Vitupério Das Obras
Publicado em 11 de junho de 2008 por Valdir Carvalho
VITUPÉRIO
Todos, temos uma causa a defender e a lutar por ela. Qual é a nossa causa?
Jeremias 4:14 Lava o teu coração da malícia, ó Jerusalém, para que sejas salva! Até quando hospedarás contigo os teus maus pensamentos?
Jeremias 17:10 Eu, o SENHOR, esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos; e isto para dar a cada um segundo o seu proceder, segundo o fruto das suas ações.
A presente propositura, tem como caráter: ser CONTESTAÇÃO. Por que não mencionar: "PALAVRA DE REPÚDIO" ?
Na Palavra de Deus tem um profeta citado, que no caminho de sua incumbência, batia num animal, instigando-o a todo custo à que fosse adiante, aos olhos do profeta, ele não conseguia ver o que o animal vislumbrava. Não obstante à nossa maneira de vermos as coisas, sempre existe um outro foco a ser observado ou notado. Por que notado? Sim, posso visualizar, mas "notar" é a diferença. Aos meus olhos posso estar vendo algo que não observo. E na Palavra está que tudo o que fizermos oupensarmos, está aos olhos do nosso Deus. Minha fé e a fé daqueles que me rodeiam, é algo que foge ao meu entendimento, à minha visão. É algo sublime e sendo de natureza divina, torna-se de particular aquisição. Inclusive, dela mesma, darei contaÀquele que a concedeu.
Mas algo ainda chama a atenção sobre o tão falado Balaão, que pensando estar agradando, levou o povo ao pecado. Semeandocontendas e propiciando discórdias, imputando a si o codinome de O DEVORADOR, eis que na nossa ânsia de fazermos algo BOM,podemos estaralimentando o desejo do DEVORADOR, que é que o evangelho do qual pregamos sejaEXPOSTO AO VITUPÉRIO, em quepossa estar semeando CONTENDAS e pelas palavras proferidas e ações praticadas, estar causando tropeço para aquilo que nos propomos a que seja acatado como VERDADE.
Falo pois, de coisas naturais, carnais que influenciam nas espirituais. Vejamos o caso dos vale dos ossos secos, quando o profeta visualizouque os ossos que dantes secos, foram revestidos com nervos, com carne e,depois com o espírito vivificante. Mas precisouo profeta profetizar sobre eles. Poderíamos dizer: Temos profetizadoalgo que dê vidaaqueles queconseguimos ver, ou simplesmente nos dizemos ser pentecostais eisso nosleva a sermos percebidos?
Somos participantes das coisas que fogem ao nossoconhecimento, as quais desenvolvemos por firmes convicções. Delas até desejamos ardentementeà que creiam que sejam verdades aceitáveis. Para tanto, nos dizemos ministros do evangelho, e desejamos com nossotestemunho que os nossos observadores vejam em nós a luz de Cristo. Objetivando a que observem e nos tenham por testemunhas vivas daquilo que o Espírito Santo nos causa, ou seja, nossas obras e nossas ações, considerados pelos Fruto do Espírito, e que fazem sujeitar-nos ao seu Senhorio, isto é , ao Seu querer.
A Palavra de Deus nos menciona que a fé que temos, devemos guardar para nós mesmos, mas não devemos colocar em prática o que vem na seqüência do versículo quando pretendemos atingir alguém, somente porque não nos sentimos condenados no que aprovamos.
Há um texto muito interessante em Filipenses:Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros.Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus;antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana,8 a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.
Constatar que devemos aprender em sermos SERVOS para que no tempo oportuno sejamos servidos, é algo que todo homem de bem precisa praticar.
Não haveria necessidade de averiguarmos nada, se tudo quanto temosexecutado, fosse pertinente ao que pregamos a outros, sem que considerássemos que por primeiro teríamos quefazer uma introspecção, objetivando ver se não estamos sendo partidários de ambições e questionamentos avessos ao que Deus esperade cada um de nós. Assim diz:Examine-se pois cada um a si mesmo.
Outro texto também, nos diz que devemos fazer uma análise de nós mesmos e verificarmos se não temos algo que está perante o nosso Deus, que nos desaprovaria por primeiro.
Outra passagem fala que devemos considerar que a fé que temos foi-nos dada como DOM em forma de MISERICÓRDIA DE DEUS , e isto tem que ficar claro que foi concedida A TODOS NÓS, a fé: COMO TAMBÉM EM SERMOS TÃO SOMENTE os DESPENCEIROS da Boa Causa.
Mas uma pergunta pode nos ser formulada: QUAL SEJA A BOA CAUSA EM QUE TODOS OS QUE ESTÃO no grande arraial MILITAM? Sim, sem dúvida alguma, militam, até que o Senhor da Causa receba a incumbência de vir buscar aqueles que Lhe causaram alegrias.
Será que nós, os que pensamos ser os DONOS da causa, estaríamos naquele momento, tão aptos a sermos achados sem INIQUIDADES perante o Senhor?
O vitupério das nossas obras, podem, não estar agradando ao nosso Deus, que tanto é Deus daquele que erra quanto do que tem o zelo, e na Palavra está que não devemos ser zelosos em demasia, pois seremos cobrados em maior medida.
As situações de constrangimentos em que imputamos aos outros pela nossa interpretação de SERMOS JUSTOS, leva-nos à prática da porfia, eis que sem nos apercebermos, podemos em DEMASIA estar praticando atos de IMPIEDADE.
