Raimundo Nonato

Raimundo Nonato
Contos e fábulas da natureza Autor poeta Raimundo nonato da silva O cachorro é candidato O Prefeito ou Senador O burro vota no gato Por que jegue é eleitor E se o gato se eleger Pode ser governador Comadre raposa agora É candidata que vem Pede o voto do cavalo E de dona égua também Raposa e política esperta A ladra pior que tem Compadre gato é também Presidente do partido Alem de chefe político Por que é muito sabido Enganando os bichos bestas Já estar enriquecido Compadre tigre também Diz que é Veria dor Comadre onça é assessora E o lobo devorador Diz que vai ser candidato E o bode é seu eleitor Mas o bode é pulador E não sabe com quem fica O tesoureiro é o lobo Deixa todos na fubica Mas cuidado com a raposa Se não agora ela inrrica Gato e raposa roubam Cachorro é sem consciência Lobo e rato roubam muito Por que tem inteligência Cada golpe de estado Acaba com a previdência Na missa da natureza É lógico que acredito O papagaio é o padre Que faz o sermão bonito Macaco assoveia e toca Pro galo cantar bendito O pardal eu admito Que ele é o são cristão A andorinha é a freira O jumento é com razão Coroinha da capela Que o louro faz sermão O papangu é o papa Que fala mais de um idioma Temos o papa larga ta Que não é papa de Roma No vaticano da mata Freio graúna se a proma O cachorro é o soldado Raposa é réu infeliz Macaco é advogado E o leão é juiz O tigre é o promotor Corta o mal pela raiz Já o gato acusa e diz O roubo que o rato fez Gato rico testemunha Rato pobre é pro xadrez E urubu por ser preto Com garça nunca tem vez Papagaio diz mais de uma vez Por ter descriminação Rato pobre urubu preto E galinha faz confusão Por que preto puta e pobre Sempre perde na questão O jumento é com razão A sentinela do foro O louro diz um ladrão Acusar outro ignoro O gato acusando o rato E com raiva disso eu choro Diz o papagaio no fórum O julgamento inicia O macaco é advogado Se ganhar faz alforria Mas se perder o réu vai Parar lá na encho via Julgado de noite a dia Um acusa outro defende Por que o disse e me desse Quanto mais se tira rende E o leão da um esturro Só a tigre é quem entende O criminoso se rende Mesmo sem ser réu confesso A audiência se finda E diz o macaco eu peço Que absorva o ratinho Pra ele fazer sucesso Na medicina ecológica O cachorro é o doutor Se outro bicho se fere Ele lambe e cura a dor A raposa é a paciente E a vitima do terror A garça é a enfermeira Eu digo e não é boato Cuida bem do gado e zela Quando cata carrapato O hospital da fazenda Pode ser curral ou mato O jumento é o vigia Da porta do hospital Seu cacêtete estar pronto Pra quem sair do normal Quem rejeita sua ordem Pode se da muito mal O casso te pula e canta Canta a rã e canta a gia Como uma banda de musica Cantam dentro da água fria Cururu e sapo boi Numa noite de harmonia Lá na mata o te teu pia E quem canta é a burguesa Canta a rola cascavel E o carão na represa Todos formam uma orquestra Do coral da natureza Tem mais de uma surpresa Numa lida colunata Perto de uma cachoeira Ouve se a voz da cascata Juntam se as vozes dos pássaros Com a queda da catarata Escuta se o papa larga ta Papangu e papa venta O cão late no terreiro No quintal rincha a jumenta Esta orquestra toda noite A natureza apresenta Quando a noite se ausenta Canta o galo no pule iro Porco ronca e pinto pia E o sonhinho prezepeiro Asso veia como um guarda Noturno em pé no terreiro Urra o boi quando o vaqueiro No pescoço bota a canga Já o macaco ligeiro A trepa se no pé de manga Enrola a ponta do rabo Com meça fazer moganga Do cachorro o gato manga Depois que defeca enterra Chia o rato no buraco De uma parede de terra Como alguém que se esconde Na fronteira de uma guerra Berra o bode no chiqueiro Quando o menino lhe amarra Pra cantar com a voz perra Na serra tem a cigarra Até mesmo os animais Também gostam de fanfarra Todo dia ali tem farra Quando o sol se descortina Canta a peitica e o canário e o galo de campina Rouxinol e patativa Numa manhã nordestina Urubu não faz buzina Mas depois que aterrissa Vê se uma multidão Cortejando uma carniça Como um bocado de gente Olhando o padre na missa Depois que o vento atiça A vaga lume se acende Já a aranha rendeira Que trabalha e se defende E quem vir mexer com ela Na sua rede se prende Somente o deus que entende A natureza abençoa Sabe por que peixe nada Sabe por que pássaro voa Por que cobra se arrasta E por que abelha ferroa Pra ficar com a voz boa O sabiá tem prazer Procura logo pimenta Mas só quer aqui arder Não tem ucéra nem grastite Nada vai lhe ofender Peba e tatu ao correrem Metem-se dentro da