Fernando Domingos Fernando Gamboa

Licenciado em ensino de filosofia com habilitação em ensino de história pela universidade pedagógica de Moçambique

Mestrando em ciências políticas e relações internacionais pelo instituto superior de ciências e tecnologia Alberto Chipande em Moçambique

Contacto electrónico: [email protected]

Beira -Moçambique -2018

 

A UTOPIA DO CURRÍCULO LOCAL DA EDUCAÇÃO MOÇAMBICANA NA DEFINIÇÃO DA QUALIDADE DE FORMAÇÃO FACE A GLOBALIZAÇÃO

Resumo

O presente artigo intitulado; a utopia do currículo local da educação moçambicana na definição da qualidade de formação face a globalização tem como objectivo compreender a actual realidade da educação moçambicana em relação a qualidade na formação, bem como criticar o currículo local mediante a globalização como um projecto falhado. Reflectir em torno das possíveis causas que torne o currículo local a ser uma utopia Entende-se que a educação em moçambique carece de certos a justos em relação aos propósitos que a sociedade tem vindo almejadonos últimos anos. Pois verifica-se que a globalização tem contribuído de forma negativa e positiva na componente de formação nas instituições Moçambicanas. Assim sendo, a sociedademoçambicana é chamada a pautar por espirito de adaptação no sentido de criar políticas ou seja estratégias que possa mudar actual realidade de se vive. Estas políticas servirão de suporte do formado a possuir uma postura internacional carregando consigo a sua identidade.

Palavras-chaves: utopia, currículo, qualidade, Moçambique e globalização.

 

Fernando Domingos Fernando Gamboa

Degree in philosophy education with qualification in history teaching by the pedagogical university of Mozambique

Master's degree in political sciences and international relations by the top scientific and technological institute Alberto Chipande in Mozambique

E-mail: [email protected]

Beira- Mozambique -2018

 

THE UTOPIA OF THE LOCAL CURRICULUM OF MOZAMBICAN EDUCATION IN DEFINING THE QUALITY OF TRAINING FACE GLOBALIZATION

Abstract

This article entitled; the utopia of the local curriculum of Mozambican education in the definition of the quality of training in the face of globalization aims to understand the current reality of Mozambican education in relation to quality in training, as well as to criticize the local curriculum through globalization as a failed project. Reflecting around the possible causes that make the local curriculum to be a utopia It is understood that education in Mozambique lacks certain fairness in relation to the purposes that society has been aiming at in recent years. It is evident that globalization has contributed negatively and positively to the training component of Mozambican institutions. Thus, the society is called to be guided by the spirit of adaptation to create policies or strategies that can change the current reality of life. These policies will serve as a support for the trained to have an international attitude carrying with them their identity.

Keywords: utopia, curriculum, quality, Mozambique and globalization.

 

Introdução

Oartigo intitula-sea utopia do currículo local da educação moçambicana na definição da qualidade de formação face a globalização. As definições de políticas curriculares em Moçambique, não se fazemsentir na práticamediante a actual realidade de globalização.Os desastres que vive-se nas instituições de formação que duma ou doutra maneira; contribuem para ausência de qualidade de formação. Todos estes episódios suscitam o espirito de abordar o presente artigo sob ponto de vista educacional. Todavia, parece que o currículo local ser uma utopia para a sociedade moçambicana. Porque hoje Moçambique discute sobre a má qualidade de ensino bem como a má formação de professores.

Entretanto, diante desta problemática, quais são os critérios que possam serem adoptados para que o currículolocalpossa suprir as necessidades educacionais da sociedade?Todos os moçambicanos esperam que o curricular local da educação não passe apena por uma utopia. Daí que o artigo apresenta como objectivo de compreendera actual realidade da educação moçambicana em relação a qualidade na formação, bem como criticar currículo local mediante a globalização como um projecto falhado. Por outro lado, reflectir em torno das possíveis causas que torne o currículo local a ser uma utopia.Actualmente, a situação educacional em Moçambique é problemática.

