ÉTICA DE JESUS E KARDEC

 

Sabe-se que o Espiritismo, como Doutrina dos Espíritos Superiores, nascera no Século 19 com a publicação do seu ‘Tratado’ mesmo, ou seja, com “O Livro dos Espíritos”, em 1857.

 

Sendo o seu organizador, no plano terreno, a pessoa de um renomado pedagogo: Allan Kardec (1804-1869), que, no Século 19, encontrara farto material relativo às mesas girantes, e, pois, à mediunidade, às suas instruções espirituais, sendo que, a partir daí mesmo se embrenhara pelo novo campo de estudos que se abria para os pesquisadores terrenos.

 

E, Kardec, com tanto material que viera a ter em suas mãos, publicara diversos livros, dentre tais: a ‘Codificação Espírita’ que se compõe de cinco (5) opúsculos fundamentais e, portanto, relativos ao fenômeno mediúnico e das instruções daí decorrentes em que se destaca o aprimoramento moral da criatura humana, do seu Espírito palingenésico, e, pois, imortal.

 

Daí mesmo, pois, de tão intensas pesquisas, nascera a Ciência Espírita de Kardec, ou seja, de 1854 a 1869. Entretanto, em comunicação mediúnica a ele atribuída no Século 20, mais exatamente, em 1907, pelo médium Fernando de Lacerda, o fato é que Kardec, em Espírito, estivera a reconsiderar e admitir que sua Ciência se tornara um tanto obsoleta e desusada. No que concordamos plenamente. (Vide para maiores informes nosso e.Book: “Ciência Espírita: Tese Informal”).

 

Vejamos alguns tópicos da comunicação de Kardec:

 

“Companheiro. E' incontroverso que depois que da Terra sai, alguma coisa aprendi mais do que o que nela sabia. Este novo pecúlio de saber seria talvez proveitoso a refundição de minha obra ai”.

 

“Tenho refletido muito nisso, por vezes. Sempre que encontro na Terra um médium bom, crio desejos de fazê-lo; - e agora, que tenho assistido ao desabrochar das tuas faculdades, mais uma vez pensei, com interesse, na possibilidade de fazer esse trabalho de melhoramento, de aperfeiçoamento”.

 

“No campo experimental, ilustres e prestantíssimos sábios se lhe tem avantajado em muito”.

 

“A parte experimental é, porem, efêmera. Boa para a conquista, não tem, todavia, qualidades de estabilidade e de conservação. Como fenômeno experimentado, entra na ordem das coisas concretas, e para estas coisas, o aperfeiçoamento é mais sensível, porque a natureza delas e mais precária”.

 

“Uma obra experimental de grande atualidade e verdade hoje, daqui a dez anos será velha, se a não acompanhar, como parte integrante e auxiliar, a feição abstrata e ideal”.

 

“Os meus livros, no que tem de prático, sob o ponto de vista experimental, estão antiquados e suplantados, de há muito, por dezenas de outras obras de mais incontestado e incontestável valor, daquela ordem de estudos”.

 

“O que, porém, neles existe da parte moral e de ensinamento, ainda não foi nem será facilmente sobrepujado. E' que, neste campo, eles estão com a verdade, e a verdade, apresentada sob que aspecto for é sempre a verdade. E' tão nova hoje, como no tempo do Cristo, como no tempo dos profetas, como em qualquer tempo”.

 

(Palavras textuais de Allan Kardec: em Espírito)

 

No que, mais uma vez, concordo plenamente com Kardec (Espírito)! No tocante à sua parte experimental (incluindo CUEE), esta se tornara um tanto irrelevante como o próprio reconhece em suas considerações. Sendo que, na parte ética e comportamental, mais uma vez, estamos de total acordo com Kardec (Espírito); tanto é que, pessoalmente, tenho observado, mais detidamente, o que o Espírito do apóstolo Paulo e o próprio Kardec considerara, em seu tempo, em “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (AK):

 

“Fora da Caridade não há Salvação!” (Opus Citado).

 

E, pois, Salvação de todos nós: Espírito decaídos que, com a Graça Divina, estão a mudar de rumos, se redimindo e se salvando pelas normas evangélicas do Enviado Divino.

 

E, temos mais do referido “Evangelho”:

 

“Espíritas: Amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo!” (Opus Citado)

 

Assim, pois, penso não há no Mundo terreno uma obra mais importante que o Novo Testamento, e, pois, que o ‘Evangelho’ de Jesus! Obra em que a prática correspondera magnificamente à teoria ministrada; o que nos leva, pois, a sermos mais coerentes com os ensinos do Mestre e façamos valer na prática (o que nem sempre fazemos) tão importantes ensinos!

 

Finalizo, assim, com o desejo de um:

 

-Bom Natal pra todos: com Deus e com Jesus; e um:

 

-Ano Novo repleto de luta, de trabalho, de atividade e cooperação, e, mais ainda, de notáveis realizações espirituais e morais.

 

Fernando Rosemberg Patrocinio

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