Resumo

O processo de ensino e aprendizagem depende de estratégias que visam provocar no aprendiz uma mudança de comportamento, caso contrario pode se considera que este não ocorreu. Para uma disciplina como educação visual há necessidade de investir nas estratégias mais acertadas para tornar mais agradável a aula desta disciplina que logo a partida é considerada difícil.

Este estudo decorreu na cidade de Maputo em duas escolas nomeadamente escola Comunitária São Joaquim e escola Primaria de Lhanguene Piloto no ano de 2013.

Palavras chave: educação visual e estratégias de ensino

1. Introdução

O sucesso de ensino e aprendizagem (EA) está inequivocamente dependente da utilização de estratégias adequadas para a sua implementação. Quando bem implementadas, ajudam a melhorar o PEA. No âmbito das práticas pedagógicas, decorridas nos anos de 2010 a 2012, verificaram-se fenómenos que induziam a ideias de que os alunos estavam dependentes somente do professor no que se refere ao PEA. Ao que se entende, a prestação do aluno deve ser mais participativa, facto este que melhora cada vez mais o processo em causa. Olhando para esta posição dos alunos, levantou-se a seguinte questão:

Que estratégias de ensino podem ser implementadas para tornar a aprendizagem mais participativa dos alunos nas aulas de Educação Visual?

Para responder a esta questão foi desenvolvido um estudo que visava, avaliar os níveis de participação dos alunos na aprendizagem, resultante das actuais estratégias usadas; e verificar o nível de satisfação do professor com relação à participação dos seus alunos.

Entende-se que a aprendizagem é um processo que culmina com a mudança de comportamento relativamente ao estado inicial. Em ultima análise, depois de uma aprendizagem, um indivíduo deve ser capaz de responder às questões impostas referentes o que outrora aprendera, caso contrario não terá aprendido. Para que ocorra a aprendizagem propriamente dita é importante que se usem estratégias capazes de promover ou facilitar o processo em causa, e este processo só poderá trazer resultados satisfatórios se o aprendiz for activamente participativo.

À medida que o aprendiz participa, dinamiza o ensino e, sem dúvida, passa da posição de um ser passivo para um ser activo, contrariando o pensamento moderno da escola nova. Assim, “o professor agirá como um estimulador e orientador da aprendizagem cuja iniciativa principal caberá ao aluno” (aprendiz) (PILETTI; 2004, p.30).

As razões que levaram a pesquisa deste assunto referente a estratégias derivaram dos fenómenos observados no âmbito das Práticas Pedagógicas (PP’s) em algumas instituições de ensino, tais são os casos das escolas: Secundária de Boane na província de Maputo, Primária de Lhanguene Piloto, Comunitária São Joaquim estas últimas na cidade de Maputo. Os fenómenos observados evidenciavam a presença de uma forma de ensino tradicional, ou seja, casos em que o aluno continuava simplesmente a escutar o professor dando a ideia de que o professor é o único detentor do saber.

Com este estudo espera-se que venha a ser útil à medida em que possam ajudar na reflexão e definição de acções estratégicas voltadas à promoção da participação dos alunos nas aulas como forma de desenvolver o gosto pela disciplina de educação visual, bem como o alcance dos objectivos pré-definidos.

Disciplina de Educação Visual

A Educação Visual é na sua essência uma disciplina prática que visa desenvolver nos alunos a destreza manual, através de diferentes técnicas de expressão, o sentido de organização de espaços físicos e pictóricos, de estética e gosto pelo belo, entre outras qualidades, como a analítico-crítica de comunicação através da imagem. (MINED, 2009)

Segundo SAMUEL (2004, p.1) a Educação Visual “é uma disciplina cuja aprendizagem é feita através de trabalhos práticos, realizados pelos alunos com o acompanhamento do professor”.

Por sua vez, ALMEIDA e VELOSO (s/d, p.10) afirmam que a Educação Visual é mais do que ver, mais do que observar, é agir. Nesta disciplina o aluno desenvolve as habilidades psico-motoras, de observação e olhar crítico enquanto ser integrante e explorador do meio envolvente. Daí que se torna importante o estudo de EV, pois proporcionam conhecimentos que o homem precisou e sempre vai precisar para compreender, interpretar e representar os diversos fenómenos que o rodeiam.

Neste três posicionamentos a cima a tónica patente é o desenvolvimento de habilidades práticas. O carácter prático reflecte-se no saber fazer alguma coisa, quer seja em conjunto quer seja individualmente.