toca O gavião pega a cobra De uma mão pra outra troca Solta no chão e lhe pega Fazendo a maior fofoca As vazes na grande loca Esconde se a onça pintada O leão e a pantera Preparam-se pra cassada Que pela sobrevivência Lutam sem temer a nada Corre a raposa assanhada Comedo do lobo mal Com que fica a sua espera Dentro de um matagal Do jeito de um pistoleiro Pra da um golpe fatal João de barro especial Faz uma casa de terra Contem dois compartimentos Ele faz certo e não erra Talvez seja o mais sabido Doa pássaros que tem na serra Tem a ovelha que berra O Deus fazendo louvor O xexéu canta bonito Por ser um ótimo cantor Fazendo da natureza Uma escola de amor Meu verso aqui se encerra Falando nos matagais Nos pássaros e outros seres E todos os animais As coisas da natureza Eu acho linda de mais Pica-pau serra madeira Mesmo sem ter dentadura A formiga cria asas Para virar tanajura Rato se torna morcego E isto não é loucura Cada um tem o seu dote Pra lutar de noite a dia Gato é sargento ligeiro A onça é tenente e guia E do oitão do quartel O cachorro é o vigia Um no outro se confia Por se unirem em combate O leão diz bata em mim Na leoa ninguém bate Se eu não defender ela Meu filhote faz resgate O transporte do resgate Dar coice é mula ou jumento Detona explosão de peidos E é muito barulhento O gambá é arma química Por ter mijo fedorento Auto desenvolvimento Temos também a marinha No exercito lá da praia Cavalo marinho e sardinha Peixes de todas espessem Usando a força todinha A baleia é a rainha Topa todo desafio Pula alto e vai no fundo Não sente calor nem frio No porto do oceano É ele o maior navio Merece o meu elogio O tubarão com carinho Parece com um barco grande É ele o submarinho Que nesta força naval Ele não esta sonsinho Já a foca e o pinguinho Ensinam peixes nadar Cavalo marinho é guarda Esta sempre a vigiar Se ver peixe boi marinho Já corre a traz de pegar Quando a força do mar Se sente ameaçada O poraquê pra dar choque Combina-se com o espada E o peixe agulha também Enfrente qualquer parada Fora da água salgada Na doce tem a traira A piranha é a guerreira Vê o inimigo e mira Não usa arma de fogo Mais uma dentada atira Na força aéria se atira Cada um sem ter cansaço O louro conta piada O papagaio é palhaço E o vento ajuda o corvo Grande piloto do espaço De tudo eu sei um pedaço Do exercito da natura O sonhinho é trapezista O macaco lhe estrutura Quem usa o Brasão de arma Não pode fazer loucura O mar também tem bravura Com o seu remanso forte Um lutando pela vida Outro enfrentando a morte Nas suas forcas marinhas Só vive quem for mais forte Colibri é helicóptero Que cheira a flor do jardim Voa pra frente e pra traz E nunca se cansa em fim Bate as asas muitas vazes Por que Deus lhe fez assim Já o zigui zigui sim É ele o lindo avião Tem as asas transparentes E mesmo a cima do chão Comanda a força Aéria Da base do meu sertão É a águia com razão O grande avião aja to Com bate do ar ao solo Enxerga a sede e o mato E filma do céu pra terra Como quem tira retrato Tem outro pedrador chato Mas ele é o ponto chave Mata o seu rival aos poucos E tem o vool suave O qual é o gavião Eu comparo com uma nave O urubu não é nave Mas voa com ligeireza Morre-se alguém nesta guerra Pois pode ter a certeza Que ele come o finado Fazendo aquela limpeza O pica pau faz defesa Com valor especial Combate o seu inimigo Seu bico é o arsenal Destrói o rival no ar Com uma explosão fatal Na força aéria das aves Pois cada um se destina Defender a sua pátria Da triste fúria assassina No batalhão da natura Um aprende e outro ensina Não aquém perca a rotina No exercito do sertão O galo toca a trombeta Despertando o batalhão Cinco horas da manhã Já começa a malhação O peru faz pirueta Gira vigiando a terra O leão é atalaia Da fortaleza da serra O elefante trombudo Parece um canhão de guerra Cava um buraco e se enterra Pra se livrar do ataque O peba é o carro tanque Tem casco e suporta Baco É como os carros de guerra Usados lá no Iraque O Tejo prepara ataque Faz do seu rabo chicote Casso te é igual a um micio Quando salta e da pinote E a cobra é o soldado Que arma e não erra o bote O macaco é capitão Por que tem a pele preta Quebra coco como quem Na arma bota espoleta E faz os colegas rirem Quando faz uma careta Eu queria descobrir Por que a águia é valente Renova-se a cada dia Fica bonita e decente Voa alto e nunca cansa Encara o sol frente a frente Por que é que o sol é quente E por que a lua é fria Por que um clareia a noite E outro clareia o dia E na sua rede elétrica Nunca faltou energia Sem pilha e sem bateria Vaga lume é quem pisca Quero