Assim sendo, seria viável que o currículo local possa definir as políticas educacionais que suporte a globalização. Porque a ideia de incluir os saberes locais no currículo corre-se risco de formar indivíduos que não serão capazes de suportar actual realidade da globalização, isto é, formar um individuo fechado que não será capaz de se lidar com o mundo, por isso deve-se criar planta-formas que forme indivíduo internacionalista que possa ser capaz de preservar a sua identidade ou cultura.Um homem capaz de se lidar com a situação da globalização bem como elevar a sua própria tradição e cultura. Entretanto, o artigo tem como elementos de abordagem:utopia o que é?Por uma educação para todos,Inclusão de saber local na formação, Currículo local como utopia, Qualidade de formaçãodos professores, Globalizaçãocomo destruidor do currículo local e Integração. Estes subtítulos têm como suporte uma hermenêutica sobretudo numa pesquisa bibliográfica.

 

3.A utopia do currículo local da educação moçambicana na definição da qualidade de formação face a globalização.

A questão de currículo local da educação ser uma utopia é o reflexode tal o currículo não responder as necessidades de sociedade mediante a situação da globalização. Pois, o tal, torna utopia na medida em que se vive o problema de qualidade de ensino assim como da má formação do homem. Por outro lado, pode-se afirmar que o currículo é utópico porque na introdução de bilíngue nas escolas corre risco de não atingir os resultados satisfatórios porque hoje vive-se a situação de globalização.

Ai pode-se perguntar; será que este formado pode se lidar com a situação de globalização? Por outro lado, este formado será capaz de se comunicar com mundoactual? Entretanto, deve haver políticas que possa assegurar este indivíduo que aprende os saberes tradicionais para este mundo competitivo ser capaz de comunicar-se. Porque “o conceito de currículo como projecto abrange todas actividades programadas e desenvolvidas sob a responsabilidade da escola, para alem das que se desenvolvem no interior e n exterior da sala de aula” (Santos,2007, p.33).

 

3.1.Utopia o que é?

No período moderno levanta-se grande debate em torno de utopia. Alguns defendem utopia como algo irrealizável e outros como algo realizável. Mas em relação ao currículo local, ou seja da educação em Moçambique; como é quetorna-se utopia.Mazula (2013) pensa que a utopia é um projecto realizável mediante um sacrifício. Para Paulo Ricoeur citado por Mazula (2013) vem a situação de utopia como algo que não se vai efectivar. Diferente desta concepção, Manhein citado por Mazula (2013) vai acreditar na ideia de que a utopia é algo realizável.

Essas ideias que de certa maneira tenta clarificar o que é efectivamente utopia há concordância e discordância em relação abordagem. Todavia, a que considerar que a utopia pode ser vista como um sonho ou seja uma imaginação. Porém, diante destas ideias, ate que ponto pode se afirmar que o currículo local da educação moçambicana torna utopia? Todavia, afirma-se ser utópico na medida em que o currículo é compreendido como um Projecto que está em construção que se calear não corresponde aos interesses e os objectivos dos educandos num mundo da globalização(Santos,2007, p.44).

 

3.2.Currículo local como utopia

Antes de desenvolver o currículo local importa fazer referência sobre tudo do conceito currículo. A ideia currículo vem do latim – curriculum; que quer dizer percurso, acto ou carreia (Pillet,2004, p.50). O currículo sempre foi olhado como um acto que deve ser seguido em prol do desenvolvimento das necessidades educacionais.  Porém, apesar de esta definição ser etimológica ela carrega fortes convicções sobre actual realidade de educação moçambicana.

Para Pacheco (2005), o currículo toma uma dimensão prática que tem como papel de guiar certos profissionais, por isso leva o conceito planeamento. Assim sendo o currículo passa a ser elemento que versa todos os procedimentos educacionais. De acordo com a INDE / MINED (2003)

um dos grandes objectivos da presente proposta curricular é formar cidadãos capazes de contribuir para a melhoria da sua vida, a vida da sua família, da comunidade e do país, partindo da consideração dos saberes locais das comunidades onde a escola se situa (p.26).

Olhando na quilo que é a realidade actual este objectivo proposto no currículo não vai efectivar. Porque a globalização leva este individuo a ter uma outra postura da vida. A ter um olhar totalmente diferente. Com as ambições internacionais. Por outro lado, o currículo não estabelece critérios que possa de facto assegurar a concretização deste objectivo. Hoje grande parte de jovem por falta de emprego migram para outros países como forma de procurar melhorar as condições de vida. Daí se questiona até que ponto este pode contribuir para o desenvolvimento da sua comunidade? Todavia, apena vai se viver uma imaginação, um sonho que ainda suscita de políticas bem fortes para que torne a ser real.

