VOLTA ÀS AULAS NO PERÍODO PANDÊMICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Daiane Cristina da Silva

Vânia Silveira de Souza

       Diante da conjuntura em que a sociedade se encontra com a pandemia, durando mais tempo do que acreditávamos, e com o avanço das vacinas, consequentemente o número de casos foi diminuindo e houve a necessidade de que retorno das aulas fosse ficando cada vez mais emergente. Dessa forma, com um decreto Municipal ficou autorizado o retorno das atividades presenciais, a partir de 09 de agosto de 2021, no Município de Rondonópolis.

       Em um primeiro momento foi determinado um rodízio entre as turmas atendidas presencialmente, sendo separadas em grupos A e B, e remoto, pois o retorno ou não, foi opcional para a família. O grupo A ia para escola uma semana, e depois ficava uma semana em casa, realizando as atividades propostas pela professora, e depois havia a troca entre o grupo B e assim sucessivamente. O grupo remoto (híbrido buscava atividades quinzenais na Unidade escolar). Essas e outras medidas como: maior frequência de higienização nas salas, o uso continuo de máscaras e as trocas, distanciamento das mesas e das crianças em sala, foram determinadas visando seguir os protocolos para prevenção da COVID-19.

       Nesse sentido, o professor deveria estar sempre atento na sala de aula, o começo foi meio apreensivo, pois nunca vivemos uma realidade como esta, uma sala com poucas crianças e ainda estar sempre alerta com as medidas de orientação para prevenção do vírus. As primeiras semanas foram de adaptação, pois as crianças passaram até então a maior parte do tempo em casa sem sair, ou se socializar com outras crianças, algumas nem se lembravam de como era mais a escola. As reações foram diversas, como choro, alegria em rever os colegas, tristeza, medo... os professores compartilhavam desse mesmo sentimento, para nós também foi um período de adaptação. Em pensar que a educação infantil é um local que proporciona muitas experiências para crianças, na convivência com seus pares e professores, nas músicas, nas danças, nas contações de história, nas brincadeiras, entre outras possibilidades. Atualmente as crianças se viram um pouco limitadas, pois de certa maneira a sua liberdade nos espaços como a escola acabou sendo tolhido devido ao COVID-19, dessa maneira, aos poucos cada um foi se adaptando a essa nova realidade.

       Com o avanço gradual da vacinação seguindo a faixa etária, e a diminuição dos casos de covid-19, no dia 25 de outubro foi determinado o retorno total das aulas, não obrigatório, ou seja, o responsável poderia retornar ou não para a escola.   Mesmo diante da circunstância a felicidade de estarmos todos reunidos novamente nos alegrou de uma maneira inexplicável, os primeiros dias também foram de adaptação, afinal nem todos se conheciam, já que estavam separados em grupos.  Com o retorno completo tivemos, ou melhor, ainda estamos tendo a dimensão do quanto à pandemia afetou as crianças em várias questões como: ansiedade, falta de paciência, ausência de coordenação, medo, falta de socialização com seus pares, uso em excesso das tecnologias, entre outras questões que poderiam ser supridas pela escola.

       E assim, podemos evidenciar como a escola é importante para a vida das crianças em todos os aspectos, fazendo com que elas interajam, usem sua imaginação, contem histórias, vivam experiências e compartilhem momentos com todos, além de brincar. Com o passar do tempo às crianças foram criando laços mais fortes com os colegas e a professora, e conhecendo melhor a escola em que estudavam e passaram um ano e meio sem entrar nela. O ambiente foi ficando cada dia mais harmonioso e agradável que de certa forma nos relembrou os velhos tempos que antecederam a Covid-19.