O educador é aquele que especializou-se em conhecimento,em aprendizagem. Espera-seque com o tempo aprenda construir sua identidade profissional; e ser um docente equilibrado, experiente, interativo.

         Evolui, aprende, se humaniza, se torna uma pessoa mais aberta, acolhedora, compreensiva, tornando-se a prova viva da aprendizagem contínua. Pois passa por etapas onde se sente perdido, desmotivado, angustiado, fora de foco; e outros momentos glamourosos, onde os alunos se envolvem, contribuem, participam.

         O professor constrói sua trajetória, pois existem pontos de evolução profissional que coincidem no decorrer da carreira de muitos docentes.

         Ao adquirir o diploma de Curso Superior, ou mesmo quando inicia sua carreira, sua primeira turma é aquele onde luta para impressionar, para se impor, para ser reconhecido. Prepara aulas, traz atividades novas, se preocupa em criar um vínculo com os alunos, em ser aceito. Esta é uma etapa de aprendizagem onde o docente descobre que cada turma possui sua personalidade. Adquire experiência.

         Após sentir um maior domínio, consolida o seu jeito de ensinar. Desenvolve algumas fórmulas para se poupar. Prepara as aulas em coma da hora, com poucas mudanças.

         Aos poucos o dar aula se torna cansativo. Aí torce para ter feriados, para que os alunos não venham em determinados dias, realiza atividades de “encher linguiça” para passar o tempo sem destinar um objetivo para a mesma.  Se questiona se realmente vale a pena ficar como está?

         Diante das crises muitos professores desistem, procuram algumas saídas. Diante da insatisfação procuram uma nova atividade profissional, e deixam as aulas como complemento, como “bico”.

Mas também existem aqueles que durante as crises procuram refletir sobre a vida profissional e pessoal. Descobrem que precisam aceitar-se melhor, redescobrem o prazer de ler, de aprender, de ensinar, de viver. E envelhecem crescendo, encontram o sucesso pedagógico.

Descobre que para ser um educador bem sucedido irá depender de diversos fatores entre eles: da capacidade do educador comunicar-se e relacionar-se com o aluno; estabelecer vínculos que mostre interesse pelo aluno, que mostra o que possuem em comum; a coerência entre falar e fazer.

O professor não precisa ser “perfeito” para ser um bom profissional. Basta ser otimista, e conseguir despertar, estimular, incentivar as melhores qualidades de cada pessoa.

Adaptação do livro: “A educação que desejamos: Novos desafios e como chegar lá”. Papirus, 2007, p.74-81