sirlei janner

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CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS NO AMBITO DE UM CURRÍCULO VOLTADO PARA OS CICLOS DE FORMAÇÃO HUMANA. As Escolas Estaduais necessitam ter sua filosofia baseada nos princípios democráticos, na liberdade de expressão e respeito aos seus semelhantes, bem como o cumprimento de seus deveres e gozo de seus direitos, atenderem o disposto nas Constituições Federal e Estadual, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e no Estatuto da criança e do adolescente. Ministrar, o ensino fundamental, onde possam desenvolver suas capacidades de elaboração e reflexão critica da realidade. Perante conceitos, procedimentos e atitudes (saber, saber fazer e ser) concebidos. Em cada caso, a legislação e as normas especificamente aplicáveis. Para Nóvoa ?as escolas não podem mudar sem o empenhamento dos professores; e estes não podem mudar sem uma transformação das instituições em que trabalham.? (1992, p. 28). FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA: Promover, a/ao aluno/a, acesso ao conhecimento sistematizado e, a partir deste, a produção de novos conhecimentos. Preocupar-se com a formação de um/a cidadão/â consciente e participativo/a na sociedade em que está inserido/a. essa função devera priorizar eixos que norteiam a educação tais como: conceitos, procedimentos e atitudes, (saber, saber fazer e ser) Aprender a aprender valores: respeito, solidariedade, disciplina, coletividade. Trabalho unificado ? coletivo. Criar para humanizar. Compromisso. O TRABALHO PEDAGÓGICO O desenvolvimento profissional dos professores ?está intrinsecamente relacionado com a melhoria das suas condições de trabalho, com a possibilidade institucional de maiores índices de autonomia e capacidade de ação dos professores individual e coletivo? (MARCELO GARCIA, 1999, p.145). Para refletir sobre a função social da escola o que me referendou foi o texto ?Currículo e Desenvolvimento Humano? (proposta curricular, 2008) Acredito que a equipe pedagógica por meio deste, devera refletir suas ações inovando. Quebrar paradigmas, que é necessário um repensar a organização político-pedagógica que permita trabalhar valores culturais, morais e físicos; integrar elementos da vida social aos conteúdos trabalhados; compreender este aluno/a como um/a cidadão/a que deve ser um/a agente transformador/a da sociedade, além de crítico/a, responsável e participante. A escola deve ser crítica, reflexiva e possibilitar a toda a comunidade um projeto político pedagógico consolidado pela colaboração mútua e o exercício da construção coletiva desencadeando experiências inovadoras que estão acontecendo na escola. ?... a escola, por si só não forma cidadãos, mas pode preparar instrumentalizar e proporcionar condições para que seus alunos possam se firmar e construir a sua cidadania? (proposta curricular, 2008). A comunidade escolar devera estar atenta a esse novo paradigma e buscar apoio, repensar constantemente o seu papel pedagógico e sua função social, para tanto, se faz necessário refletir sobre a escola que temos se voltada para os interesses políticos, se discriminadora e produtora de mecanismos de controle que impedem que os nossos estudantes consigam enfrentar em condições de igualdade ou como melhor enfrentar os desafios do mundo contemporâneo. Para que a escola cumpra a sua função social será necessário: ? Integração e participação da comunidade escolar; ? Os segmentos da escola devem estar plenamente voltados à completa valorização do educando; ? Cursos de formação e qualificação dos profissionais da educação; (formação continuada ?sala de professor?). ? Criação e reorganização do espaço físico; ? Material didático e outros que facilitem o trabalho do professor; ? Número de alunos/as em sala de aula condizente com a LDB (Lei de Diretrizes e Bases) ou com a estrutura física (metragem do ambiente) ? Recursos humanos, pedagógicos e financeiros; ? Cobrança de regras de convivência em grupo; ? Restabelecimento da motivação e credibilidade dos professores/as. CONCEPÇÕES: DE MUNDO: o mundo é o local onde ocorrem as interações homem-homem e homem-meio, social caracterizada pelas diversas culturas e pelo conhecimento. Devido à rapidez dos meios de comunicação e tecnológicos e pela globalização torna-se necessário proporcionar igualmente ao homem o alcance dos objetivos materiais, políticos, culturais e espirituais para que sejam superadas as injustiças sociais, diferenças, distinções e divisões na tentativa de se formar o ser humano. Isto será possível se a escola for um espaço que contribua para a efetiva mudança social. DE SOCIEDADE: pertencente a uma sociedade capitalista, competitiva baseada nas ações e resultados, por isso faz-se necessário construir uma sociedade libertadora, crítica, reflexiva, igualitária, democrática e integradora, fruto das relações entre as pessoas, caracterizadas pela interação de diversas culturas em que cada cidadão/ã constrói a sua existência e a do coletivo. DE HOMEM: o ser humano, na atualidade, é competitivo e individualista, resultado das relações impostas pelo modelo de sociedade em vigor. No entanto, a luta deve ser por um homem social, voltado para o seu bem próprio, mas, acima de tudo, para o bem estar do grupo do qual faz parte. O homem, que modifica a si mesmo pela apropriação dos conhecimentos, modifica também a sociedade por meio do movimento dialético ?do social para o individual para o social?. Desta