O intuito principal do case apresentado é a tentativa de transição do pensamento “simplório” a cerca do “fenômeno” do salário mínimo, para o desenvolvimento do pensamento do mesmo baseado na aplicação dos conceitos básicos econômicos apreendidos em sala de aula, juntamente com os observados em atitudes rotineiras. A priori, é fundamental a definição das palavras-chave do título, para um bom entendimento, destacadas a seguir: efeitos do salário mínimo no mercado de trabalho.  Sendo assim, respectivamente, compreende-se por “mercado de trabalho” um mercado como qualquer outro que apresenta tanto oferta quanto demanda. Concomitantemente, a ilustração ideal para o salário mínimo é a recompensa que o empregado recebe pela aplicação do seu esforço. Dessa forma, a correlação entre mercado de trabalho e salário mínimo gera efeitos, como: desemprego, desigualdade social, inatividade, formalidade ou não do trabalho, e talvez a mais alarmante sensação seja a incapacidade de atendimento as necessidades humanas.

Como protagonistas da alteração no salário mínimo destacam-se: oferta e demanda no mercado de trabalho. “O comportamento dos produtores é determinado pelos trabalhadores e as empresas determinam a demanda”. (MANKIW, 2006, p.121). Por isso, seguindo este raciocínio a demanda, atuação dos consumidores, comporta-se contrária à oferta, sendo as empresas determinadoras dela.

Segundo, a Constituição Brasileira de 1988, artigo 7º, decreto IV, assegura que:

Salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim[...].

É evidente que essa tentativa de resguardar a todos os cidadãos não surte efeito pleno, visto que o salário mínimo não consegue suprir as necessidades básicas do homem, pois o aumento do preço de mercadorias é diretamente proporcional ao aumento do salário mínimo, paralelo a este dilema existe a questão de produtos que sofrem pelo fenômeno da demanda inelástica. Sendo assim, o consumidor é insensível às alterações de preço dos produtos. Consequentemente, como o ditado popular já preconiza, “Nem tudo que reluz é ouro”, aparentemente a remuneração parece atender as necessidades básicas, no entanto a realidade é outra.

Mediante ao conteúdo apresentado, como uma relação de causalidade, o salário mínimo apresenta facetas ora positivas ora negativas, é notório que o lado “ruim” é mais identificável, mas não se pode negar que esse pagamento acalenta algumas necessidades do ser humano.