As crianças que chegam no ambiente escolar terão acesso a esse mundo que envolve o movimento, a música, a artes visuais, a natureza e sociedade e a matemática. De acordo com o RCNEI as crianças se movimentam o tempo todo, desde do seu nascimento já explora seu corpo e interage com outras crianças, para esse processo acontecer, é importante que seja num ambiente seguro, principalmente para os bebês, onde o professor pode também trabalhar a postura corporal.

                                      

O trabalho com o movimento contempla a multiplicidade das funções, e manifestação do ato motor, proporcionando um amplo desenvolvimento de aspectos específicos da motricidade das crianças, abrangendo uma reflexão acerca das posturas corporais implicadas nas atividades voltadas para ampliação da cultura corporal de cada criança. (BRASIL,1998, p.15)

 

Através desse incentivo a criança amplia a motricidade, proporcionando um amplo desenvolvimento especifico para Brasil (1988) a criança imita o parceiro e cria suas próprias reações: balança o corpo, bate palmas, vira ou levanta a cabeça e etc. Diante da colocação, o bebe consegue se movimentar e explorar seu próprio corpo. Já a criança de quatro a seis anos desenvolver diversas ações tais como:

 

[...] recortar, colar, encaixar pequenas peças etc., sofisticam-se. Ao lado disso, permanece a tendência lúdica da motricidade, sendo muito comum que as crianças, durante a realização de uma atividade, desviem a direção de seu gesto; é o caso, por exemplo, da criança que está recortando e que de repente põe-se a brincar com a tesoura, transformando-a num avião, numa espada etc. (BRASIL,1998, p.24)

 

Observamos que, com o tempo, a criança se organiza o seu próprio movimento, adquire algumas preferências de acordo com o ambiente que está inserida.

Familiariza-se com a imagem do próprio corpo; explora as possibilidades de gestos e ritmos corporais para expressa-se nas brincadeiras e nas demais situações de interação; deslocar-se com destreza progressiva no espaço ao andar, correr, pular etc. desenvolvendo atitude de confiança nas próprias (BRASIL,1998 c, p.27). Possibilitar a criança um espaço que ela possa explorar e se expressar de acordo com a sua faixa etária.

Já a música tem um papel muitos significativo para a criança e seu desenvolvimento. No RCNEI (Brasil,1988)

 

Na fase intrauterina os bebes já convivem com um ambiente de sons provocados pelo corpo da mãe, como o sangue que flui nas veias, a respiração e a movimentação dos intestinos. A voz materna também constitui material sonoro especial a referência afetiva para eles (BRITO,2003, p.35)

 

A criança adquire conhecimento através da música, contribuindo para a socialização através de jogos e brincadeiras, expressados através de sons, ruídos, meio de transportes e etc.

Ouvir música, aprender uma canção, brincar de roda, realizar brinquedos rítmicos, jogos de mãos, etc., são atividades musical, além de atenderem a necessidade de expressão que passam pela esfera afetiva, estética e cognitiva (BRASIL,1998 p.48)

O RCNEI estabelece as seguintes competências:” ouvir, perceber e discriminar eventos sonoros diversos, fontes sonoras e produções musicais e brincar com a música, imitar, inventar e reproduzir criações musicais e brincar com a música, imitar, inventar e reproduzir criações musicais. (BRASIL,1988 p.55)

Quando estudamos a artes visuais na vida da criança esse processo se manifesta muito cedo, no momento de desenhar rabiscar, ou seja, faz parte do cotidiano escolar. [...] ao rabiscar e desenhar no chão, na areia e nos muros, ao utilizar materiais encontrados ao acaso (gravetos, pedras, carvão), ao pintar os objetos e até mesmo seu próprio corpo, a criança pode utilizar-se das Artes visuais para expressar-se experiências sensíveis” (BRASIL,1998 p.85). Essa pratica sai do mecanismo de apenas colorir desenhos, ou até mesmo de números e letras. Segundo o RCNEI

As artes visuais expressam, comunicam e atribuem sentindo a sensações, sentimentos, pensamentos e realidade por meio da organização de linhas, formas, pontos, tanto bidimensional como tridimensional, além de volume, espaço, cor e luz na pintura, no desenho, na escultura, na gravura, na arquitetura, nos brinquedos bordados, entalhes etc. o movimento, o equilíbrio, o ritmo, a harmonia, o contraste, a continuidade, a proximidade e a semelhança são atributos da criação artística. A integração entre os aspectos sensíveis, afetivo, intuitivos, estéticos e cognitivos, assim como a promoção de interação e comunicação social, conferem caráter significativo as artes visuais (BRASIL,1988 p.85).

Vale ressaltar a importância do professor disponibilizar materiais para as crianças e autonomia para que possam guardá-las, desenvolvendo o processo da responsabilidade.

Na vida da criança a linguagem oral e escrita permite desenvolver seu pensamento e construir conhecimento. O papel da Educação Infantil ganha um grande papel no sentindo de possibilitar a expressão e vocabulário da criança.

No primeiro ano do bebê, a comunicação se inicia através de gestos, choro ou sorrisos. Com o tempo a forma de comunicação se aprimoram, sempre respeitando cada faixa etária.

O professor pode utilizar de todas as oportunidades para que ocorra o ensino-aprendizagem das crianças, para que a criança expresse sentimentos e possibilite o contato com diversas situações.

Já o trabalho com a natureza precisa acontecer de forma articuladas com as demais áreas do conhecimento, favorecendo o conto com diversos materiais. As crianças desde pequena tem interesse e curiosidade quando falamos de animais domésticos, insetos, dinossauros etc.

As crianças que chegam no ambiente escolar terão acesso a esse mundo que envolve o movimento, a música, a artes visuais, a natureza e sociedade e a matemática que faz parte do nosso cotidiano, será trabalhada de forma prazerosa por meio de jogos e brincadeira, a fim de aprimorar a imaginação infantil.

 

Referência Bibliográfica

 

Brasil. Congresso Nacional. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal,1988.

BRITO, Teca Alencar de: Musica na Educação Infantil. São Paulo: Peiropolis.2003.

Gean Karla Dias Pimentel, Graciele Castro Silva, Renata Rodrigues de Arruda