Enfim eu aprendi que tudo passa com o tempo,

Ficam somente as marcas que aos pouco se apagam,

É sempre assim, cai a chuva e leva todas  ao relento,

Lava a terra e as folhas, aos brotos ainda regam.

 

O sol se põe ao raiar do dia, enquanto a lua se recolhe,

Amores que um dia se foram, outros que ainda são,

Amores  que por certo,  no futuro algo te recorde,

Com certeza, alguns outros nada acrescentarão.

 

Enfim, eu aprendi nada pode ser levado tão a sério,

Que a vida pode te levar ao devaneio extremo,

Que as emoções pulsam e guardam grandes mistérios,

O coração palpita na busca de novo momento.

 

Assim como os pássaros partem em linda revoada,

Te solta das correntes que te seguram e machucam

Vai, deixa tudo e vai, nada de ficar  aprisionada,

Lembra que não tens dono  em parte alguma.

 

Enfim eu aprendi, nada  como novos amores,

Novas mãos para te tocar e teu corpo acariciar,

Outro amor que te faça esquecer todas as dores,

Novos lábios, nova boca que irá te mordiscar.

 

Deixa tuas asas em leque se abrirem coloridas.

Voa como as borboletas ou como o colibri,

Não importa que altura ou distância seja alcançada,

Simplesmente voa, verás a beleza do existir.

 

Enfim eu aprendi nada merece que apagues teu brilho,

Nada te impedira de seguir novos caminhos, nova vida,

Deveras traçar tua sorte e escrever teu  próprio destino,

Podes falar, podes gritar, que és  louca e atrevida.

 

Você é a autora a traçar esta bela história,

Nada te impedirá de escrever ou apagar o roteiro,

Quem sabe agora, não conquistas tua vitoria,

Entrega-te de corpo e alma , te entrega por inteiro.

 

Enfim eu aprendi...