Zarak, o Monstrinho: Capítulo II: Zarak
Por Alec Silva | 27/07/2010 | LiteraturaPensei em gritar mais alto do que a primeira vez e sair correndo, mas algo me deteve ali, sentado numa cadeira em meu quarto, encarando aquela criaturinha estranha e simpática.
― Só pode ser um sonho ― falei, começando a me beliscar.
Soltei um grito baixo ao fazer isso, o que fez o monstrinho gargalhar.
― Para com isso, amigo! ― pediu-me. ― Eu não vou fazer mal algum a você. Vim apenas para ajudá-lo.
― Ajudar-me?! Em quê?
A coisinha andou como um pingüim até perto da mesa. Não entendi porque ele andava assim, pois as suas pernas eram normais a meu ver. Erguendo-se um pouco, pegou uma folha em branco e me mostrou, respondendo:
― Liberar a sua imaginação.
Uma mistura de raiva e vergonha se apossou de mim. Não sabia bem o que fazer ou dizer.
― E você a tem em excesso, mas está com medo de despertá-la ― continuou a coisa.
― Afinal, quem ou o que é você? ― perguntei, irritado com tanto atrevimento.
― Poxa! Eu sou Zarak!