Lê pra mim? O papel do professor na formação de bons leitores

Luciana Rodrigues Maciel

Érica Patrícia dos Reis Oliveira

Kédma Macêdo Mendonça

Sibele Silva Leal Rodrigues,[1]

Pesquisas mostram que quem começa a ler cedo tem mais chances de se tornar um bom leitor. Por isso é de extrema importância que os educadores leiam ou contem histórias às crianças desde o berçário.

A primeira infância é uma fase de muita imaginação e fantasia. Maria Betty Silva Coelho (1998, p. 16) argumenta que nesta fase as histórias devem ter enredos  simples, vivos e atraentes contendo situações que se aproximam ao máximo da vida, de sua vivência afetiva e doméstica do meio social, de brinquedos e animais que a rodeiam e sejam humanizados.

A leitura proporciona inúmeros benefícios entre eles: desenvolvimento da fala, senso crítico, ampliação do vocabulário, estímulo da criatividade, emociona e causa impacto, expandi o conhecimento em geral e facilita a escrita. No entanto para que isto ocorra é imprescindível que o material de acesso ás crianças seja de boa qualidade e escritas por bons autores.

De acordo com Nelly Novaes Coelho (2006, p. 34) o material para a criança pequena, ou seja, o pré-leitor, deve predominar a imagem, sem textos ou com textos breves que podem ser dramatizados pelo adulto; imagens que sugiram situação significativa para as crianças; desenhos ou pinturas com traços nítidos; texto com graça, humor, clima de mistério ou expectativa; repetição ou reiteração de elementos são técnicas importantes para manter a atenção e interesse do leitor em formação.

Além disso, é fundamental que o professor seja um leitor competente, pois um leitor criativo, estimulador, sonhador, enriquece a prática pedagógica. Nesse sentido é essencial que todo educador se constitua como modelo de leitor e escritor para os seus alunos, compartilhando tanto atos de leitura e escrita como razões que levam alguém a ler e a escrever, discutindo ideias que a leitura de um texto lhe desperta, compartilhando conhecimentos e preferências quanto a autores e gêneros, socializando algumas decisões envolvidas na escrita de um texto.

Segundo José Juvêncio Barbosa (1994, p.136-137) o adulto mediador da leitura é interprete de um mundo repleto de aventuras que permite à criança alargar as fronteiras do seu próprio mundo.

O apoio de um adulto quando ainda não se sabe ler sozinho, permite que as crianças vivam experiências únicas através da literatura. A leitura realizada por um leitor experiente, dá à criança a possibilidade de conceber o livro como uma troca interpessoal.  Por isso o papel do educador na formação de futuros leitores é imprescindível.

REFERÊNCIA 

BARBOSA, José Juvênico. Alfabetização e leitura. 2. Ed.rev. São Paulo: Cortez, 2004.

COELHO, Maria Betty Silva.Contar histórias: uma arte sem idades. 8. Ed. São Paulo: Ática, 1998.

COELHO,  Nelly Novaes. Literatura infantil: teoria, análise, didática. 7.ed.rev.atual.São Paulo: Moderna,2006.

[1] Licenciadas em Pedagogia- Professoras da Rede Municipal de Rondonópolis/MT.