Outra indagação poderia ser formulada: Nos púlpitos pregamos da misericórdia, de atos de amor, de compaixão, mas em nossas assembléias, as desenvolvemos em contra-senso ao que julgamos ser ÉTICO, poderia dizer AMORAL, ou seja, ao inverso do que viemos saber em teologia e seuspreceitos: que éo emprego de ambas, ao bom desempenho das tarefas ministeriais perante a Igreja do Dono da causa. Ou será que pensamos que a causa passou a ser nossa causa e que por ela seríamos glorificados? Quem haverá de fazer julgamento tanto daquele que erra, quanto daquele que imputa ao errado o seu julgamento? Colocando-o como indivíduo, no ridículo perante os homens e quem sabe causando um dissabor social e de convívio consigo mesmo perante a igreja, esquecendo que não somente possa ter direitos, mas que principalmente tenho limites e deveres perante Deus e perante os homens incorrendo pelos meus atos, na justiça de ambos.
- Ah! Poderia dizer: eu não erro quando no meu zelo procuro falar em público sobre o meu irmão que está passando por dificuldades, tão simplesmente estou praticando meu "ato de misericórdia" em querer que a causa seja honrada. Sim, poderia ser aceitável, mas guardando as devidas proporções que ela exige perante um colegiado de pessoas, onde todos estão na mesma dispensação. Inclusive aquele, que não tendo percepção do seu erro tenha o seu caso levado ao conhecimento alheio, fugindo totalmente ao conceito bíblico, ainda posso dizer: Mas estou sendo zeloso pela congregação à que fui designado. Mas outra pergunta vem à mente: E nesta atitude estou sendo espelho? Como diz no mundo um jargão: SOU A PEDRA ou SOU A VIDRAÇA?
Se começássemos a receber de volta as pedras que atiramos a esmo, suportaríamos asconseqüências de acordo em como elas foram atiradas? É necessário rever conceitos do que seja ÉTICA e do que seja princípio MORAL, tanto na visão humana, quanto na visão do evangelho que temospregado. Não simplesmente em nossa concepção humana, que muitas vezes é tendenciosa e perversa. Observando que se algo os homens estão desaprovando, tanto maior, Deus poderá também estar, e a Ele daremos conta até dos nossos pensamentos, segundo sua Palavra.
O que foi presenciado por este colegiado de pessoas foi vexatório, porque não dizer "constrangedor". E, o que foi percebido e não tão pouco comentado pelos bastidores, foi a questão do não emprego da ÉTICA por parte daquele que é comandado, caso comandante fosse, poderia até ser suportável, mas não o sendo, permitiu que na escala
hierárquica, o distanciamento da conduta ministerial e como exemplo de MORAL,
levasse ao repúdio da parte dos seus companheiros de caminhada e de incumbência clerical, ao falar dos percalços pelo que passam as pessoas. Faltou coerência, faltou prudência em não ser pedra, mas por primeiro pensar que poderia estar sendo ali a vidraça. Quem não teria uma pedra para ser jogada sobre si naquele momento? Nossas prerrogativas pelos cargos ocupados, podem nos dar presunção que podemos colocar nossos semelhantes à "berlinda" por atos vexatórios, na presunção de estar "agradando".
Por conseguinte, percebendo que a situação na oportunidade mostrada, não a era como se espelhava, mas algo no coração e mente por trás do assunto trazido à plenário. Ficou patente que atos de sublevação estavam ocorrendo naquele momento, causando constrangimento principalmente ao Presidente da assembléia, como a todos nós que estávamos presente à reunião. Poderíamos formular mais algumas perguntas, tais como:
-Por que determinados assuntos chegam ao conhecimento daquele e não aos demais?
-Será que não estamos fazendo a parte que nós repudiamos nos altares, que não é dar lugar ao nosso tentador?
- Será que por termos uma outra concepção do que seja a CAUSA, nos julgamos sobremaneira MAIORES que aqueles que suas vidas nos foram confiadas pelo Dono da Causa?
- A onde está o nosso argueiro, que só enxergamos o cisco nos olhos e na vida alheia?
Desejamos que esta Palavra seja interpretada da seguinte forma:Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração. A fim de que o nome de nosso Senhor Jesus seja glorificado em vós, e vós, nele, segundo a graça do nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo. Portanto, despojando-vos de toda impureza e acúmulo de maldade, acolhei, com mansidão, a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar a vossa alma, antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós.
Algo precisa ser considerado em ter por conseguinte, o emprego nas proposituras para questionamentos: todos os reflexos de nossas ações, onde seja levado em conta, todo o corpo de obreiros do DONO DA CAUSA, presente à assembléia das proposituras. Não somente trazer o que penso como sendo pautável à análise da maioria, se no fundo, o que desejo mesmo, é atentar para a autoridade do Presidente da assembléia, e constranger toda ela a que tenha posicionamento PERTINENTE AQUILO QUE PENSO ou IMAGINO QUE SEJA ACEITÁVEL, talvez sabendo, que eu possa estar sendo "inflamado" ao questionamento. Porque simplesmentedesejo ou desejam me usar paraesquadrinhar o pensamento do meu (nosso) Presidente, portando, somente INSUFLAR a que percebam sua maneira de agir e tomar decisões sobre os meus requerimentos, sem considerar que aquilo que trago em plenário possa estar depois de proclamado, levando os envolvidos ao caminho do inimigo do qual prego contra.
Devemos considerar que se no plenário, as pessoas estão atentas e percebem as nossas intenções, quanto mais Deus já tem em contanossos atos e os julgará sobremaneira.
Filipenses 4.5 Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor. Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus. Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.
Antes consideremos o que escreveu SALOMÃO, que com sabedoria divina soube conduzir sua incumbência no seu reinado:
O temor do SENHOR é a instrução da sabedoria, e a humildade precede a honra.Antes da ruína, gaba-se o coração do homem, e diante da honra vai a humildade.
O galardão da humildade e o temor do SENHOR são riquezas, e honra, e vida.
Valdir Carvalho - Cascavel-Pr - 04.6.2008