Carta ao senhor José
Publicado em 19 de abril de 2015 por Leninha Nascimentto
São Paulo, 18 de abril de 2015
Carta ao senhor José
Convido o senhor, que teve formação Cristã, a imaginar o Brasil colonial quando os primeiros professores foram os padres jesuítas.
Você sabia senhor José, que Dom Pedro I com decreto tornava oficial a Educação no Brasil em 1549?
Sabia também que, a origem da palavra profissão e professor, reside na mesma raiz etimológica?
Não existem facilidades na vida de um professor, seja ele, preceptor, docente, mestre ou diretor.
“A educação se constituí como direito fundamental e essencial ao ser humano. ”
http://www.pco.org.br/movimento-operario/operacao-caos-na-educacao-fecha-salas-de-aula/aeie,z.html
De acordo com o link senhor José, a operação fecha-salas, é um desserviço à sociedade; talvez eu devesse me juntar ao senhor numa oração para me livrar desses protestos, manifestações e greve dos professores estaduais; e talvez delegar funções a Igreja, tal qual como na Idade Média, quando a educação era de total responsabilidade da Igreja. Porque se o senhor seu José, cuja profissão é a de Governador da maior Metrópole do País não consegue negociar as reinvindicações da categoria, OREMOS.
Paulo Freire conseguiu com seu método ensinar 300 adultos a ler e escrever em 45 dias.
Anísio Teixeira contribuiu para a igualdade de oportunidades a filhos da classe alta e proletariado.
Ao longo da história grandes contribuições à educação e cidadania. Ato falho, desculpe-me senhor José, ia me esquecendo que você também teve acesso à educação, formou-se médico; fico a imaginar a quantidade de professores que passaram por sua vida até garantir a sua formação.
Com tanta educação/ informação, trabalho e luta propiciados pelos anos de instrução, no ano de 1977 o senhor, aliás, o jovem José aos 23 anos assumia em Pindamonhangaba o cargo de Prefeito; benevolente, nomeou seu Pai chefe de gabinete da Prefeitura.
A luz do conhecimento e outros expedientes seu José, recordo-me da Campanha Eleitoral nas eleições de 2014, o slogan bradava “AQUI É SÃO PAULO”, incitava o orgulho dos Paulistas.
Ano 2015 de nosso Senhor, qual orgulho podemos ter da nossa metrópole senhor José?
Gostaria de continuar a escrever essa carta, mas está chovendo e preciso colocar meus baldes e bacias no quintal para reutilizar agua da chuva. Um pedido e uma observação ao senhor; A educação é a base de uma nação.
Quando você seu José, NEGA OS DIREITOS REINVINDICADOS PELOS PROFESSORES É A SÃO PAULO QUE NEGA EDUCAÇÃO!
Assinado: De uma cidadã qualquer, para o senhor José.