Existe uma cultura arraigada no pensamento do eleitor brasileiro que precisa mudar: a de que só mudaremos o país se votarmos certo. Sem dúvida, essa é uma grande verdade, mas não é a única e nem a principal. Imagine se para tudo que quiséssemos de bom na vida ou problema que precisássemos resolver tivéssemos de esperar quatro longos anos! Não estou bem no emprego? Daqui a quatro anos tentarei outro melhor. Meu filho está andando em má companhia? Daqui a quatro anos conversarei com ele.

Lógico que para os exemplos dados, não esperaremos todo esse tempo. Mas a pergunta é: por que imaginamos que nossas ações políticas para um país melhor só podem ser tomadas de quatro em quatro anos, diferente do que fazemos em nossas vidas?

Poderíamos tentar explicar de várias maneiras o lado inconsciente dessa cultura. Pelo fato do voto ser obrigatório e haver o sentimento de que, após essa obrigação chata, poderemos ficar livres dela durante quatro anos? Porque o pensamento brasileiro é futebolístico e liga eleição com períodos iguais aos da Copa do Mundo? Porque a derrota do nosso candidato só pode ser "vingada" nas próximas eleições? Ou porque sua vitória nos dá quatro anos de férias políticas merecidas?

Imaginem se a cada 48 meses de nossas vidas vivêssemos apenas seis? Se nos outros 42 navegássemos ao sabor dos ventos? Morreríamos aos 100 e teríamos vivido apenas 25!

Mas, no entanto, é o que a grande maioria dos eleitores faz. Parece que numa eleição - de prefeito a presidente - se encerra nossa responsabilidade política. Roubos, falcatruas, desvios de verbas públicas, cuecas endinheiradas... tudo acontece às nossas vistas e, além de seus autores ficarem impunes, acabam sendo incentivados pelo INJUSTIFICÁVEL sentimento de IMPOTÊNCIA ou postura de PASSIVIDADE que toma conta de nós.

Pior ainda do que essa passividade é a concordância dos que elegeram esses candidatos ou votaram em seus partidos. Esses, além de incentivarem ainda assinam embaixo e os defendem, como se dinheiro público pertencesse apenas aos eleitores que votaram nos candidatos que perderam. Para esses irracionais, seu candidato é um Robin Hood da política que rouba, mas que esses roubos justificam a sobrevivência de sua ideologia partidária. Que ideologia? A ideologia dos espertalhões, dos ladrões do erário com causa PRÓPRIA? Como pode existir um ser humano com tamanha BURRICE a ponto de imaginar que um país inteiro possa ser justo e igual apenas pela metade? Como será que esse eleitor se sentiria se soubesse que é alvo de gozações e desprezo dos próprios políticos desonestos que ele elege e protege?

Veja o exemplo de uma MENTIRA POLÍTICA na declaração do governador do Rio para "ficar bem na fita" com o governo federal, mas que envolve a vida de seres humanos:

"Ontem [13/01/2011], o governador Sérgio Cabral afirmou que o 'Rio recebeu, nos últimos quatro anos, não só a solidariedade, mas o apoio efetivo do governo federal' e que não poderia reclamar da falta de recursos enviados para o estado. Certamente, os municípios fluminenses devem ter recebido verba federal para outras finalidades, que não no programa de prevenção, já que na rubrica, especificamente, o Rio de Janeiro é apenas o 14° colocado em uma lista com 22 estados brasileiros agraciados com verbas do programa (veja a tabela)" Fonte http://contasabertas.com.br/

Não serei radical a ponto de afirmar que o governador não se sensibilizou com a morte de centenas de pessoas, mas é um exemplo de até onde pode chegar o (ir)raciocínio político.

Temos quatro anos pela frente, irmãos brasileiros. Precisamos acompanhar atentamente a política, não trocando a nossa dignidade e a de nossos irmãos por um punhado de ilusões e mentiras, esperando 2014.

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