O construtivismo é uma teoria muito bem aceita em alguns meios educacionais, ela trata do reconhecimento do indivíduo nas interações como o ambiente externo, no qual o aluno é sujeito ativo no processo de aprendizagem, e não mais um mero receptáculo. Neste sistema, o educando experimenta, pesquisa, e recebe estímulos ao raciocínio. Colocando o professor no papel de provocador e estimulador de novas experiências, na busca de propor estratégias e caminhos para encontrar novas respostas e conclusões.

O papel do professor é, de fato, ajudar os alunos a perceber as incongruências e vazios no seu entendimento. Salientando assegurar um ambiente dentro do qual os alunos possam reconhecer e refletir sobre suas próprias ideias; aceitar que as outras pessoas expressem pontos de vista diferentes dos seus. Para fazer isso, os professores têm que respeitar os alunos e tal respeito tem que ser mútuo.

Vygotsky é classificado entre os construtivistas, por pensar o conhecimento como um processo que se constrói a partir das relações do homem com o meio; enfatizando a interação social. Ao desenvolver sua teoria, Vygotsky demostra a afetividade da interação social no desenvolvimento de altas funções mentais como: memória voluntária, atenção seletiva e pensamento lógico.

Para Vygotsky, a aprendizagem antecede o desenvolvimento. Segundo o autor, da mesma forma que algumas aprendizagens podem contribuir para a transformação ou organização de outras áreas de pensamento, podem, também, tanto seguir o processo de maturação como precedê-lo e mesmo acelerar seu progresso. Essa ideia mudou a noção de que os processos de aprendizagem são limitados pelo desenvolvimento biológico.

A idade metal da criança é tradicionalmente definida pelas tarefas que elas são capazes de desempenhar de forma independente. Vygotsky chama essa capacidade de zona de desenvolvimento real, na qual desencadeia a zona de desenvolvimento potencial e zona de desenvolvimento proximal. Procure um Psicólogo para saber mais sobre o assunto.

Referências

FREIRE, Paulo. Algumas reflexões em torno da utopia. In: FREIRE, Ana Maria Araújo. Pedagogia dos sonhos possíveis. São Paulo: UNESP, 2001. p. 85-86.

______. Educação e mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.

______. Extensão ou comunicação. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985.

______. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

______. Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. 5. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998.

 ______. Pedagogia do oprimido. 32.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.

______. Sobre o conhecimento relacional. In: FREIRE, Ana Maria Araújo. Pedagogia dos sonhos possíveis. São Paulo: UNESP, 2001. p. 53-54.

GADOTTI, Moacir. Aprender, ensinar. Um olhar sobre Paulo Freire. Abceducatio. v.3, n.14, p. 16-22, 2002.

MOLON, Susana Inês. Subjetividade e constituição do sujeito em Vygotsky. Petrópolis: Vozes, 2003.

SIMÕES JORGE, J. A ideologia de Paulo Freire. São Paulo: Loyola, 1979. VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. 4 .ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991a.

______. Pensamento e linguagem. 3 .ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991b.

______. Aprendizagem e desenvolvimento intelectual na idade escolar. In: ---, LURIA, A.R., LEONTIEV, A.N. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. 3 .ed. São Paulo: Ícone, 1991c. p. 103-117.