Numa velha cidade, havia um homem obediente e temente à Deus, frequentava regularmente os cultos da sua Igreja e era bastante respeitado pelos líderes religiosos por causa da sua incomparável fé e respeito à Igreja. Este homem de nome Mark já havia frequente diversas igrejas em muitas etapas da sua vida e, pensava ele que finalmente havia encontrado a igreja verdadeira e que definitivamente era o caminho para a vida eterna, na qual era o seu objectivo no mundo.

Certo dia, num Domingo que era o dia do Culto semanal, o Mark levantou-se disposto da sua cama, louvando ao seu Deus e preparou-se para ir ao Culto. Pelo caminho é interpelado por um Jovem de uma religião na qual Ele já pertencia, depois de apresentação de ambos, o Jovem perguntou-lhe – o Senhor alguma vez já ouvir falar sobre a salvação?

Eu já conheço o caminho para salvação – continuou o Mark – e no entanto, já pertenço a uma igreja que tenho a plena certeza que é o caminho para vida eterna e a verdade para nossa alma, neste caso mesmo que tentas convencer-me digo-te que é perca de tempo porque eu já pertencia a vossa igreja e penso que estou bem onde me encontro.

A igreja na qual te referes também já não pertenço a ela – argumentou o jovem – Só te digo que a salvação na qual procuras nesta sua igreja, é uma farsa, porque as igrejas foram criadas com intuito de negócio e poupar um pouco o sofrimento dos pobres.
Respondeu o Mark – ês mais um maluco a caminho da maluquice…
E continuou o Mark andando em direcção a sua Igreja e, quando de repente avista-se de longe uma correria próximo da sua igreja e, Ele apercebendo-se do perigo também põe-se em fuga… Afinal era um tiroteio dentro da igreja praticada por indivíduos até hoje desconhecido.

E quando Mark chegou em casa começou a analisar a situação sucedida, pensando nas pessoas que haviam morrido e outras que ficaram feridas, sem no entanto os líderes da igreja saberem as causas e muito menos darem uma justificação plausível a não ser, “foram homens pertencentes ao Diabo”… Pensando nas igrejas por onde já passou, no sofrimento cada vez mais gritante do mundo, nas ricas vidas dos líderes religiosos e políticos, nos pobres crentes, nas palavras complexas da bíblia, na existência do Diabo, na promessa de milhares de anos de Deus, na…

Ele ficou uma semana reflectindo e chegou a seguinte conclusão – Já estou a mais de trinta anos adorando a Deus e, esperando o tão almejado fim de todos os males, os melhores dias nunca chegam, o Diabo até hoje existe, milhares de Igrejas surgem e por vezes há conflitos entre elas nas doutrinas que seguem, embora serem guiados pela mesma bíblia, os pobres são sempre os fiéis procurando a consolação nas igrejas, Já vi pessoa morta, viva, doente e de toda espécie, mas nunca vi o Diabo e Deus, nem mesmo um retracto do tão propalado Jesus humano.
 
Afinal quem é o caminho, a verdade e a vida? Na vida o que mais compensa? Viver esperando a felicidade ou procurar a felicidade e vive-la? Já passei um tempo adorando estátua, até que conheci uma outra igreja dizendo que é pecado, já passei um tempo não dando sangue, já rezei com os meus irmãos da Igreja totalmente nus, já adorei homem igual, pois chamavam-lhe de profeta, já estive um bom tempo não fazendo absolutamente nada no sábado, já fiz cerimónias para que o meu olho esquerdo voltasse a enxergar, já adorei os mortos, já matei um homem por pertencer a uma religião diferente da minha, já tentei suicidar-me para honrar o Altíssimo…
 
Mas de todas essas e outras religiões por onde já passei há uma realidade em comum: os líderes têm sempre boa vida, 99,9% dos fiéis são sempre pobres e clamando pela chegada do paraíso.
De todas as Igrejas por onde passei arrependo-me por ter passado por lá – Disse o Mark – Já não pertencerei a nenhuma denominação religiosa até que Deus clamar-me pessoalmente. Vou viver a vida pensando que já estou no paraíso, pois agora já não espero aquilo que os meus antepassados (povo de Israel) esperaram e sim, vivi-o intensamente, já não quero sofrer por uma Igreja que só sabe orar, cantar, pregar, mas nunca luta por um mundo melhor. Quem não aceita viver na diversidade, não pode viver num mundo diferente, pois essas igrejas que querem a todos custo que todos sejam de um só, não querem que o mundo seja de todos.

E continuou Mark – Vou procurar uma corrente diferente da igreja, aquela que aceita diferença na diversidade, aquela corrente que não precisa de deus para ter bênção e, que os seus membros sabem que a igreja é como uma instituição comercial criada com intuito de extorquir os seus membros onde a mercadoria principal passa ser deus, embalado na Bíblia… Aquela corrente que não luta para banir a igreja, mas sim para que a Igreja declara-se de uma vez por toda que tem feito uma actividade comercial de forma ilegal e, escondendo essa verdade aos seus clientes (crentes). O dia em que eu encontrar essa corrente lutarei pela legalização da actividade comercial da igreja e para divulgação do seu negócio aos crentes, dizendo que o deus que adoram é falso, pois se abrirem “bem” a Bíblia não irão encontrar ninguém a não ser história do passado.

Um homem que numa altura da sua vida era um crente assíduo na sua igreja, bastou um acontecimento trágico, para poder mudar o objectivo da sua vida. Na vida por vezes estamos numa posição errada e defendemos com todo fulgor que o que defendemos é o certo, depois de o véu despir-se dará conta de que afinal a verdade também pode tornar-se mentira.
Já dizia Albert Einstein “não existe o caminho para felicidade, a felicidade é o caminho” para vida feliz neste mundo.