“A falta de emprego é agravada pelo facto de não ter havido um sector que servisse como uma espécie de centro de circulação de informações sobre as oportunidades de emprego para os finalistas” (Castiano&Ngoenha,2013,p.108).Entretanto, o corículo torna utópico por não de facto garantir que os finalistas possam conseguir uma ocupação ou seja possa ter um emprego. Assim sendo, como é que estes formados podem contribuir para desenvolvimento e sustento da sua família e o Estado.

Por outro lado, ʺhá falta de clareza a equivalência entre os cursos fornecidos pelas instituições estatais e pelas empresas, sobre os curricula e sobre as aulas praticas nas empresas”(Castiano & Ngoenha,2013,p.108). Seria necessário houver política que possaassegurar que o estagiário logo ao terminar o seu curso no período de estágio possa ser garantido um emprego de imediato. Desta maneira estaria a contribuir sobre o desenvolvimento do seu território, pagando imposto, desenvolvendo as infra estruturas e sustentar ausa família.

Não se pode criar o modelo teórico que de facto na realidade a situação é outra. Por outro lado, as empresas, maior número são do exterior e o formado moçambicano se submete a trabalhar nessas empresas. é daí que observa-se uma mistura de cultura, uma vez que o investidor carrega conseguido a sua cultura e neste encontro entre ele e o inactivo vai se criar choque cultural. Onde o exterior como patrão vai precisar de impor a sua cultura ao inactivo, e este cai ao risco de assimilar a cultura do patrão. “O conceito currículo emerge como uma (re) construção social e educativa que se vai adaptar progressivamente aos interesses e necessidades dos alunos num processo de inacabamento”(Santos,2007, p.34).

 

3.2.1 Por uma educação para todos

A pois a independência moçambicana, o Estado tem estabelecido ideias no sentido de levar a educação para todas as crianças. Mas ainda, torna-se um desafio, porque na verdade existem algumas regiões que ainda carece de estabelecimento de ensino. Todavia

a burocracia concorre para uma gestão muito deficiente do pessoal em termos de pagamento de salários, na promoção dos professores e funcionário na carreia profissional, entre outras. Em síntese, conclui-se que a estruturado sistema, por não ser suficientemente flexível, não estaria em condições de corresponderas exigências do plano para o Ensino Básico (Castiano & Ngoenha,2013,p.117).

Moçambique ainda detém uma dependência externa em relação ao pagamento do pessoal da educação, do financiamento de material didáctico de ensino. Fora desta questão, vive-se a situação de burocracia, onde alguns agentes ligados as instituiçõeseducacionais por desonestidade desviam fundo Estado. Para que haja expansão da educação são necessários os custos. Como é que pode se concretizar a ideia de uma educação para todos mediante a toda essa problemática? Daí que se pode afirmar que ainda trata-se de um sonho que um dia se calear pode se efectivar.

3.2.2. Inclusão de saber local na formação.

 Grande debate que se levanta na modernidade é a questão do espaço dos saberes locais e o seu impacto. O currículo local estabelece 20% dos elementos locais na formação do individuo com intuito de lhe garantir o espaço de convívio comunitário. Todavia, a ideia é de integrar os saberes locais no processo de ensino aprendizagem. Daí as instituições educacionais pautaram por uma descentralização de poderes. Hoje as questões de contratação detêm a responsabilidade ao órgão distrital da educação (Castiano & Ngoenha,2013,pp. 136-137).

Por outro lado, verifica-se a inclusão de línguas tradicionais no processo de ensino de ensino aprendizagem, onde as crianças aprendem a traves de língua local seguida por uma interpretação de língua oficial. Nas universidades já estão implantar cursos para línguas para línguas tradicionais. Todo este mecanismo trata-se de tentativa de resistir face a actual realidade da globalização. E isto reverificou-se desde da história do homem africano face ao processo de colonização onde

a visão uniforrmizante da história enunciada pelo evolucionismo encontrou nos povos uma resistência sistemas, que parecia intensificar-se com o decorrer do tempo. Isto levou a tomada de consciência da diversidade das culturas e a necessidade de respeita-las, a fim de realizar com mais subtilidade a missão colonial (Ngoenha,2014,p. 55).

