ENQUANTO OS VENTOS SOPRAM

Chega ao nosso conhecimento, por meio do nosso amigo Vasco Nascimento essa história:

Havia um fazendeiro que possuía terras ao longo do litoral do Atlântico. Ele constantemente anunciava estar precisando de empregados para trabalhar em sua fazenda, mas a maioria das pessoas demonstrava-se pouco disposta a trabalhar em fazendas naquela região. Temiam as horrorosas tempestades que literalmente varriam as fazendas, causando estragos nas plantações e nas construções locais.

A procura por novos empregados era constante e as recusas que o fazendeiro recebia também. Certo dia, no entanto, um homem de estatura baixa, magro, de meia idade, se aproximou do fazendeiro perguntando: O senhor está procurando lavrador?

Em resposta, perguntou então o fazendeiro: Você é um bom lavrador?

Bem.....

Eu posso dormir enquanto os ventos sopram, respondeu o pequeno homem......

Embora confuso com a resposta, o fazendeiro, necessitado de novos empregados, contratou-o.

Ao longo dos primeiros meses o homem trabalhou bem ao redor da fazenda, mantendo-se ocupado desde o alvorecer até o por do sol, deixando o fazendeiro bastante satisfeito com o resultado do seu trabalho.

Então, numa noite fria, o vento uivou ruidosamente. Assustado, o fazendeiro pulou da cama, agarrou um lampião e correu até o alojamento dos empregados. Sacudiu o pequeno homem e gritou: Levanta! Uma tempestade está chegando muito rapidamente! Precisamos amarrar tudo para que as coisas não sejam arrastadas!

Para a surpresa do fazendeiro, o pequeno homem olhou o fazendeiro calmamente e disse com voz firme: Não Senhor! Eu lhe falei: Eu posso dormir enquanto os ventos sopram.

Enfurecido com a resposta, o fazendeiro sentiu-se tentado a despedir o pequeno homem imediatamente, porém era preciso apressar as ações naquele momento e preparar o local para a tempestade que rapidamente avançava. Trataria do empregado depois.

Porém , ao percorrer a fazenda, para o seu assombro, ele descobriu que todos os montes de feno estavam cobertos com lona, firmemente presa ao solo; o gado estava bem protegido no celeiro, os frangos nos viveiros e todas as portas estavam muito bem travadas, janelas bem fechadas e seguras. Tudo muito bem amarrado; nada poderia ser arrastado.

Foi então que o fazendeiro entendeu, finalmente, o que o seu empregado quis dizer.....

Retornou para sua cama e voltou a dormir tranquilamente, enquanto o vento soprava forte lá fora....
Quando nos encontramos bem preparados física e espiritualmente, não há nada a temer. Podemos continuar dormindo tranqüilos enquanto os ventos fortes sopram em nossas vidas!

Estudar Kardec, Entender Kardec e Ensinar Kardec, missão primordial da Causa Espírita.

Reflitamos.