Quando falamos sobre a Manobra de Valsalva, estamos dizendo que realizamos uma expiração forçada contra a glote fechada, dessa forma, impedindo a expiração do ar. De uma forma bem sucinta, a inspiração e expiração são dependentes de valores de pressão.

Quando fazemos a Manobra de Valsalva a pressão intra-torácica e pressão intra-abdominal aumentam. Esse aumento de pressão nessas regiões fazem com que a veia cava inferior seja obstruída, com isso, o retorno venoso ao coração se torna prejudicado. 

Como menos sangue retorna ao coração e a pressão arterial é dependente de volume sistólico (PAS = DC(FC x VS) x RVP), a pressão arterial nesse momento sofre uma queda, reduzindo os seus valores. Retirando um trecho do livro de McArdlle ele descreve que: "Uma Manobra de Valsalva prolongada produz uma queda brusca na pressão arterial." Essas alterações podem gerar sensações como vertigens e até provocar desmaios.

Essa técnica de Manobra de Valsava é muito utilizada quando a carga a ser vencida é muito grande, pois, essa técnica permite um aumento da PIA (Pressão Intra-Abdominal) e PIT (Pressão Intra-Torácica) auxiliando na estabilidade da região abdominal e torácica, podendo aumentar a performance.

A grande questão é que quando a glote é reaberta o fluxo sanguíneo é restabelecido, gerando um aumento da pressão arterial.

Por isso, a resposta da pressão arterial em um primeiro momento seria de redução, decorrente da obstrução da veia cava inferior, reduzindo o retorno venoso. Após o restabelecimento do fluxo sanguíneo, a pressão arterial se eleva.

Quando me refiro ao primeiro momento, descrevo sobre as primeiras adaptações agudas decorrentes do uso da manobra e, em seguida, as respostas compensatórias da mesma.

O que acham professores?

Profº Léo de Paiva Montenegro
Site: www.leodepaiva.com

Para mais informações:

McArdlle, W. ; Katch, F. ; Katch, V. Fisiologia do exercício: Energia, Desempenho e Nutrição Humana. Ed. Guanabara Koogan. 6ª Ed. Pag. 273. 2008.