descobrir por que Quem não arrisca não petisca Até pra pegar um peixe O pescador bota a isca Por que relâmpago faísca E por que trovão estronda Por que é que terra gira Entorno do sol faz ronda Por que planes se tem nível E dona serra é corcunda Por que cobra não tem bunda E se a rasta pelo o chão Vai comendo o pó da terra Por que não tem pé nem mão Faz a rodilha arma o bote E briga até com leão Quero saber com razão Por que o porco é seboso Por que é que pato é limpo E leão é corajoso E pavão por ser bonito Quer da uma de gostoso Por que coelho é medroso Por que o peba tem casco Mora na toca e se vê O caçador diz me lasca Por que caçador não brinca Com seu cachorro carrasco A canção não é do Vasco Mas tem a cor branca e preta Por que larga to se encanta Para virar borboleta E o macaco prezepeiro É palhaço e faz careta Por que é que a noite é preta E lua tem quatro fases Por que é que João de barro Constrói casa e tem as bases Assim como o professor Se expressa bem nas frases Por que é que a oásis Da natureza é bonita Por que é que o mar engole A vitima e depois vomita A cigarra não é guarda E mesmo assim ela apita Por que coruja é esquisita Eu quero saber também Por que sem linha e sem roda O imbua vai e vem Com as suas pernas lentas E parece com o trem Por que pito quer xerém Pra sua alimentação Galinha defende os filhos Das garras do gavião Bota de baixo das asas E encerrou a questão Quero saber por que cão Tem muita raiva de gato O cão persegue a raposa O gato persegue o rato No dia que pega um Está garantido o prato Quero saber por que rato Só se transforma em morcego E qual é a diferença Do bode para o burrego E por que o lodo é liso E provoca o escorrego Por que tem negro e galego Por que milho tem boneca Por que tripa de gambá Da corda para rebeca Por que ele fede tanto Quando urina ou defeca O tamanduá a breca E na força se confia A galinha não tem dente Come milho põe e pia Não tem vagina e tem filhos Burra tem e não da cria Sé de eu cheirar um dia Um macho de perto eu corro Mas já o cachorro cheira O rabo de outro cachorro Cutuca o tóba do outro ele nem da esporro Tem dois animais domésticos Que aprendi admirar Gato defeca e enterra Sem ninguém lhe ensinar E o cão late e faz medo Pro ladrão se assustar A arara também é Uma ave muito bonita A preguiça não trabalha A Graúna canta e grita E o mico leão dourado Pula só pra fazer fita O rato não acredita Nas coisas que o gato diz Nem gato no cachorro Que não é muito feliz E diz assim vou morrer Sem conseguir o que quis Comadre raposa diz Compadre cão é esperto Eu não posso da bobeira Que ele pode estar perto Essa é vida dos bichos Que vivem lá no deserto Quem é não admira O mel que abelha constrói E a formiga que rói A folha da macambira A babuia da trairáe O canto dos sabiás As curvas que a cobra faz Com a maior ligeireza As coisas da natureza Eu acho linda de mais A lua clareia a noite Com o seu resplendor forte É quando o vento do norte Chega dando aquele açoito Continua no pernoite A lua e sua clareza Perecendo uma princesa Mas é feita de metais Eu acho linda de mais As coisas da natureza No terreiro o bode berra Quando o Boi urra e da bronca No chiqueiro o porco ronca E o lobo urra na serra O peba escavaca a terra E um buraco ele faz Esconde-se dos chacais Lá na sua fortaleza As coisas da natureza Eu acho linda de mais Cada animal tem o dote Pra pescar e pra caçar O cachorro é pra ladrar Mas a cobra arma seu bote Pra pegar gente ou casso te Por dentro dos matagais Ela é discreta de mais E tem veneno na preza As coisas da natureza Eu acho linda de mais O cachorro ao se encontrar Com o outro companheiro Cheira logo no traseiro Para lhe cumprimentar Ou a traz de encontrar O que perdeu muito a traz É que a vida dos chacais Só é fazer safadeza As coisas da natureza Eu acho linda de mais O homem mata o leão A onça pega o via do E a tigre ataca o gado A baleia o tubarão Águia pega gavião Macaco um dos animais Prezepeiros imorais Faz careta e nogenteza As coisas da natureza Eu acho linda de mais O pica-pau é valente Que faz do seu bico serra O gato defeca e enterra Papagaio imita gente O pássaro vive contente Nas reservas florestais De carniça de animais Urubu faz a limpeza As coisas da natureza Eu acho linda de mais Tem guará e tem jaguar E tema jaguatirica Que golpe fatal aplica Na hora que vai caçar Pega a vitima pra matar E luta com esperteza Tem muita força na preza A bicha é muito saga is Eu acho linda de mais As coisas da natureza
(1) artigos publicados
Membro desde maio de 2010
Publicado em 22 de maio de 2010 em Contos

Contos e Fábulas da Natureza