qualquer coisa que seja, mas apenas refletir sobre alguns aspectos e tentar encontrar respostas razoáveis para algumas questões que realmente me intrigam.
Qual Filosofia, religiosa ou não, responde, com o mesmo grau de coerência questões primordiais da vida humana comparativamente ao espiritismo?
Vamos relacionar apenas alguns dos temas esclarecidos racionalmente pelo espiritismo para a nossa reflexao conjunta:
A) Existência de Deus;
B) Origem e destinação da Terra;
C) Origem do ser humano no planeta;
D) Finalidade e vida em outros planetas;
E) Ensinamentos morais deixados por Cristo (explicados de forma racional e compreensível);
F) Finalidade e objetivos da nossa existência;
G) Alma (o "fecho da abóboda" como definido por Kardec);
H) Misérias humanas;
I) Diferenças sociais, culturais, econômicas;
J) Provas e Expiações;
K) Vida após a morte;
L) Magnetismo;
M) Pecado;
N) Céu e Inferno;
O) A nossa responsabilidade em nossa "Salvação";
E por ai afora.
Repito a pergunta: Qual filosofia ou religião explica esses aspectos de forma tão racional, clara e conclusiva quanto o espiritismo o faz?
Não, não me responda que em tal lugar ou que em tal livro sagrado está escrito xyz. Compare essa filosofia espiritualista com os conhecimentos humanos e com a razão, com o bom senso e responda honestamente somente para si. E veja, näo estamos aqui discutindo religião.
Como posso, em sã consciência simplesmente dizer que não simpatizo, que não gosto, que não acredito em alguma coisa sem ter, pelo menos, tentado entender o que ela significa?
E mais ou menos como o meu filho de 5 anos dizer que não gosta de legumes, simplesmente porque é verde, sem procurar entender o porque os pais recomendam que ele adquira o hábito de incluir os legumes em sua refeição.
Tudo bem, talvez ele não tenha maturidade para isso ainda.....
Mas certamente não é o caso de seres adultos, com capacidade de compreensão e discernimento.... Infelizmente, na qualidade de adultos, não temos mais o direito de acreditarmos em historinhas de milagres, de coisas sobrenaturais, de velhinhos bonzinhos (que não são o papai Noel) de seres com chifrinhos, de fogo eterno, de arrebatamento, de anjinhos com azas que sentam ao lado direito de um senhor de barba branca e de diabinhos, comandados pelo Capeta Mor que querem destruir o bom velhinho!
Procure entender, estudar, compreender o que ensina a Doutrina Espírita, sem pré conceitos e sem pré julgamentos e avalie o grande potencial de contribuição desses ensinamentos, racionalmente compreendidos e assimilados, em sua vida cotidiana.
Não encare esses ensinamentos exclusivamente do ponto de vista religioso, mas aproveite a oportunidade para exercitar o seu "bom senso".
Você ficará realmente surpreso com os resultados!
Para finalizar duas frases de Kardec:
"Fé raciocinada é aquela que enfrenta a razão face a face em todas as épocas da humanidade";
"Só se pode considerar como crítico sério aquele que houvesse tudo visto, tudo estudado, com a paciência e a perseverança de um observador consciencioso; que soubesse sobre esse assunto tanto quanto o mais esclarecido adepto; que não tivesse extraído seus conhecimentos dos romances das ciências; a quem não poderia opor nenhum fato do seu desconhecimento, nenhum argumento que ele não tivesse meditado; que refutasse, não por negações, mas por meio de outros argumentos mais peremptórios; que pudesse, enfim, atribuir uma causa mais lógica aos fatos averiguados." (Revista Espírita, 1860, p. 271)