A Sociologia e o professor

 ROSEMEIRE MACEDO DOS SANTOS

 

Este artigo nos mostra  a entrevista “Quando o sociólogo quer saber o que é ser professor”, concedida à revista Espaço Aberta em 1997, Dubet relata sua experiência por um ano como professor de história e geografia em um colégio da periferia de Bordeaux, França. Notório por suas pesquisas sobre a juventude marginalizada na França, François Dubet quis vivenciar, diretamente como professor, os dilemas da escola francesa contemporânea.

O sociólogo François Dubet, que viveu a experiência de ser professor numa escola de Ensino Médio na França somente para descobrir por que os professores se queixavam tanto de sua profissão.

Portanto o autor apresenta as dificuldades descobertas em sala de aula assegurando que “é extremamente cansativo dar aula já que é necessário a toda hora dar tarefas, seduzir, ameaçar e falar” na entrevista o autor ainda fala: “Aprendi que para uma aula que dura uma hora, só se aproveitam vinte minutos.”. (Dubet 1997, p.223)

A experiência do professor deixa clara a posição do professor, o qual para e prender a atenção dos alunos é necessário estar todo momento os ocupando e apresentando inovações e coisas diferentes. O educador deve apresentar em todas as salas de aula preparação para continuar de onde parou e incentivar o interesse dos educandos.

 Mas para que isto aconteça, é preciso que o docente esteja organizado e preparado metodologicamente para suas aulas, buscando expressivamente uma aula cheia de novidades as quais poderão ser empregadas em sala para designar uma inclusão com a realidade do aluno. Deste modo, seja qual for à metodologia selecionada pelo educador, o que precisa haver na verdade é uma aula dinâmica, pois é preciso que a cada aula estabeleça uma inclusão dos conteúdos teóricos e conceituais, procurando deste modo interagir toda instituição escolar.

Também sou educadora, e vejo que toda escola precisa de um psicopedagogo, observamos a realidade do aluno por meio de suas atitudes, a família precisa estar atenta para nos ajudar.

Dubet (1997) nos revela o que chamou de golpe de estado, o que incidia em castigos aos educandos e comunicado aos pais.  De acordo com o que o autor relata, surgiu de uma atitude desesperada perante a impossibilidade de continuar ou mesmo antes de começar a aula.  É necessário que aprendemos também com o aluno, cada um tem sua bagagem.

É aceitável a declaração de Dubet a respeito das dificuldades de realizar “observação participante” em um colégio que é docente.

Bem como o autor relata em sua entrevista que: “é preciso ocupar constantemente os alunos. Não são alunos capazes de fingir que estão ouvindo, sonhando com outra coisa e não fazer barulho. Se você não os ocupa com alguma coisa, eles falam”. Também que se o educador não conseguir conquistar seus educandos, eles ficariam navegando por um mundo de inovações e encantos que as tecnologias os propõem, o professor precisa prender a atenção do aluno na sala de aula.

 Existem alunos que verdadeiramente anseiam estudar, existem várias maneiras de conquistar aqueles que por qualquer motivo, não estão animados a estudar, de acordo com Dubet (1997) têm muitas maneiras de estabelecer uma relação de socialização com os alunos e conquista-los de modo que fazem querer fazer parte do contexto escolar.

Em relação às práticas de ensino, o sociólogo Dubet (1997) espera que não exista separação entre a pedagogia e a personalidade. Qualquer mudança na prática que queira conseguir com um educador determina que ele transforme a sua própria personalidade. Deste modo, a originalidade do professor determina o estilo pedagógico, e os estudantes estão muito atentos às integrações entre essas duas facetas do método de ensino.

Seguindo o pensamento do autor, a escola é uma instituição histórica de longo período que vem intensamente integrada à cultura de determinada sociedade. Assim, cada país, estado ou região precisa de sua própria escola, adaptada às necessidades imediatas de quem a frequenta, compreendendo o seu meio e sendo compreendido por ele. Por este motivo, não se pode exportar nem importar um sistema educacional pronto para ser aplicada a outra realidade.

Portanto não tem procedimentos mágicos com capacidade de transformar as pessoas, mas existem materiais que podem auxiliar o trabalho da sala de aula no tema de diversidades, obras que servem para garantir aos alunos o direito de viver a suas diferenças, sem preconceitos e discriminações.

Os educadores devem levar em consideração a realidade existente em sala de aula, visto que os educandos ideais são os que temos do jeito que eles são com suas histórias de vidas e suas diferenças.

REFERENCIAS

MACEDO Rosemeire dos santos A Sociologia e o professor. Alto Araguaia – MT. 2015

DUBET, François.  Quando o sociólogo quer saber o que é ser professor: entrevista com  François Dubet. São Paulo, Revista Brasileira de Educação, n. 5, maio/ago. 1997, p. 222 -31.