RESUMO

O ensinar é aprender a filosofar sobre o que se converge do problema ao conceito, em prol do desenvolvimento cognitivo para questionar qualquer relação de conhecimento, sem se apropriar do que já está construído, mas o utilizando como fagulha para convergir, divergir significar e o ressignificar a constituição dos seus para o mundo da expressivamente, e assim se tornar crítico e autônomo em suas relações extrínseca e extrínseca, procurando respostas para os saberes que pensa conhecer e dominar. Palavras-chave: problemática. conceito. conhecimento. filosofar.

Segundo. Chuí (2004)2 , o contexto filosófico está para possibilitar a manifestação de problemas ligados ao conhecimento sócio, histórico e cultural a interagir, pensar, dialogar e argumentar na formulação e reformulação de perguntas e respostas, até porque esta conexão tem e está na história como a reciproca do conceito para o problema na filosofia. Uma relação que deve ser labutada com propósito de formar sujeitos ativos e capazes de conhecer a si mesmo para aprender e compreender sobre os fatos contingentes do mundo, filosofando sobre as questões ainda não satisfeitas a sua curiosidade, abrindo assim novas possibilidades para interagir com o que circunda o saber. Portanto enfatizamos que não há intenção de formar um especialista em filosofia, até porque demanda de uma relação mais avançada, a qual está ligada ao campo da graduação, pós-graduação e outras atualizações, mas, no entanto, se torna necessário prepará-lo para ser crítico e autocritico, buscando uma razão filosófica. Diante disto se propõe norteá-lo a percorrer um caminho de forma estimuladora, subsidiado por explanações de autores renomados como Armijos3 , Gallo4 e Perine5 , os quais nos permite interagir com grandes ícones da filosofia mundial, como Platão que valoriza a dialogia argumentativa como um caminho para autoria do aprender com autonomia, evidenciada por Netzsche, e aconselhada por Kant, motivada por temáticas conforme Savater, conceituada por Deleuze e Gattari. Com base nestas relações é possível demostrar ao aluno o quanto é viável resgatar as referências existentes para dialogar e interagir com as ideias propostas, de forma a problematizá-las para subsidiar a reflexão e a construção autoral, sem menosprezá-las. Para tanto é necessário fazer com que o aluno consiga reconhecer naquele assunto que pensa dominar e saber, como aquele no qual necessita assumir o controle das ações cognitivas, até mesmo sobre os vedados à faculdade racional para os passivos filosoficamente. Diante disto é possível empregar o uso de grandes temáticas para motivar extrinsecamente o aluno a sentir a problemática, evidenciando o momento em que ...a razão é levada para um plano em que, supostamente, não lhe corresponde estar. Por exemplo, se Deus existe, e possui o atributo da onisciência, pode o ser humano ser responsabilizado por seus atos? Ou, podemos falar em liberdade humana caso Deus saiba tudo? Pois se Deus sabe tudo, parece que eu não poderia deixar de fazer aquilo que ele já sabia que eu ia fazer. Dessa forma, eu não poderia ter feito diferente, pois caso agisse de forma diversa daquela que estava na mente divina, essa ação provaria que Deus se equivocou ou não sabia algo que eu de fato faria. No primeiro caso, Deus não seria perfeito, por equivocar-se; no segundo, não seria onisciente, por desconhecer algo — o que eu iria de fato fazer. Meu problema e minha perplexidade aumentam. E, ao parecer, a única forma que tenho para resolver essas questões é pensando, reflexionando. Neste caso, quanto mais reflexiono maiores são minhas dúvidas e perplexidades. Com efeito, se é impossível que Deus se equivoque, por ser perfeito, ou que Deus desconheça algo, por ser onisciente, minhas ações, ao que parece, de alguma forma estariam determinadas pela onisciência e perfeição divinas. Se for esse o caso, surge um novo problema: como poderia afirmar que o ser humano é livre? (ARMIJO, 2013, p. 196) Podemos dizer que esta relação impacta, convoca e provoca a reação crítica porque somos livres para pensar sobre a temática que perdura há séculos, e assim abstrair o que se considera enclausurado no senso comum, para transformar a realidade do que se enuncia “... não apenas como um conjunto de conhecimentos historicamente produzidos...” (Savater apud GALLO, 2013. P. 208). Portanto é possível afirmar que não se deve tratar o objeto de conhecimento como algo inquestionável quando pesamos filosoficamente, até porque podemos “... entrar numa tradição viva, não de pensamentos confiados a livros guardados em bibliotecas, mas de (...) compreender a realidade e a si mesmo num discurso que responda as exigências da racionalidade e universalidade...” (PERINE, 2013, p. 153-154) Sendo assim, podemos enfatizar que na construção do conhecimento existem elementos que precisam ser pensados e repensados, a partir do momento em que o controverso nos remete ao 4 ...exercício de apelo à diversidade, ao perspectivismo; é um exercício fundamental para a existência humana; é uma abertura ao risco, de busca da criatividade, de um pensamento sempre fresco, é um exercício da pergunta e da desconfiança da resposta fácil. (GALLO, 2013, p. 209). Como um impulso para sentir o problema de forma profundada, dentro de uma interlocução de ideias a resgatar conceitos a partir da atividade cognitiva, a qual possibilita o grande tema da filosofia que é o pensamento como caminho para o conhecimento. Para tanto esta relação só é possibilita porque o conceito se origina a partir do problema, como uma proposta de solução que alimenta a reciproca incessante de movimento para criação, motivo pela qual não se espera que ele esteja pronto por ser conhecimento e nunca ser criado do nada para o nada. Evidencia-se em trecho da Carta VII6 , “...que Dionísio, depois de ouvir uma única lição, escreveu uma obra como se fosse sua ...” (PLATÃO apud PERINE, 2013, p. 144) demostrando assim sua total inaptidão para problematizar e criar conceitos. Verifica-se que o motivo como propósito de alimentar a reação intrínseca para nortear o pensamento autônomo não foi captado, uma proposição que já defendia Nietzsche no século XIII, Kant e Savater também. Diante disto verificamos o quanto é necessário filosofar para encontramos uma razão a renovar o conhecimento como motivo para aprender. ... essa importante construção humana, que é o conceito. Isso, sim, a filosofia pode oferecer (...) sempre frente a nossos problemas vividos. E também um local onde se arrisque a criação de novos conceitos, por mais circunscritos e limitados que eles possam ser. É o conceito que permite (...) criticamos a partir do conceito e pelo conceito. (GALLO, s/d, p. 3) Portanto cabe labutar junto ao aluno/discente, as proposições motivadas pela interlocução de saberes, a participar ativamente como interlocutor, do como e o como é possível conceituar o que tudo se saber, se a insipiência é o norte para aprendizagem para além do informativo. [...]