suporte, torna-se sujeito da história. DE EDUCAÇÃO: o processo educacional deve contemplar um tipo de ensino e aprendizagem que ultrapasse a mera reprodução de saberes ?cristalizado? e desemboque em um processo de produção e de apropriação de conhecimento e transformá-lo, possibilitando, assim, que o cidadão torne-se crítico e que exerça a sua cidadania, refletindo sobre as questões sociais e buscando alternativas de superação da realidade. Nessa perspectiva, Gimeno Sacristán e Pérez Gómez (1998, p. 09) afirmam que, se as ?idéias, valores e projetos se tornam realidade na educação, é porque os docentes os fazem seus de alguma maneira?. O currículo extrapola o ?fazer? pedagógico abrangendo elementos como grade curricular, disciplinas, conteúdos e conhecimento. É necessário resgatar os saberes que o/a aluno/a traz de seu cotidiano. Elencado o objeto do conhecimento, este não deve ser trabalhado de forma superficial e desvinculado da realidade. Está enraizada, em nossa ação pedagógica diária, uma metodologia tradicional que entende o conhecimento como um produto pronto para apenas ser repassado, considerando somente a interação unilateral entre professor e aluno. Todavia, é preciso que o objeto do conhecimento seja tratado por meio de um processo que considere a interação/ mediação entre educador/a educando/a como uma via de ?mão dupla? em que as relações de ensino-aprendizagem ocorram dialeticamente. Planejar, considerando as reflexões anteriores, o profissional deve mudar sua postura enquanto ?homem? e ?professor?. Primeiramente é preciso mudar a si próprio para, então, pensar em mudar os outros. Planejar significa, a partir da realidade do estudante, pensar as ações pedagógicas possíveis de serem realizadas no intuito de possibilitar a produção e internalizarão de conhecimentos por parte do/a educando/a, além disso, o planejamento deve contemplar a possibilidade de um movimento de ação-reflexão-ação na busca constante de um processo de ensino-aprendizagem produtivo. Portanto, não cabe mais uma mera lista de conteúdos. Devem-se dar ênfase as atividades pedagógicas; o conteúdo em sala de aula será resultado da discussão e da necessidade manifestada a partir do conhecimento que se tem do próprio estudante. Logo, de posse de alguns dados referentes ao conhecimento internalizado pelo/a educando/a, passa-se a reflexão e discussão sobre os conhecimentos historicamente sistematizados. Essa forma permite que professor/a e aluno/a avancem em seus conhecimentos e se constituam como sujeitos reflexivos. A escola deve propor a elaboração, por área de conhecimento, aqueles conteúdos necessários pertinentes a cada ano/ciclo que serão o ponto de partida. ?É preciso lembrar que a contextualização deve ser vista como um dos instrumentos para a concretização da idéia da interdisciplinaridade e para favorecer a atribuição de significados pelo aluno no processo de ensino e aprendizagem? (orientações curriculares para o ensino médio, página 95). AVALIAÇÃO: A avaliação merece um destaque a parte, pois diz respeito a um processo mais amplo e abrangente que abarca todas as ações desenvolvidas na ação pedagógica, assim como todos os sujeitos envolvidos. Portanto, deve estar claro para aquele que avalia que ele também é parte integrante do processo avaliativo uma vez que foi o responsável pela mediação no processo de ensino-aprendizagem. Logo, quando se lança o olhar para avaliar alguém ou alguma ação no âmbito da instituição escolar, lança-se também o olhar sobre si próprio. Ao avaliar deve-se ter em mente o processo como um todo, bem como aquele a quem se está avaliando. Com a nova LDB (Lei de Diretrizes e Bases) 9394/96, que trouxe mudanças significativas para este novo olhar para a avaliação tanto no aspecto pedagógico como da legalidade, as escolas tem proporcionado momentos de estudos e de discussões deste tema, que não se esgotou até o presente momento. Dentre as dificuldades que se coloca sobre a avaliação, estão presentes ainda muitos questões do passado, como: provas, trabalhos, recuperação, apropriação dos conceitos mínimos, o empenhos dos estudantes no processo, as condições objetivas da prática docente, em relação à correção, critérios, pareceres e a nota como prevê a resolução 23/2000. Compreendemos que a avaliação deve permear todas as atividades pedagógicas, principalmente na relação professor/a com o/a aluno/a e no tratamento dos conhecimentos trabalhados neste espaço. Portanto, a intervenção do/a professor/a ajuda a construir as mediações necessárias para a construção do conhecimento. Portanto o trabalho do professor/a é fundamental na condução do processo. É função docente estar atento a esta questão.  Na perspectiva, dos ciclos buscam-se bases teóricas:  Piaget, Vigotsky, Wallon, Paulo Freire, Gramsci, na neurociências, e, em outros pensadores dentro desse mesmo escopo teórico;  Procura-se olhar o ser humano em seus vários aspectos, ocorrendo certa mudança nas metodologias e, por conseqüência, na avaliação, cujo registro se dá através de relatórios analíticos quanto ao desenvolvimento do aluno. É preciso ver além do imediato. Enxergar o ambiente onde se convive como espaço de interação diversa. ?Onde o eu e o outro, com seus erros e acertos, movidos tanto pelo que ?sabem? quanto pelo que ?ainda não sabem?, se encontram simplesmente para dar continuidade à teia da vida?. (ESTEBAN, 2003, p. 27).
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Membro desde setembro de 2009