BANCO DA PRAÇA
Publicado em 09 de janeiro de 2019 por Ciro Toaldo
NO BANCO DA PRAÇA
Professor Me. Ciro José Toaldo
No contexto urbano em que estamos inseridos, as cidades apresentam a estrutura para garantir a qualidade de vida de sua população; assim, além de áreas destinadas às atividades físicas, também surgem os espaços para descanso, arborização e embelezamento da cidade que são as praças, onde há trânsito de pessoas!
A praça central, sempre é referencia para uma cidade. Desde os Gregos, passando pelos Romanos antigos as praças representavam o coração de sua civilização, tendo a preocupação de torna-la o ‘cartão postal principal’. Aliás, foram nos bancos da Acrópole grega que surgiram teorias que revolucionaram a filosofia e grande parte das ciências, desta forma a praça, com sua estrutura, inclusive ligada aos seus bancos podem se tornar um importante instrumento para se entender a população de uma cidade!
Somos latino-americanos, povo que busca viver com intensidade, diferente dos europeus temos outra dimensão de encarrar a existência. Mesmo tendo grandes dificuldades, o povo latino encarra a vida com animosidade e, principalmente nas praças conseguimos compreender a dinâmica deste comportamento!
Tenho habito de ir ao trabalho com a bicicleta, um dos caminhos é a praça central, lá encontro pessoas de diferentes tipos. A curiosidade levou-me a observar com mais detalhes o ambiente de nossa praça. Alguns aspectos são negativos, outros positivos. Negativo pelo fato de encontrar jovens desocupados, consumindo bebida alcoólica, fumando e sem expectativa de vida. Aliás, tive dificuldade em continuar a reflexão, pois alguns daqueles moços dirigiram-me a palavra, pedindo dinheiro.
O que passa na cabeça destes jovens, em plena luz da tarde estarem naquela situação? Muitas questões foram afloradas naquele momento e meu pensamento divagou, pois não basta verificar a consequência, mas se deve buscar entender as causas que os levaram a estar naquela situação!
Mas, não eram apenas jovens que estavam lá, observei que havia idosos, uns cabisbaixos, outros alegres! Alguns fumando, outros pareciam com o pensamento longe! Alguns senhores, vendendo ‘picolé’, percebia-se um olhar de indignação por se encontrarem naquela situação. Havia os transeuntes, estes andavam depressa! Nossa como a praça é movimentada e cheia de vida.
O lado positivo encontra-se na dimensão do povo, na expressão de outras tantas fisionomias que demonstravam alegria e determinação no olhar! De fato, a praça expressa muito sobre a população: felicidade, sabedoria, sofrimento e tantos outros quesitos podem ser observados por meio de um banco da praça.
Não precisa ser psicólogo formado, basta ter predisposição para refletir e perceber qual a vivencia de nosso povo! Faça a experiência e irá ficar fascinado (ou preocupado) com nossa população esta vivendo!