Já parou para pensar até onde vai a profundidade da sua visão ou do seu olhar? Quando seu aluno está fazendo o exercício o que você enxerga?

Para darmos sequência nesse assunto podemos analisar duas questões: a osteocinemática e a artrocinemática.

Podemos citar a osteocinemática como os próprios movimentos articulares, como flexão/extensão, adução/abdução e as rotações internas/externas.

 

Em relação a artocinemática, podemos relacionar os movimentos que ocorrem entre as superfícies articulares. Os movimentos da artro incluem movimentos de deslizamento, tração, compressão, giro e rolamento. Sem uma boa atrocinemática, não há osteocinemática eficiente.

A osteocinemética é dependente dos movimentos da artocinemática. Ai que entra o olhar diferencial de cada profissional. Alguns somente vão ver os blocos. Nesse caso me refiro a somente perceber os movimentos realizados pelos segmentos corporais recobertos pela pele. Não observam além.

Outros, sabem que logo embaixo daquela pele, existe um conjunto de músculos que são formados por milhares de fibras musculares e que são formadas por milhares de proteínas contráteis. Mas, esse ainda não é o ponto. O ponto é conseguir visualizar pequenos detalhes durante o movimento que possam comprometer ou limitar sua execução.

Entender que determinadas posições corporais podem comprometer algumas estruturas como bursas, tendões e até mesmo gerar compressão nervosa. Esse é o olhar que podemos chamar de olhar profundo.

Por isso, te pergunto: qual é a profundidade do seu olhar?

Profº Léo de Paiva Montenegro
Site: www.leodepaiva.com