As celebrações e eu. 

Essa coisa de encerrar, fechar o ano e iniciar um novo não me agrada como costumava agradar anteriormente.

Sinto menos necessidade de grandes celebrações.

Entre navios, restaurantes, minha própria casa cheia de amigos, clubes, boates, praias, sala de espera de aeroportos, sob a chuva sem um taxi por perto, enfim, já experimentei um pouco de tudo isso. 

Quando já faz muitos anos me peguei sozinha em casa pela primeira vez, abrindo meu vinho enquanto assistia pela TV as lindas celebrações pelo mundo, fogos de artifício na Austrália, em Londres, Times Square iluminado, músicas, melhores momentos etc.... não foi mal quanto imaginei que seria. E aí, dancei diante da TV, como sempre faço quando ouço uma música do Tim Maia, Lulu Santos e Ben Jor e Rita Lee ou a bateria de uma Escola de Samba que convenhamos, incendeia a alma da gente. 

Foi libertador, aliás. Pra uma festeira de plantão, essa mudança poderia ser prenúncio de lágrimas e dramas. Não foi. Não é. 

Aguardo calma e serenamente o novo dia o novo ano. E saio para caminhar na praia, receber os benefícios do sol. Afinal eu vivo no Rio de Janeiro!

Planos? faço sempre, claro, e depois balancete não é a minha praia, meu contador é quem tem as fórmulas. 

Já o Natal, esse sim ganhou mais brilho, mais significado. Adorei o Menino que nascia e continuo adorando. Preparei e preparo sua chegada com o coração vibrando de alegria e cheia de fé na humanidade.

Já esperei a sua chegada sob a proteção das preces e Cantos Gregorianos no Mosteiro de São Bento com muita emoção. Fui levada por uma amiga querida para conhecer e celebrar ouvindo alegremente as preces nas vozes suaves quase angelicais das feiras do Convento das Irmãs Clarissas, festejando o nascimento do Menino Deus.

Pude estender minhas mãos aos que vivem nas ruas sem presentes, comidas, família e assim dividir um pouco do muito que me foi dado. 

Recebi o presente do Mais Amado do Senhor de todas as datas, a chegada de meu filho Rodrigo no dia 22 de dezembro. Veio adiantado, quis participar da Festa. E nós o recebemos com tanto amor quanto é permitido que se sinta, que caiba dentro da gente. 

Não sou indiferente a nenhuma dessas manifestações festivas, claro que não! É só que agora eu uso óculos e eles me ajudam a ver alguns "detalhes" com mais nitidez!!!

Os detalhes como você que valeu tanto esperar, que enche meus dias de felicidade, felicidade que mais que tudo desejo esteja ao seu alcance adornado em cores, bem estar, alegria e, abençoado pela fé que nos sustenta e nós dá coragem para viver.