Contentar-se com migalhas, acostumar-se com o pouco, com a falta, é totalmente disfuncional. Cristo disse “...eu vim para que tenham vida e vida em abundância” (Jo 10:10) e concordo plenamente com esta parábola, afinal viemos ao mundo para sermos felizes, aproveitar o melhor que a vida nos oferece e viver cada momento de forma intensa, como se fosse o último de nossa vida.

Isto não significa que não vamos ter revezes, que não vamos enfrentar problemas, que não sofreremos, porque isto faz parte da nossa vida. Até os momentos difíceis nos servem de aprendizagem, se soubermos ler o que eles têm a nos dizer.

Mas afinal, o que é ter abundância? É ter dinheiro para pagar as contas no final do mês, para comprarmos as coisas que queremos, para viajarmos? Quando pensamos e falamos em abundância, estamos nos referindo a algo bem mais amplo. Não podemos limitar abundância apenas a dinheiro, mas a vida, a saúde, aos amores, ao afeto, a família, a amigos, ao trabalho, aos sonhos, aos objetivos, as proximidade, ao respeito, etc. Isto é ter vida em abundância, quando isto não acontece, estamos vivendo de maneira disfuncional.

Talvez algumas pessoas ao lerem este texto pensem que o papel aceita tudo e que as colocações aqui feitas são utópicas. Até podem ser utópicas, mas são atingíveis para aqueles que acreditam que podem ter um corpo saudável que lhe permite rir; correr; pular; passear; viajar; ir atrás dos seus objetivos; de conquistar um lugar no pódio, independente, da idade, da preocupação do que os outros vão pensar a seu respeito, sem o medo da crítica sem ficar preso a lamentações e queixumes.

Vemos jovens que funcionam, pensam e agem como se tivessem muita idade, se preocupam em economizar energia, ao passo que encontramos pessoas idosas com todo vigor, porque sabem que quanto mais gastam energia, mais ela aumenta. É a velha lei do uso e do desuso.

A pessoa que vive em abundância é aquela que agradeça tudo que tem e até mesmo as coisas que não têm; que ama o seu trabalho e se não está satisfeito busca outro emprego que lhe satisfaça; que valoriza os momentos que está com a família e/ou com os amigos; valoriza as pequenas coisas; alegra-se com o sucesso do outro ao invés de invejá-lo; que não se preocupa em criticar, mas aceita as pessoas como elas são; que não fica preso a rusgas e nem guarda rancor, porque sabe que isto só faz mal para ela.

Viver em abundância pode parecer difícil ou utópico, mas trata-se de uma escolha. Podemos optar por vivermos como sofredores ou como pessoas decididas, que sabem o que querem, que não se acovardam frente as dificuldades, ao contrário, arregaçam as mangas e vão à luta; que não ficam buscando desculpas para procrastinar; que assumem a sua verdadeira identidade, independente do que os outros vão pensar; que não lesam os outros para se beneficiar, pois conhecem a lei do retorno. Poderia elencar tantas outras coisas mais, mas estas já nos convidam a pensar.

Todos nós viemos ao mundo para sermos felizes e termos vida em abundância, nos apropriemos disto e se não estivermos tendo vida em abundância, vejamos o que precisamos mudar e vamos em busca da felicidade e da abundância. Não tenhamos medo, se os outros podem, nós também podemos. Basta confiar e agir, o resto nos é dado por acréscimo.