A introdução de saber local nas instituições de ensino é meramente política de resistência. Todavia, a ideia é louvável, mas torna utópico porque a questão da globalização está cada vez mais forte e maduro. Entretanto, resistir com o 20%, praticamente não será possível de reafirmar-se no mundo. Está-se referir 20% contra 75%, a pena é lutar pelo vazio. Porque há grande desigualdade percentual. Isto que nem como uma criança de cinco ano tentar lutar com um de quinze anos. Porém, é necessário que possa ser feito um trabalho que garante uma igualdade no conteúdo, do contrário, os desejos que se almeja tornar-se-ão utópicos. “Portanto, situar-se na tradição é uma estratégia epistemológica para revitalizar e resgatar os saberes locais. Ao escutar-se a cultura autóctone tem-se como objectivo reconhecer o valor dos saberes locais num universo do saber escolar” (Basilio,2006, p23).

3.3. Qualidade de formação dos professores

Todos os procedimentos e esforços que esta sendo feito na parte do Estado moçambicano na área da educação esta virada na qualidade. A ideia é; de que maneira, pode-se chegar na qualidade com um individuo que terminou o seu ensino básico ou médio com certos preconceitos tradicionais? Pesa embora que haja 75% de conteúdo cientifico. Parece que o Estado moçambicano está mergulhado nasaporias da educação. Onde por um lado, pretende-se legitimar a identidade cultural, e por outro lado, pretende-se expandir o ensino em todos os cantos de Moçambique. Mas parece Se esquecer de processo que poderá ser feito com qualidade em situação económica que o Estado vive(Castiano& Ngoenha,2013,p. 153).

Por outro lado, “a visão do processo curricular que se preconize num dado contexto determina, de forma decisiva, o conteúdo e a forma do currículo de formação” (Pacheco,2005, p.152).Entretanto, o currículo local tende estar em harmonia com o currículo de formação de professores, isto possibilitaria que o formado possa se integrar no sistema local e nacional. Por outro lado, é necessário que haja uma formação contínuados professores. Numa outra vertente o currículo tem uma tendência de mudar o professor ou seja, o professor na formação tem de ter consciência sobre o currículo local. Ao ter o conhecimento sobre o currículo local, ele é obrigado a moldar-se das suas práticas e assimilara-se a realidade curricular que vai encarregar no campo. Como se afirma que

 a actividade dos professores é uma ação que transcorre dentro de uma instituição. Por essa razão, sua pratica esta inevitavelmente condicionada. A ação observável é fruto da modelação que os professores realizam dentro de campos institucionais de referência (Sacristan, 2000,p.166).

Doravante, os professores praticamente são obrigados a conhecer o currículo local, com vista ao entrar no terreno possuírem conhecimento solido para assim criar mudança. Isto não se sabe que de facto os professores na sua formação têmtidocurrículo local que esboça toda a realidade que cada distrito ou localidade vive. O que se verifica é que na formação os professores são apena dado o currículonacional. A questão quese pode colar é seguinte: como é que um individuo que tem noção de ndau pode vir dar machuambo uma vez que na sua formação não teve essa aprendizagem? Parece que no tal currículo de formação de professor necessitar de umareforma no sentido de dar a qualidade dos formandos face a realidade que vão encarar no terreno.

3.4.Globalização como destruidor do currículo local

 A questão de globalização não é actual, historicamente falando, Moçambique esteve mergulhado na globalização desde da penetração mercantil árabe persa. Onde o processo de comercio feito entrem os árabes e os moçambicanostrouxeram a aculturação ou seja assimilação dos povo moçambicano a culturaárabe persa. E posteriormente vieram os portugueses que duma forma geral andaram impor a sua cultura ao povo moçambicano face ao processo de colonização. Viu-se quando centenas de mulheres recusaram de cultivar o algodão alegando que os seus maridos estavam nas plantações (Chilundo, Rocha, Hedges,Medeiros e Liesegang, 1999, p.211).

Entretanto, a resistência sempre existiu e hoje a globalização é uma arma muito perigosa que quebra as fronteiras e pentra no interior sem pedir licença. Daí se questiona, será que resistir com 20% é suficiente para preservar acultura ou seja a identidade moçambicana? É nesse seguimentode ideias que se acha que o currículo local não passa de uma utopia.

