Você já foi chamado de grosso?
Publicado em 07 de abril de 2012 por José Berton
Você já foi chamado de “Grosso”?
Você já foi chamado de “grosso” (a) alguma vez em sua vida? Pois é. A sensação poderá variar a cada caso. Quando se está diante de um quadro de impotência frente à vontade de outro, o que se tem é envolvimento emocional onde a razão deixa momentaneamente de existir. Não que isso seja uma regra. Por vezes conseguimos discernir sobre situações as quais poderiam obter de ambos, outro ponto definidor. Seriamos - se não essa distância que nos separa - um mesmo receptor de informações e conseqüentemente de informação opinativa. Seriamos, não fosse o abismo entre nós. Cada individuo "tasca" para fora o que toma conta do seu interior. O vivente tem como essência de suas atitudes o efeito indesejável daquilo que vive diariamente. Quando se é feliz o produto deste sentimento é a felicidade. Quando se é infeliz e ainda assim procuramos aparentar o contrário, acabamos por criarmos uma máscara com subsídios tão evidentes que mesmos por suposta proteção deste aparente adorno, não somos capazes de amenizarmos a carga sobre nossos ombros carregados de algum fardo único. Intransferível. Um fardo pesado por nós mesmos. Toneladas de discrepâncias por hora de difícil resolução. Então, quando o que se quer é compensação fatos surgem e nos envolvem. Ao nos darmos por conta de que somos produto de um pacote mal acabado de amarguras e decepções, talvez já seja tarde demais. Ao sermos chamados de “grosso” quando o que se quer é achar a melhor saída, saia! Saia e faça de seu silêncio resposta para o destempero inoportuno! Faça a sua parte e busque ao longo de corredores o entendimento necessário para perdoar. Isole-se por um tempo- mas só por um tempo, não para os outros tampouco para a vida. Busque a Deus acima de tudo. Valorize aos seus de forma que possas manter com eles um diálogo e então verás teu coração abrandando suavemente face ao teu perdão. De posse deste sentimento nobre poderás deitar- te em verdes pastos e seres guiado mansamente a águas tranqüilas. (Salmos, 23, 2). Ser chamado de “grosso” dependendo da hora e do local é inteligente; Ser chamado de “grosso” em local impróprio e na hora imprópria é ignorância e atestado de total pobreza de espírito por parte de quem teve a infeliz idéia de assim pronunciar-se. Deus tenha misericórdia destes pobres mortais.
José Ramos Berton
Jornalista