Apocalipse: Sociológico, Ecológico ou Geológico?!...
Publicado em 12 de junho de 2010 por Raul Santos
APOCALIPSE:
SOCIOLÓGICO, ECOLÓGICO OU GEOLÓGICO?
Raul Santos
(São João do Paraíso/BA
setembro de 1989)
Muito se têm comentado a respeito dos últimos dias desta década, que são do século e do milênio. Comentam-se guerras, desmatamentos, poluições sonora, atmosférica e marinha, em busca da causa do tão esperado cataclismo que dará um basta na nossa existência terrestre.
É provável que sejam as causas de tão funestos acontecimentos. É provável até que a ação desarvorada e irresponsável do homem seja a causa da destruição do Planeta. Mas, se rebuscarmos a História da Humanidade ou os primórdios dos fatores biológicos, encontraremos os primeiros organismos como seres disformes, desprovidos de estruturas, cujas composições só se tornaram possíveis depois de milhares ou milhões de anos para que as primeiras células começassem a sintetizar seus próprios alimentos ou se aproveitassem de outras. Mas, de acordo com a própria complexidade do assunto, não nos poderemos aprofundar nas teorias de Miller ou Oparin, sem desviarmos os olhos do real objetivo em pauta, que é o APOCALIPSE.
Por outro lado, se abandonarmos as origens do Planeta, não encontraremos bases em que nos apoiemos, restando apenas vãs acusações contra os homens, quando OS HOMENS somos nós mesmos, que não assumimos as nossas parcelas de irresponsabilidade na poluição, mas fabricamos e compramos detergentes e aerossóis, poluindo as águas e decompondo as moléculas de ozônio, provocando o tão falado, mas pouco conhecido EFEITO-ESTUFA, que é a livre passagem dos raios solares para a crosta terrestre, sem retorno para o espaço, os quais estão derretendo as camadas glaciais dos pólos, cujos efeitos estão sendo comprovados na Europa com a Holanda, a Dinamarca e adjacências inundadas. Não assumimos a nossa irresponsabilidade nos desmatamentos, mas não colocamos os pratos e utensílios no chão, exigindo mais mesas, cadeiras, armários, camas, etc., sem nos preocuparmos em plantar sequer um abacateiro em nosso quintal. Não assumimos a nossa irresponsabilidade nas guerras e acusamos a Rússia, os Estados Unidos e a Alemanha de meterem o bedelho nos problemas internos das nações do mundo, mas não dispensamos ao menos um sorriso, uma palavra de carinho ou de fé ao nosso vizinho ou mesmo dentro do próprio lar, porque o egoísmo mesquinho fala muito mais alto e nos obriga a pensar que o homem que nos dirige a palavra na rua para uma esmola ou num gesto de carinho é um assaltante em potencial, a mulher que nos pede uma carona com um filho pequeno é necessariamente chamariz da quadrilha ou no mínimo uma prostituta. O leproso que nos pede esmola deve ser rechaçado para evitar o contágio, não podendo nós, portanto, abandonarmos as origens do Planeta nas nossas conjecturas em busca de uma explicação plausível e racional, desprovida de fanatismos facciosos ou temores infundados travestidos de respeito a uma divindade que muito mais tem dado do que cobrado da nossa mesquinhez.
Retornando, portanto, ao passado remoto do orbe, vamos nos deparar com estruturas simplíssimas que somente depois de muitos milhões de anos conseguiu a perfeição das estruturas orgânicas com potencialidades à própria sobrevivência como visão, audição, olfação, paladar, tato, digestão, circulação, respiração, excreção e, principalmente, reprodução.
Mas é neste ponto que nos quedamos estáticos. Como teria sido possível a extinção dos dinossauros, seres gigantescamente maravilhosos que atingiam muitos metros e simplesmente deixaram de existir? Tivessem eles existido na nossa era, e poder-se-ia dizer que fora pela caça desorganizada, em busca de qualquer componente orgânico, qual presa de marfim dos atuais elefantes ou peles de crocodilos. Mas está provado cientificamente que os dinossauros deixaram de existir, quer dizer, desapareceram da face do planeta, deixando como prova formidáveis estruturas ósseas, muito antes do advento dos primatas. Um pum coletivo, talvez?!...
Conforme as demonstrações científicas, retroagindo às remotas origens do Orbe, vamos nos deparar com uma nebulosa de massa gasosa a milhões de graus centígrados, isto há quatro bilhões e quinhentos milhões de anos atrás, girando numa órbita elíptica em torno do Sol à velocidade diária de dois milhões e quinhentos mil quilômetros diários, ou seja, a mais de cem mil quilômetros horários, mantém rigorosamente os critérios básicos preestabelecidos em cálculos matemáticos tão exatos que jamais engenheiro algum conseguirá ao menos imaginar os mais elementares enunciados. E Carlos Barros escreveu que foi Sir Isaac Newton quem colocou a casa
Mas, novamente perplexos, perguntamos: por que tanta maravilha deverá ser destruída? E, recorrendo à Bíblia, nela encontramos a resposta nas palavras do próprio Jesus, quando diz: “Meu Reino não é deste mundo!”, “Não ficará pedra sobre pedra...”, “...desde o princípio dos tempos...”, “...amar a Deus sobre toda as coisas, e a teu próximo como a ti mesmo!...”
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