Inquieta, minh‘alma alçou voo

Bastou-me o encanto de teus olhos e,

Desejar o toque de teus lábios nos meus

Voei em sua direção, veloz como a águia

Transpus mares, montes e os ares

Ancorei-me nos céus da imaginação

onde não há limites e barreiras...!

 

Ansioso por encontra-te

perguntei ao Anjo de tua guarda:

- Acaso, alguém espera por mim..?

- Não...! Respondeu Gabriel...!

- Mas, alma inquieta, vire-se...!

Então, e tu descias como plumas

Deslizavas-te por entre acordes e poemas...!

 

Ao ver-te minhas asas estremeceram

Como um relâmpago, tudo aconteceu...!

Mas, do modo como chegastes tu te fostes...!

Tu te escondeste nas pétalas do Éden...? 

Restou-me, o frio e as nuvens brancas

Onde estás que não te vejo...?
 

Princesa esquiva, onde estás...?

Por que te escondes de mim...?

Acaso, não sabes que hei de acordar

Estás sob as asas das borboletas brancas...?

Permita-me beijar teus olhos verdes

Afagar teus cabelos escorregadios e,

Aquecer-me em teus pomos esculpidos.

 

Quisera estar dentro de ti,

Ainda que por um breve instante...!

Bastaria-me a textura de tua pele aveludada.

De súbito despertei-me dos sonhos solitários

Em meu mundo imaginário, tudo foi possível...!

Mas, os poemas perderam força e perfume...!

Retornastes à metamorfose d'onde vistes e,

sob as asas das borboletas azuis

tu te escudates de mim...!

 

Princesa, perdoe-me o voo solitário...!

 

Por: Lourival Jose Costa 05/07/2019 – às 24:00hs