RESUMO

Infarto agudo do miocárdio (IAM) define-se como a obstrução de uma ou mais artérias coronarianas, causando a morte tecidual do músculo cardíaco. Conforme as pesquisas realizadas, o IAM é uma patologia muito grave com alto índice de mortalidade no mundo inteiro devido aos fatores de risco como sedentarismo, obesidade, tabagismo, diabete, hipertensão arterial e dislipidemia. É importante ressaltar que os hábitos saudáveis devem ser mantidos ao longo de toda a vida do paciente para se proteger de um novo episódio de infarto. A atuação do enfermeiro é de extrema importância para o paciente com IAM, sendo ressaltado seu conhecimento técnico e científico, sua liderança e coordenação da equipe no atendimento do infarto, quanto mais rápido for o atendimento menos sequelas haverá. O enfermeiro é o responsável pela triagem do paciente que tem como objetivo definir as prioridades e necessidades e conduzi-lo para o setor adequado, nessa triagem é utilizado o protocolo de Manchester que é classificado em cores e minutos/hora dando prioridades ao paciente mais grave. O atual estudo teve como objetivo compreender a fisiopatologia e quadro clínico do IAM identificando seus principais fatores de risco, bem como descrever o papel do enfermeiro no atendimento ao paciente com IAM destacando as intervenções de enfermagem. A metodologia utilizada nesse trabalho foiàs pesquisas bibliográficas baseadas em dados científicos e livros. Concluiu-se a importância sobre as intervenções de enfermagem que são primordiais diante do atendimento ao paciente com suspeita ou diagnóstico confirmado de infarto agudo do miocárdio, sendo o enfermeiro responsável por delegar funções aos demais profissionais da equipe a fim de prestar o atendimento rápido.

Palavras chaves:enfermagem, infarto agudo do miocárdio, assistência.

1 INTRODUÇÃO

O infarto agudo do miocárdio (IAM) é caracterizado pela necrose de uma parte do músculo cardíaco, causando oclusão da artéria coronária devido a formação de coágulos ou placa de ateroma (MANSUR et al., 2006; SANTORO; PIMENTA, 2008).

De acordo com o Datasus (Departamento de Informática do Sistema Único de Sáude), em 2010 no Brasil, as doenças cardiovasculares estão em primeiro lugar como causa de óbito, totalizando 29%. Segundo o Datasus, o infarto agudo do miocárdio é a segunda causa de óbito mais frequente (7%, Datasus 2010). O alto índice de mortalidade na saúde pública é caracterizado por obstáculos enfrentados pelos pacientes com IAM que está relacionado a sua aquisição ao tratamento em terapia intensiva, modo de reperfusão e as ações terapêuticas determinadas para o IAM (RIBEIRO, 2009).

Pesquisas realizadas no Brasil, mostrou que os pacientes com sinais e sintomas do IAM não buscaram atendimento instantâneo nos serviços de saúde por não conhecerem os sintomas, por deficiência no transporte público, retardando a chegada no hospital e por não possuir serviços de primeiros socorros especializados (MELO; TRAVESSOS; CARVALHO, 2007).

Para os profissionais de enfermagem é de suma importância que eles entendam as respostas do paciente à doença cardiovascular, julgando a utilidade que provem da autorização e garantia da atividade dos profissionais de enfermagem fundamentado na comprovação, relacionando as manifestações e sinais clínicos habituais da execução clínica cardiológica em ocorrência, intervenções e resultados de enfermagem (NANDA, 2009).

Os fatores cruciais das doenças cardiovasculares estão relacionados com a hereditariedade, obesidade, sedentarismo, estresse diário, hipertensão arterial, dieta inapropriada e rotina de vida errônea (MELTZER, 2000).

O enfermeiro tem um papel fundamental, o seu trabalho começa logo na chegada do cliente a unidade de urgência e emergência, sua atribuição primordial é diagnosticar previamente a doença, iniciando rapidamente os cuidados emergenciais, elevando a chance de sobrevida do cliente.O trabalho do enfermeiro é essencial no amparo do cliente com hipótese do IAM ajudando no controle da doença, proporcionando um esquema de cuidado coerente para cada paciente, priorizando a recuperação, porém sempre procedendo de forma humanizada, recordando que a pessoa tem sua doutrina e princípios, propiciando um cuidado participativo, destacando o cliente como peça fundamental no decorrer do procedimento (CARVALHO; PAREJA; MAIA, 2013).

Para que a assistência de enfermagem no IAM seja aprimorada, o enfermeiro precisa se beneficiar das tecnologias, com o intuito de ajudar na elaboração dos cuidados, possuindo entendimento técnico-cientifico que são essenciais, isto é, a equipe que auxilia o cliente depois do infarto, necessita de reciclagem e inovação com as técnicas do cuidado de modo que o objetivo traçado supra as expectativas e que proporcione uma boa condição de vida para o paciente (PONTE et al., 2012). Em complemento disso, a aplicação de fármacos é de suma relevância para a vigilância da patologia, evitando piora do quadro e contribuindo para a estabilidade clínica. A equipe de enfermagem deve instruir o paciente a aceitação da terapia medicamentosa ininterruptamente (LOURENÇO et al., 2015).

Planos para aperfeiçoar a condição de vida no pós-infarto tem sido assunto de averiguação cientifica com o objetivo de assegurar uma terapia exclusiva, visando meios de surpreender positivamente a reabilitação do cliente (BONI; MARTINEZ; SACCOMANN, 2013). [...]