DEPRESSÃO E AGRAVOS CARDIOVASCULARES EM MULHERES: UMA COMPREENSÃO PELO ENFERMEIRO

Por rosa gomes dos santos ferreira | 05/12/2018 | Saúde

DEPRESSÃO E AGRAVOS CARDIOVASCULARES EM MULHERES: UMA COMPREENSÃO PELO ENFERMEIRO

MARIANNE DA SILVA SANTOS1; ROSA GOMES DOS SANTOS FERREIRA2; DEBORA RIBEIRO CARDOSO3; JORGE LUIZ DO NASCIMENTO4; LUZIMAR APARECIDA BORBA PAIM5; JESSICA DO NASCIMENTO REZENDE6

INTRODUÇÃO: A depressão é um transtorno psiquiátrico comum em mulheres e acrescenta risco cardiovascular a esta população, por trazer resultantes de desgaste orgânico, metabólico e inflamatório, evidenciados, principalmente, pelo aumento dos níveis de cortisol, o hormônio do estresse. 1 Os vasos sanguíneos inflamados, propensos à formação ateromatosa, contribuem para ocorrência de hipertensão, trombose, infarto, AVC.2 Mulheres deprimidas costumam associar tabaco, álcool e outras drogas, sedentarismo, hábitos que também cooperam para as cardiopatias.3 Por isso, a depressão deve ser tratada como fator de ocorrência para doença coronariana. OBJETIVO: Apresentar o conhecimento do Enfermeiro Cardiologista, acerca da correlação da depressão, como fator de risco para as cardiopatias. MATERIAIS E MÉTODOS: Abordagem quanti-qualitativa, descritiva, exploratória, interseccional, tipologia survey, com n= 20, por conveniência, realizada com enfermeiros cardiologistas, por tiragem em dois hospitais do Rio de Janeiro, por questionário auto-aplicável de três questões fechadas, via internet. RESULTADOS: Para 35% dos enfermeiros, a depressão advém, como resultante da instalação da cardiopatia, dado seu potencial restritivo social, não tendo correlação com desenvolvimento deste transtorno mental. Ele seria resultante da instalação da doença cardíaca. A doença cardíaca estaria intrinsecamente relacionada às fatoriais sócio-culturais relacionadas à obesidade, tabagismo, abuso do álcool e sedentarismo (70%), mas não correlacionam estes fatores, a possível transtorno psíquico depressivo. DISCUSSÃO/CONCLUSÕES: Nossa apreciação é a de que, ainda necessitamos avançar, no que tange à capacidade de articularmos saberes e múltiplas especialidades, no sentido de compreender correlações, em prol da saúde integral. As doenças resultam de características multifatoriais, respostas objetivas e subjetivas de indivíduos únicos e neste viés, cabe ao enfermeiro, desenvolver sua avaliação técnica e de cuidado, como nesta apresentação.

Palavras chave: Enfermagem; Depressão; Cardiologia; Saúde Holística
 

REFERÊNCIAS

  1. JURUENA, M. F; CLEAREA, A. J.; PARIANTEA, C. M. O eixo hipotálamo-pituitária-adrenal, a função dos receptores de glicocorticóides e sua importância na depressão. Rev Bras Pisquiatr 2004; 26(3): 189-201.

  2. MENEZES. F. H.; LUCCAS, G.C; LANE, J.C. Manual de moléstias vasculares. AC Ed.1ª edição. Rio de Janeiro. 2009.

  3. DAUDT, C.V.G. Fatores de risco de doenças não transmissíveis em uma comunidade universitária no sul do Brasil. Universidade Federal do rio Grande do Sul. 177 f. 2013.

1 Enfermeira Residente UNIRIO. Especializanda em Cardiologia.

2 Enfermeira. Doutoranda EEAN-UFRJ. Enfermeira Cardiointensivista.

3Enfermeira Residente IPUB-UFRJ.

4 Enfermeiro Intensivista.

5 Enfermeira Nefrologista. Mestre em Enfermagem. Professora Assistente. FASE-Petrópolis.

6 Enfermeira Residente. IPUB-UFRJ.

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