Introdução

Os primeiros estudos sobre pecepção ambiental surgiram nos fins da década de 1950 e início da década de 1960, advindos da intensa preocupação em se conhecer e tentar explicar quais eram as atitudes e valores atribuídos por determinada população ao que se referia sobre as questões ambientais (Mendes, 2006). As instituições de ensino superior são espaços com papel importante no desenvolvimento e formação de novas ideias. As universidades, contribuem na conciliação entre produção de bens e serviços, qualidade de vida e preservação ambiental (Carniatto e Steding, 2015). Freitas e Ribeiro (2007) e Lopes et al. (2013) afirmam ainda que estas instituições devem apresentar ensinamentos vitais para a consolidação das formações sociais e de consciências (geralmente jovens), que vão servir para permitir a compreensão das inter-relações das pessoas entre si e destas com o ambiente, formando a opinião do amanhã. Do ponto de vista empírico, é interessante compreender de que forma o conceito de percepção ambiental tem estabelecido conexões entre teoria e prática, além de se fazer uma reflexão sobre a relação do meio físico-biológico com a subjectividade, própria do ser psicológico e social. Assim sendo, Frattolillo et al. (2004) afirma que a percepção ambiental o instrumento de acção e a escola, o agente básico e legítimo nesse processo de construção do elo entre o estudante e seu ambiente de vida. A educação ambiental pode ser considerada como um processo educacional criado ao longo dos anos através de estudos, com visão das necessidades do homem e da natureza entrelaçadas em um objectivo comum, que é a manutenção da qualidade de vida de todos os seres vivos existentes no planeta (Dos Santos, 2007). Consciencialização A consciencialização pode ser definida como um conjunto de valores cognitivos, afectivos, altitudinais e comportamentais construídos a partir de conhecimentos do indivíduo sobre os fenómenos ecológicos (Schlegelmilen et al, 1996). Para Dias (2004), o processo de consciencialização é obtido com a capacidade crítica permanente de reflexão, diálogo e apropriação de diversos conhecimentos que levam o indivíduo a tomar atitudes ecologicamente correctos e mais proactivos. A consciencialização é importante na medida em que torna o indivíduo mais proactivo e não reactivo, para o melhor planeamento e desenvolvimento de programas de treinamento. Sendo assim, é preciso manter os indivíduos mais actualizados em matérias e acontecimentos de educação ambiental. É uma tomada de consciência do ambiente pelo homem, ou seja, o acto de perceber o ambiente que se está inserido, aprendendo a proteger e a cuidar do mesmo. Entretanto, cada indivíduo percebe, reage e responde diferentemente às acções sobre o ambiente em que vive e as respostas daí decorrentes, são resultado das percepções (individuais e colectivas), dos processos cognitivos, julgamentos e expectativas de cada pessoa (Fernandes, 2004). A problemática ambiental encontra-se cada vez mais presente no quotidiano da sociedade actual, seja através da divulgação pela média, ou devido às nítidas alterações da paisagem e do clima já perceptíveis nos mais diversos ecossistemas (Jacobi et al., 2003). Entretanto, percepção ambiental pode ser definida como sendo uma tomada de consciência do ambiente pelo homem, ou seja, o acto de perceber o ambiente que se está inserido, aprendendo a proteger e a cuidar do mesmo (Ferrara, 1999). Segundo Dias (2006) devese atentar que a educação ambiental está fortemente ligada ao indivíduo como um ser social, portanto a sua percepção individual como elemento da prática ou disseminação da educação ambiental sob o olhar de cada actor do espaço social deve ser analisado. Neste contexto, considerando que percepção e educação são valores essências para a preservação e conservação ambiental, a educação ambiental funciona como potencializadora da percepção sobre o ambiente. [...]