JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS: O LÚDICO E O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Por LUDIMILLA NERES COSTA REIS | 28/01/2019 | EducaçãoResumo: Este trabalho de pesquisa tem por objetivo a reflexão dos professores que trabalham na escola Ricieri Berté no município de Santa Cruz do Xingu. Este trabalho versa sobre a importância dos jogos e brincadeiras na educação infantil e apresenta objetivos que procura nortear seu valor dentro das instituições, como método eficaz, pressupõe o desenvolvimento, a aprendizagem e o conhecimento adquirido pela própria criança em sua formação cognitiva e psicológica.
Neste trabalho, abordar-se-ão os conceitos deste instrumento educativo de forma a auxiliar os educadores a reconhecer importância dos jogos e brinquedos no desenvolvimento das crianças que freqüentam a educação infantil. Utilizou-se como fundamentação estudos de Froebel, kishimoto, Santos, Vigotsky e outros autores que revelam em suas obras que o lúdico aplicado a pratica pedagógica não apenas contribui para a aprendizagem da criança, como possibilita ao educador tornar suas aulas mais dinâmicas e prazerosas.
Ao considerar as informações coletadas, percebe-se a necessidade de refletir sobre uma reformulação desse paradigma, no intuito de que haja uma maior e melhor utilização do lúdico para que ocorra um verdadeiro crescimento e desenvolvimento da criança no cotidiano da pré-escola no que se refere ao ato de aprender brincando.
Palavras-chaves: educador. Lúdico. Jogos. Brincadeiras.
INTRODUÇÃO
Este trabalho de pesquisa versa sobre a importância dos jogos e brincadeiras na educação infantil e apresenta objetivos que procura nortear seu valor dentro das instituições. Contudo, como método eficaz, pressupõe o desenvolvimento, a aprendizagem e o conhecimento adquirido pela própria criança em sua formação cognitiva e psicológica.
Nessa perspectiva, apresenta-se através de quatro capítulos, sendo que o primeiro aborda a contribuição dos jogos e das brincadeiras na formação do conhecimento adquirido pela criança ao longo dos anos; o segundo, refere-se ao lúdico na construção do desenvolvimento e da aprendizagem da criança; o terceiro, apresenta a importância do brincar e por último enfatiza o brincar livre e coordenado.
Na centralidade do assunto desenvolvido, a abordagem imbricada através do surgimento dos jogos no século XVI, comenta-se sobre os referenciais teóricos de autores que possuem idéias distintas no que se refere às contribuições dos jogos e brincadeiras. Desse modo, pressupõe-se a forma pela qual a criança se desenvolve em seus aspectos cognitivos, físicos e psicológicos através das atividades lúdicas.
Nessa perspectiva, Froebel (1782-1852), contribuiu de forma significativa com o processo pedagógico, ao considerar que a criança desperta suas faculdades próprias mediante estímulos. Tais idéias passaram a influenciar a educação infantil em todo o mundo. Desse modo, define-se então que, o brincar como atividade livre e espontânea, necessita de orientação mediada para com o desenvolvimento infantil.
Posteriormente, estudam-se outras hipóteses sobre a questão da importância dos jogos e brincadeiras na educação infantil.
A CONTRIBUIÇÃO DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA FORMAÇÃO DO CONHECIMENTO ADQUIRIDOS PELA CRIANÇA AO LONGO DOS ANOS
Os jogos surgiram no século XVI, tendo seus primeiros estudos realizados em Roma e na Grécia, com o objetivo o aprendizado das letras. Esse interesse aumentou durante o período do cristianismo, que buscava uma educação disciplinadora, utilizando o método da memorização e obediência. A partir de então, os jogos passaram a ser mal vistos perante a sociedade.
Com o surgimento do Renascimento é que o jogo passa a ser importante no cotidiano dos jovens, como uma forma de diversão.
Jogo significa diversão, brincadeira. Como também serve para definir atividades individuais das crianças na construção com grupos, como por exemplo, grupos de canto ou dança.
A brincadeira foi introduzida no cotidiano infantil com o surgimento do jardim de infância através das idéias de Froebel (1782-1852 - primeiro filósofo a ver o uso de jogos para educar crianças pré-escolares) que considera que a criança desperta suas faculdades próprias mediante estímulos. Essas idéias influenciaram a educação infantil em todo o mundo.
A Companhia de Jesus usou o jogo educativo como recurso auxiliar de ensino para promover a educação e expandir o catolicismo.
Por muito tempo, na historia da humanidade, o brincar foi considerado como uma atividade que esteve ativamente presente na vida do ser humano e em especial, na vida da criança. Foram manifestações naturais que se perpetuaram, mas por outro lado, foram consideradas atividades desagradáveis e não relevante para que a ludicidade não tivesse prestígio na sociedade.
Kishimoto (apud Spodek e Saracho, 1990) relata que os Estados Unidos foi o exemplo inicial para vários países. Porém Missionários cristãos protestantes propagavam o jardim froebeliano em muitos países asiáticos e latino-americanos.
Portanto, acredita-se que referente às necessidades da diferença de crianças pobres e ricas, que o brincar contribui para o aprendizado de ambas, porém existe rejeição na noção do brincar não supervisionado como educação. Partindo dessa interpretação, fortalece a perspectiva do jogo educativo, do brincar orientado, tendo como meta à aquisição de conteúdos escolares.
As teorias froebelianas definem o brincar como atividade livre e espontânea, responsável pelo desenvolvimento físico, moral, cognitivo. Os dons e os brinquedos, são objetos que subsidiam atividades docente, conhecidos hoje como materiais pedagógicos, que permite a aquisição de habilidades e conhecimentos, justificando os jogos educativos. Entende-se também, que a criança necessita de orientação para seu desenvolvimento. Cabe ao profissional da educação infantil, compreender que a educação é um ato intencional, contudo, a aquisição do conhecimento, requer a auto-atividade, capaz de gerar autodeterminação que se processa especialmente pelo brincar.
É importante a criança brincar, pois ela se desenvolverá permeada por relações cotidianas, e assim vai construindo sua identidade, a imagem de si mesma e do mundo que a cerca (MALUF, 2005; p.20).
Percebe-se que o brincar possui um grande significado social, no desenvolvimento infantil. Durante o envolvimento das crianças, suas ações nas brincadeiras, estas se socializam com as demais crianças, participando ativamente de atividades propostas pelo profissional de educação infantil, possibilitando-as a garantir o desenvolvimento da sua própria autonomia. Segundo SANTOS, (2002; p.111) “...o brincar é enfocado tanto como fenômeno filosófico, como sociológico, psicológico...pedagógico e também por outros ângulos de abrangência mais restrita e particularizada”.
Portanto, o professor ao utilizar a brincadeira em sua prática pedagógica, durante situações de aprendizagem para com a criança, possibilita o desenvolvimento da mesma em todos os aspectos: social, cognitivo, afetivo, cultural e físico.
Nesse sentido, Vigotsky afirma que: “A brincadeira leva a criança a penetrar no mundo social e cultural e faz da prática pedagógica uma ação mágica, pois é pela ludicidade que os significados se constituem”. (Vigotsky, 1989, p. 19).
De acordo com os pressupostos citados, a educação infantil privilegia os aspectos do brincar na atualidade. Fato este o porquê se inserem com maior intensidade tais procedimentos nessas instituições. Os esforços somados a partir dos estudos realizados, convergem em mesma direção, o que se propõe no caráter das teorizações acima. [...]