MARIA JOSÉ PESSOA DE ANDRADE ARAUJO

 A SÍNDROME DE BURNOUT NA VIDA DOS PROFESSORES: "Uma agrura irremediável para aqueles que lecionam".

Juripiranga - PB

2018

RESUMO                                                        

Analisando a respeito da Síndrome de Burnout na vida dos professores enquanto uma agrura irremediável para aqueles que lecionam buscando uma melhor compreensão quanto a origem e as causas desta tão complexa síndrome, como também analisar com precisão quanto as medidas mais viáveis para lidarmos com esta síndrome, enxergando este fenômeno da melhor maneira possível como também entender melhor a forma de lidarmos com esta síndrome, principalmente nossos professores, os quais são seres de grande facilidade em desenvolver tal síndrome, por viver o tempo todo lidando com outros, liberando e recebendo energias, sejam estas positivas ou negativas, se desgastando por se desdobrar em muitas funções além da que lhes foi confiada que é a de professor e assim acabam desenvolvendo esta síndrome, evidenciando diversos problemas psicossociais, problemas estes oriundos desta síndrome e que se não forem tratados podem levar a desistência da vida tanto profissional como pessoal.

Palavras-chaves: Síndrome. Burnout. Professor.

ABSTRACT

Analyzing Burnout Syndrome in teachers' lives as an irremediable predictor for those who teach, seeking a better understanding of the origin and causes of this complex syndrome, as well as analyzing precisely the most viable measures to deal with this syndrome, Seeing this phenomenon in the Best way possible as well as better understand how we deal with this syndrome, especially our teachers, who are very easy to develop such syndrome, living all the time dealing with others, releasing and receiving energies, are These positive or negative ones, They are not aware of the fact that they are not aware of the fact that they are not aware of what they are, Abandonment of both professional and personal life.

Keywords: Syndrome. Burnout. Teacher.

INTRODUÇÃO

        O mundo educacional tem trazido muitos desafios para seus profissionais e assim tem promovido várias instigações, surgindo muitas fenômenos entre estes podemos destacar a Síndrome de Burnout no cotidiano dos professores, uma vez que diante da ampla e complexa realidade educacional da grande maioria das salas de aulas, o professor tem sido absorvido por muitos desalentos, muitas agruras, desenvolvendo problemas psicossociais, acabando desenvolvendo a síndrome de burnout, conduzindo tais indivíduos a graves problemas emocionais e físicos, e caso este não seja devidamente tratado pode conduzir tais profissionais a desistência da sua carreira profissional ou viver sob medicação o resto de sua carreira.

De acordo com Alevato (2009), a Síndrome de Burnout foi associada à condição de esgotamento físico e mental por exaustão crônica. Sendo um processo construído por três dimensões: exaustão emocional, despersonalização e baixa realização pessoal no trabalho. O processo de desenvolvimento da Síndrome de Burnout, estimula a exaustão física e mental do indivíduo, e pode apresentar cinco elementos determinantes: manutenção da relação terapêutica, agendamento, dúvidas profissionais, envolvimentos excessivos no trabalho e esgotamento pessoal.  

Diante de tais pressupostos surgiu a ideia de se construí um artigo referente a este fenômeno, indo de encontro ao que salienta Farber (1991), quando alega que  a forma rude em que a síndrome de  burnout vem assolando muitos profissionais em especial os docentes de acordo com algumas pesquisas vem superando os profissionais da saúde.

E assim surge uma preocupação maior em busca entender as verdadeiras causas desta referida síndrome e como podemos ajudar aos nossos professores lidar com as trágicas sequelas que podem ser acometidos ao desenvolverem tal síndrome.

              Este artigo se divide em três capítulos, onde o primeiro fala sobre a definição da síndrome de burnout, o segundo fala sobre o gênero feminino,  é mais suscetível a síndrome de burnout e o terceiro sobre os procedimentos metodológicos para realização deste artigo.

Fazendo uso de algumas referências bibliográficas, como Farber (1991), Maslach & Leiter, (1999), Apple (1995) e Borsoi (1995), entre outros.

Tendo por meta contribuir de alguma maneira para a redução deste tão sério problema que afeta todos os profissionais, especialmente os que lidam com os outros, como é o caso dos professores.

 

I CAPITULO

DEFINIÇÃO DA SÍNDROME DE BURNOUT

            

         Segundo França e Rodrigues (1999), a síndrome de burnout, é examinada como sendo um fenômeno de cunho afetivo, como sendo a resposta aos estreses vivenciados no dia a dia, em resumo implica nos  frutos das relações demasiadas que o cotidiano traz ao individuo.

              Indo de encontro as sábias ressalvas de Codo (1999), ao relatar que diante de muitas demandas em que vive o professor acaba se tornando um alvo mais fácil para desenvolver esta síndrome. Como também vale lembrar que segundo Esteve, (1999):

“Incumbir-se de novas atribuições que a conjuntura social cobra dos docentes, cobra destes, o controle de uma diversidade de aptidões  pessoais que não podem ser diminuídas no contexto de  concentração  do conhecimento”, (Esteve, 1999, p.38).

 

            Diante de tais argumentos fica claro que esta síndrome implica num desgaste emocional e físico, acabando por causar inúmeras sequelas, as quais se não forem devidamente tratadas poderão provocar, conforme, Guglielmi & Tatrow, (1998), a desistência de carreira profissional.

