Pamela Leal

Pamela Leal
COMPARAÇÕES DA QUALIDADE MICROBIOLOGICA ENTRE LEITE IN NATURA OBTIDO POR ORDENHA MANUAL E APÓS PASTEURIZAÇÃO CASEIRA, COMO ALTERNATIVA AO CONSUMO EM PROPRIEDADES RURAIS, EM CAMPO GRANDE- MS. Figueiredo, Pâmela Leal1*;Lara, Luciely Fernandes de; Carvalho1*; Amin, Melissa1; Lucimar Aparecida de1. 1 - Universidade Anhanguera - UNIDERP, Campo Grande/ MS. [email protected] O leite é um dos alimentos mais completos da natureza, tendo em sua composição elementos nutritivos essenciais à saúde, sendo um excelente meio de cultura para microrganismos patogênicos. Apesar de proibido a venda do leite in natura no Brasil desde 1952, ainda hoje, aproximadamente metade da produção nacional de leite é comercializada informalmente, gerando uma preocupação em relação à saúde pública. O presente trabalho foi conduzido com o objetivo de comparar a qualidade microbiológica do leite in natura obtido por ordenha manual e após pasteurização lenta, sendo a técnica reproduzida em ambiente caseiro, como uma alternativa ao consumo para a população que possui o hábito de ingestão do leite em propriedades rurais. Analisaram-se dez amostras de leite in natura, obtidas por ordenha manual, coletadas em pequenas propriedades rurais no município de Campo Grande, MS. Nesses estabelecimentos foram observadas as Boas Práticas e as condições higiênico-sanitárias. Dentre as amostras de leite in natura, 70% apresentaram valores superiores a 105 UFC/ml, para contagem padrão (aeróbios mesófilos), concordando com a não aplicação das Boas Práticas de Manipulação verificada nos locais de coleta. Esses valores foram reduzidos consideravelmente após o processo de pasteurização lenta. Não há padrões microbiológicos para o leite in natura, estabelecidos em legislação, porém, em 100% observou-se alta contagem de Coliformes Totais e Termotolerantes indicando falta de higiene na ordenha e estocagem inadequada do produto. De acordo com Brasil (2001), o limite estabelecido para Coliformes a 45°C é de 104 em leite pasteurizado, portanto todas as amostras encontram-se dentro dos limites estabelecido pela legislação após a pasteurização caseira. Em 60% das amostras foi detectada a presença de Salmonella sp. A mesma fonte citada anteriormente, estabelece a ausência em 25mL para amostras de leite pasteurizado, portanto houve redução em 100% das amostras após o tratamento térmico. Devido à manipulação do produto e o controle ineficiente sobre a mastite nas propriedades, as dez amostras foram analisadas em relação à presença ou não de Estafilococos coagulase positiva. Das amostras analisadas, 100% apresentaram sua presença em números que variaram de 7,0x10¹ à 5,1x104, sendo eliminado após a pasteurização caseira, confirmando a eficácia do processo térmico. De acordo com os dados acima, podemos afirmar que após a pasteurização lenta reproduzida em ambiente caseiro, foi eficiente, e as amostras se encontram aptas a serem consumidas, pois a aplicação do tempo e temperatura desse processo foi suficiente para reduzir ou eliminar os microrganismos presentes no leite in natura.
(1) artigos publicados
Membro desde março de 2011
Publicado em 15 de março de 2011 em Arte

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE QUEIJO CASEIRO