Watch Dogs

As expectativas eram muitas mas será que a Ubisoft conseguiu dar aos fãs o prometido

No Watch Dogs somos levados para uma Chicago toda ela gerida pelo ctOS, este sistema central é ainda responsável por toda a vigilância da cidade vigiando todos os seus cidadãos secretamente estejam estes onde estiverem.

Vestimos a pele de Aiden Pearce, um hacker que por ter estado no local errado à hora errada é vítima de um atentado que tira a vida à sua sobrinha. Na sua jornada por descobrir o responsável vai entrar no mundo do crime usando a própria cidade como arma contra os seus inimigos.

Como hacker experiente Aiden consegue manipular o ctOS a seu favor e assim interagir com a cidade e aceder a informações pessoais, tudo isto com o nosso smartphone. Enquanto andamos pelas ruas conseguimos invadir a vida de qualquer um ao ver as suas informações pessoais, podemos desviar dinheiro das suas contas bancárias, fazer o download de músicas que estejam a ouvir e até espiar as suas conversas e mensagens. Neste ultimo caso por vezes conseguimos descobrir a localização de um potencial crime ou de um pacote misterioso

Para andar pelas ruas basta pedir emprestado um qualquer carro da forma tradicional, existe uma boa variedade, desde simples carros a camiões, motas e até barcos. Se pretendermos um em específico numa certa altura podemos sempre usar o nosso smartphone para encomendar um ficando imediatamente disponível perto de nós. A condução não é má mas é pena o grau de destruição dos carros não ser muito elaborado.

Graças ao hacking o jogo tem mecânicas muito próprias dando-lhe uma identidade própria, nas estradas podemos controlar os semáforos, subir barreiras e pontes levadiças ou até provocar explosões em condutas de gás, ideal para quando somos perseguidos ou somos nós os perseguidores.

Durante as missões conseguimos usar as camaras de vigilância para ver as localizações dos inimigos assim como para criar diversas distracções ou ainda sermos mortais ao provocar explosões e sobrecargas eléctricas para eliminar os inimigos, tudo isto sem nunca nos expormos ao perigo.

Apesar do hacking ser o ponto central do jogo continua a ser dada muita importância a outras mecânicas deste tipo de jogos, muita condução do ponto A ao B e uso de armas, numa das primeiras missões principais somos obrigados a comprar uma AK-47 para dar inicio à missão. Sendo o hacking a bandeira do jogo este deveria ter mais destaque aumentando-se as suas opções que são agora algo limitadas.

Com o grande arsenal de armas disponível por vezes torna-se quase irresistível pôr o smartphone de lado e fazer as coisas da forma tradicional desatando aos tiros a tudo o que mexe. O sistema de cobertura é eficaz permitindo que nos desloquemos de local em local rapidamente.

Para além das missões principais temos um grande número de missões secundárias e jogos para nos manter ocupados durante muito tempo mas infelizmente estas começam a tornar-se repetitivas. Ora temos de enfrentar gangs locais ora eliminar um alvo escoltado. Os jogos são bastante originais e divertidos, desde eliminar aliens virtuais, enfrentar robots, causar o caos com um tanque aranha ou andar a atropelar demónios, mas ainda há mais.

Em relação ao online o mais conhecido é as invasões onde outo jogador pode invadir o nosso jogo para nos hackear, cabe a nós identificalo e eliminá-lo antes que tenha sucesso. É mais engraçado ainda quando somos nós a invadir e vê-mos o outro andar à nossa procura. Noutro modo semelhante em vez de hackear temos apenas de observar sem sermos detectados.

Depois temos as tradicionais corridas online e um modo onde um jogador no tablet vai accionar diversos mecanismos para nos travar.

Os fãs ficaram algo desiludidos por não ter a qualidade gráfica inicialmente apresentada mas a verdade é que isso não nos estorva a diversão, vamos nos manter bastante ocupados com Watch Dogs durante muito tempo.