 

II CAPITULO

O GÊNERO FEMININO,  É MAIS SUSCETÍVEL A SÍNDROME DE BURNOUT

 

               Segundo Moreno, (1999), a mulher ao adentrar no mercado de trabalho, começou a realizar uma jornada dupla, tendo que trabalhar fora e dentro de casa, isso acaba sobrecarregando e assim facilita o desenvolvimento da síndrome de burnout.

                Mesmo que este cenário venha se modificando ao longo da história, conforme Apple, (1995), e que os homens venham dividindo as responsabilidades com as mulheres, estas acabam cobrando mais de si mesmas.

 

                 Um outro agravante quanto ao gênero feminino, salientado por Moura (1982), é o fato de que como o gênero feminino representa a maioria com maior índice de salários baixos do que os homens na maior parte, acabam se tornando mais frágeis a síndrome de burnout, tendo que mesmo ganhando menos trabalhar mais, cuidando da família e de sua carreira profissional.

        

            E mesmo que ao longo da História, conforme França (1999), a mulher tenha se sobressaído e hoje recebam melhores salários, muitas vezes temos sabido que no mundo do trabalho, as mulheres vivenciam situações particulares que se desencadeiam em violência e isto exige este gênero uma atenção maior, uma preocupação e até medo, contribuindo para maior desenvolvimento desta síndrome.

Tudo isso fortalece o pressuposto de que o gênero feminino acaba se tornando mais vulnerável a síndrome de burnout, uma vez que de acordo com Para Greenglass e Burke (1988), o gênero feminino inclina-se a desenvolver índices mais elevados e declínio  emocional e baixa proeza  pessoal e profissional.

 

IV PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

 

              Para realização deste foi necessário uma pesquisa bibliográfica em torno do tema abordado, como também convém afirmar que a elaboração deste almejou como meta a alcançar mostrar um pouco sobre a definição da síndrome de burnoutt, suas possíveis causas e por que o gênero feminino acaba sendo mais suscetível a tal síndrome.

        Enfim, o presente artigo utilizou de uma metodologia analítica e reflexiva, com recurso a métodos descritivos, explorando as relações entre os dados que são associados e comparados, e métodos  correlacionais para ver o grau de relação entre variáveis ou o grau de variabilidade de uma variável que é explicada por outra.

Recorreu-se também ao método qualitativo com o objetivo de procurar a globalidade e a compreensão do fenômeno em estudo.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

       Este artigo de cunho monográfico, voltou-se para a compreensão quanto ao tema em estudo, assim enfatizar com precisão a importância o tema : A SÍNDROME DE BURNOUT NA VIDA DOS PROFESSORES: "Uma agrura irremediável para aqueles que lecionam".

           Tendo a certeza de que ao passo em que compreendemos de forma mais minuciosa o fenômeno em estudo, passamos a ajudar mais aqueles que por ventura venham desenvolver este problema de cunho psicossocial e assim poderemos buscar alternativas para melhor lidar com tal problema.

              Indo de encontro ao que nos diz Doménech, (1995), O professor entende bastante sobre o que trabalha com seus alunos e de que forma deve proceder para que estes aprendam, menos quanto a seus alunos, pois a diversidade em que tais indivíduos se apresentam são bastante ampla e bem menos sobre seu eu.

            E assim acabam se tornando acessíveis à síndrome de burnout, não esquecendo de que o gênero feminino, conforme Greenglass e Burke (1988), acabam apresentando um nível mais elevado de estresse e assim se tornam mais vulneráveis a esta síndrome.

 

REFERÊNCIAS:

 

APPLE, M. W. Trabalho docente e textos: economia política das relações de classe e de gênero em educação. Artes Médicas: Porto Alegre, 1995.

 

ALEVATO, H.; ARAÚJO, E.M.G. Gestão, organização e condições de trabalho. In: CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO, 5., 2009, Rio de Janeiro/Niterói.

Doménech, B. D. (1995). Introducción al Sindrome "Burnout" en Profesores y Maestros y su Abordaje Terapeutico. Psicologia Educativa, v. 1, n. 1, pp. 1-16.

 

França, A. C. L., & Rodrigues, A. L. (1999). Stress e TrabalhoUma abordagem psicossomática. São Paulo: Atlas.

Farber, B. A. (1991). Crisis in education. Stress and burnout in the american teacher. São Francisco: Jossey-Bass Inc.

GREENGLASS, E. R.; BURKE, R. J. Work and family precursors of burnout in teachers. Sex differences. Sex Roles, v. 18, p.215-29. 1988.

Guglielmi, R. S. & Tatrow, K. (1998). Occupational stress, burnout, and health in teachers: a methodological and theoretical analysis. Review of Educational Research, 68, 1, 61-69.

Maslach, C., & Jackson, S. E. (1999). The measurement of experience burnout. Journal of Occupational Behavior, 2, 99-113.

Maslach, C., & Jackson, S. E. (1985). The role of sex and family variables in burnout. Sex Roles, 12 (7/8), 837-851.

Moreno-Jiménes, B. & Puente, C. (1999). El estrés asistencial en los servicios de salud. In M. A. Simón (Ed.), Manual de Psicologia de la Salud. Fundamentos, metodología y aplicaciones (pp. 739-761). Madrid: Editorial Biblioteca Nueva.

MOURA, Esmeralda Blanco B. Mulheres e Menores no Trabalho Industrial: os fatores sexo e idade na dinâmica do Capital. Petrópolis: Vozes, 1982.