Afronta Contra a Ordem

Até quando teremos de conviver com desigualdades que só farão de nossas vidas o retrato da indiferença, hoje, ignorada por autoridades que se omitem freqüentemente diante das barbáries? Será medo ou conveniência? Não dá para conceber que uma autoridade constituída pelo poder delegado a ela pelo povo, permita que alguns indivíduos ou organizações façam de nossa existência um pandemônio. Claro que eles são tão insignificantes quanto às leis que poderiam colocá-los atrás das grades e não os coloca! Investidor ridículo! Autoridade retrograda! Mal sabem que suas gerações pagarão pelo preço de sua irresponsabilidade!  Hoje é banal ouvirmos insanidades cometidas por uns e outros que se acham! Coitados. Vão de encontro a uma situação de difícil solução quando o mundo moderno clama por “Preservação”! O fato é que também eles - países desenvolvidos - já foram algozes de uma situação que tomou proporções indesejadas, mas que, com o deixaram de praticar um dos males do milênio: a devastação do meio ambiente! Do nosso meio. Daquele ao qual estamos inseridos e do qual jamais seremos dissolvidos, portanto, somos vítimas fatais.  Vítimas da inconseqüência destes que se instalam desordenadamente em terras que não são próprias para o fim determinado. Compram, ou tomam posse de áreas de terra ignorando por completo o fato de nela existir ou não, árvores nativas, nascentes, propriedades particulares, limite territorial com outras áreas, flora, fauna e a ordem. Ignoram leis. Ignoram autoridades, tratando-as com o descaso que merecem serem tratados aqueles que se corrompem por qualquer meia dúzia de patacas. São corruptíveis por isso permitem a destruição do meio ambiente. Aqui em Passo Fundo não é diferente. Aqui se faz da terra um passo para a desordem, e o poder público compactua com a instalação de novas empresas em local onde sequer foi feita avaliação quanto às condições favoráveis ou não. Respeitar a propriedade de outros é ou não direito garantido por lei? Desmatar em qualquer lugar! Até mesmo as margens da RS 153, limite de responsabilidade do DAER ali, pelas bandas de Santo Antão! Desde que caminhões e máquinas possam ter acesso ao local tudo bem.  Invasão de espaço alheio; a poluição sonora; emissão de gazes nocivo à camada de ozônio e ao caos que se instala frente à comunidade indefesa frente aos manipuladores de uma causa sem volta quando não vetada na hora certa! Depois de instalado o caos será impossível repor o que a natureza levou anos para produzir. Cabe a cada um, fazermos a nossa parte. Alertar as autoridades que dê um basta a madeireiros e quem quer que seja que degradam. Posam de bonzinhos e acabam com o sossego de uma comunidade só lembrada na hora do voto! Não fosse pela imprensa que aponta a direção, com quem mais poderemos contar? Países desenvolvidos pararam, já sem tempo, com seus crimes contra a natureza, e nós? Quando aprenderemos a viver de acordo com as leis?  Ou elas são de uma fachada encoberta pelas togas de um magistrado incapaz de cobrar e de punir esses algozes de uma natureza fadada a sucumbir diante da inércia de uns e da ferocidade de outros. Cabe investigar qualquer denuncia referente a cortes de arvores, invasão de nascentes e todos os outros fatores que impliquem no crime internacional contra o meio ambiente! Não somos contra empreendimentos desde que o espaço do outro não venha a ser violado. A imprensa atenta a tudo continuará vigilante! A Lei 11.284, de 02 de março de 2006 é para todos!

José Berton

Jornalista Rp 15.547