….Todaa lógica da teoriapós-moderna e da globalização é que o sistema educacional nacional em si já esta morto, tornou-se irrelevante, anacrónico e impossível de uma só vez. Os governos não tem mais o poder de determinar seus sistemas nacionais e, cada vez mas, cedem o controle para organizações regionais e internacionais…. (Green citado por Burbules &Torres,2004,p.32)

A globalização não se controla, daí que a ideia do currículo local apena é uma tentativa de resistência sem efeito. Porque cada vez mais há uma dependência externa em relação ao financiamento e estes por sua vez impõe suas regras que devem ser cumpridas. Por outro lado, a ideia de introdução do currículo local restringem apenas em certas áreas até então. Nas cidades este fenómeno ainda não se fez sentir. Olhando para as escolasprivadas não vivem esta política local. Entretanto, não se pode a firmar que o currículo local existe para alavancar a identidade nacional e valorização de certos saberes locais pois não se faz sentir na prática. Alias, ainda pensa-se em, modernizar a própria cultura ou seja costume local (ex.pitacufa). Todavia,está-se apena criar utopias acima de utopias.

 

3.4.1.Integração

 De cordo com Mazula (2013) a integração é um elemento da globalização. Na medida que este, cria uma pressão ao Estado em aceder espaço para fixar suas ideologias ou seja suas novas culturas. Assim sendo, o projecto reside em haver um país abeto que pode colher qualquer cultura. Por outro lado, pode se afirmar que o currículolocal torna-se utópico mediante sistema de integração de novas políticas de globais. Porque o processo de assimilação entre o saber local e a ciênciaserápraticamente diferente.

Os alunos vão assimilando com muita flexibilidade a ciência em relação os saberes locais. Daíque os objectivos que se pretende alcançar de formar um homem capaz de valorizar a sua cultura e de servir a sua comunidade e a pátria torna-se menor.“A negação dos laços comunitários é o meio mais seguro de os ver reaparecer sob uma forma paroxísmica deveras destrutiva. Não considera nem povo, nem colectividade, nem solidariedade” (Fontanel, 2005, p.111). Este é projecto de globalização, criar crises nas identidades e de reafirmação da personalidade num determinado Estado. Com este projecto que já esta se fazer sentir como pode se afirmar que o currículo local pode formar o cidadão capaz de aglutinar as diferenças e levar a sua bandeira ou seja a sua pátria com uma dignidade humana. Daí que se propõe ser utópico. Porém, para que o tal não torne uma utopia deve de certa forma ser coerente entre a realidade local com a realidade global (Pacheco, 2000, p.56).

A educação deve favorecer a aptidão natural da mente para colocar e para resolver os problemas e, estimular o planoemprego da inteligência geral. Por outro lado, pensa-se que os formados devem ter um olhar global. Moçambiquevive uma diversidade cultural, isto, devido a sua abertura ao processo de negócio e do seu regime. Por ser um Estado laico e democrático, estabelece uma possibilidade de ainda diversas culturas estrangeira possa se incluso num Estado.

Entretanto, qual será o espaço de moçambicano exibir a sua identidade num Estado onde há diversidade cultural. Umdos projectos da globalização é criar uma educação homogénea que possa facilitar expor as suas decisões sem reacções e revoltas. Por isso a inclusão dossaberes locais como forma de resistência face actual realidade de globalização torna-se um projecto falhado. Porque a globalizaçãotem raízes muito forte, ela não depende e goza um direito se calear “natural”.

Considerações finais

O artigo intitulado, a utopia do currículo local da educação moçambicana na definição da qualidade de formação face a globalização; remota a ideia de que alguns compreendem este fenómeno sem nenhuma consideração. Mas na verdade, estariam a cair numa tentação muito terrível. Porque a questão da integração do currículo local na educaçãomoçambicana mediante a situação de globalização é uma utopia.  adianta-se com esta ideia porque o currículo não estabelece bases sustentáveis ou seja políticas que possa levar a uma efectividade (teoria em correlação com a pratica) no mundo onde a técnica e ciência ganharam grande dimensão epistemológica. Verifica-se que a globalização tem participado com políticas que assegura ou seja, que ambiciona o aluno local a estar sempre em contacto com a cultura ocidental.

Pode se verificar isso na aplicação de redes sociais. Por outro lado, o currículo local é utópico porque grande parte de estudantes formados depende do empresário estrangeiro que vem com a sua cultura. Portanto, parece que existe uma impossibilidade de não haver uma saída de currículo local tornar uma realidade face a situação de globalização. Daí que se recomenda a criação de políticas sustentáveis para assegurar as ondas de globalização. Por exemplo, o currículo deve se alargar mais para 50% em vez de dos seus 20%. Por outro lado, o currículo local deve estabelecer meios que facilite aos estudantes finalistas para postos de emprego; enquanto não correspondera esta demanda tornasse-a sempre utópico.

 

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