Eu te amo não pode ser o bom dia de hoje. 
Bem sabemos que o tema “amor” aparece durante toda vida e em cada estágio dela tem uma forma de ser visto. Fato que o amor ao longo dos anos foi estudado e foi dividido em diferentes tipos. Também é fato que o amor é visto de diversas maneiras por pessoas diferentes e será comentando sobre isso que iniciarei o artigo.
Segundo especialistas existem três tipos de amor, amor ágape, amor Eros e amor Philos e o que diverge um do outro é a forma de amar e como se ama. Não necessariamente a intensidade como se ama vai identificar um ou outro.     Amor ágape é o amor que está diretamente ligado ao afeto, amor sem desejo sexual e sem cobranças. Amor ágape pode ser encontrado entre pessoas que pensam parecidos sobre determinado assunto e coisas, amor bastante utilizado para caracterizar o amor de Deus pela sua criação segundo prega a igreja. Amor Eros é o amor que está relacionado diretamente com o ato sexual, amor responsável pela perpetuação da espécie humana que enxerga no próximo uma atração sexual forte e inexplicável, onde os hormônios entram em sena e trás sensação de prazer quando se é correspondido e sensação de desprezo quando a pessoa amada não compartilha do mesmo sentimento. Ainda existe o amor Philos o qual é responsável pelo crescimento humano como pessoa.
 
    Quando criança é comum se fazer pergunta sobre como as pessoas nos amam e essa pergunta se faz de forma involuntária. Ter a certeza a partir de atitudes e diálogo é fundamental para que a criança cresça sabendo que é amada. A falta desse amor ou de diálogos que dão essa certeza pode ocasionar perdas futuras e dificuldades de enfrentar os desafios da vida quando adultos.
    Quando adulto o que se percebe é um corpo completamente desenvolvido e uma mente formada cheia de pensamentos sobre si mesmo, dotada de muita informação adquirida ao longo de sua infância, onde muitas vezes se faz uso dessas informações e afeto para se identificar no meio social, nesse caso, a forma como uma pessoa se relaciona afetivamente a outra está diretamente ligada à forma que foi amada quando criança. Pode-se dizer que o amor de hoje é o reflexo do amor de ontem.
    Quando se tem conhecimento que cada pessoa e seu comportamento quando adulto é produto de sua educação fica fácil perceber que cada pessoa tem sua forma própria de amar, assim sendo, devemos fazer uma análise sobre esse comportamento visto na outra pessoa, nesse caso, o amor é um sentimento que está no nosso interior e não dentro do próximo. Não se deve procurar entender a pessoa amada e sim entender e ter a certeza de que aquela pessoa nos faz bem, nos faz sentir-se maravilhado com o simples fato de estar presente, deixando as dificuldades pequenas quando comparado a sua presença. Amor não pode estar presente no eu te amo de cada dia e sim nas ações, o que torna o caminhar prazeroso e o fardo mais leve. O amor que se sente não está presente dentro do outro e sim dentro de si, com isso, pode-se afirmar que quando se ama a tendência é agradar a pessoa amada o que não tira da outra parte a responsabilidade de analisar se aquela pessoa e seus gestos correspondem ao que se espera. Seria esse o amor Eros?
    Chico Xavier numa de suas frases diz “Só o riso, o amor e o prazer merecem revanche. O resto, é mais que perda de tempo… é perda de vida”. Perceba que o autor coloca no mesmo patamar o riso, amor e o prazer; vou mais além dizendo que quando se ama o riso e o prazer é espontâneo e nada pode ser forçado, quando se ama se confia e se deixa levar pelo chamamento do coração sem deixar de lado as responsabilidades que esse amor possa impor.
    Em síntese o amar não deve ser tratado como o bom dia que se diz na rua, não se pode tratar o amor como uma troca de palavras e ou sonhos porque o amor é mais que isso. Amor é sentimento construído ao longo de um tempo de convivência mútua que trouxe pensamentos futuros, projetos e acima de tudo entrega.