Capítulo 1

Era só pra ser mais um fim de semana em Búzios com minha esposa, na casa de praia de seus pais. Eles haviam deixado a chave conosco, tinham ido para um retiro da igreja e não iam passar lá com certeza.  Fizemos as malas e partimos para a cidade. Chegamos lá a noitinha e deu para curtimos um pouco da badalada noite de Rio das Ostras. Já estava indo para meu carro quando de repente encontro o reverendo Joel e seu filho mais novo, o Romeu. “Olá Wagner e Juliana, como estão”?   “Bem, e o senhor”? Respondeu minha esposa Juliana. “Na verdade estou um pouco preocupado, tive de vir pra cá as pressas, como vocês sabem estava no retiro da igreja, inclusive, seus pais estão lá, não é Juliana”? A Jú acenou com a cabeça que sim. “Então...” retomou ele, “Como dizia tive de vir as pressas, recebi uma ligação de um número desconhecido, me dizendo que o Igor e a Leila estão na casa de uns parentes aqui em rio das Ostras e que ela está muito mal, a pessoa que ligou me disse que não sabe do que se trata, só que ela está tendo pesadelos todas as noites e vomitando muito.” E logo Juliana com seu jeito voluntário ser o disse; “Reverendo, o senhor está de carro?” Sim Estou.” Respondeu ele. “Aposto que senhor ainda não tem lugar para ir e o senhor deve estar cansado demais para dirigir até Arraial do Cabo na casa de sua mãe, que tal dormir lá em casa?”Eu não pude ser controverso a sugestão de Juliana então reforcei; “Claro Reverendo, temos um quarto de hóspedes.” Ele aceitou e logo partimos.

Estávamos no carro partindo para casa, o tempo não estava muito bom naquele dia e tão logo a chuva começou. De repente o celular de Juliana toca, era o Reverendo que nos seguia em seu carro a uma distância segura. Ela conversa com ele durante um tempo e desliga. “Amor, o reverendo tá perguntando se Leila e o Igor podem dormir lá em casa.” Disse ela. “Claro.” Respondi meio sem jeito. “Ele disse que vai pegá-los em um ponto no meio do caminho parece que já marcou o lugar com eles”. Afirmou minha esposa.

Não sabia o que estava por vir, mas achava tudo muito estranho, uma ligação de número restrito, onde a pessoa se quer disse seu nome, disse apenas que era um parente de Leila. E agora essa de irem lá pra casa. Estava divagando em meus pensamentos na estrada encharcada pela chuva que quase derrapei em uma acoplanagem. Juliana levou um susto e gritou; “Amor cuidado!” ao mesmo tempo o celular Dela tocou de novo. “Fala reverendo.” Ela disse. “Okay, vou falar com ele”. “Amor eles estão esperando aí no próximo ponto.” ”Diz pra ele, que eu vou apanhá-los aqui no meu carro.” Então parei no ponto eles entraram e sentaram atrás. Estavam com seu filhinho o Jean, o garoto devia ter seus 2 anos. “Fala Igor, o que houve amigo?"Perguntei. “Cara, eu não sei mais a Leila não tá bem.” Disse ele. “Eu já estou melhor!”Falou Leila com ar de poucos amigos. “Como está melhor se ainda está ardendo em febre” Gritou Igor. “Ei gente brigar agora não vai adiantar em nada!”Juliana tentando apaziguar. “Já foram ao médico?”Perguntei enquanto dirigia atentamente pela pista encharcada. “Já sim cara, duas vezes, mas o médico da UPA disse que tudo não passa de uma virose por causa do mal tempo.” Disse Igor. “Cara esses médicos da rede pública são pagos pra falar isso e receitar paracetamol, vocês não tem plano de saúde?”Perguntei. “Temos sim, mas aqui não tem nenhuma clínica que o nosso plano cubra, por isso decidimos voltar pra casa hoje e procurar médico por lá. Sorte nossa que vocês nos encontraram e agora vão poder nos deixar na rodoviária de Búzios para pegar o ônibus para o Rio, ele vai sair as 22:45m, se ficássemos ali esperando com certeza nós iríamos perder ele.” Disse Igor preocupado e logo interrompido por mim. “Ué, mais vocês não estavam indo lá pra casa?”Perguntei.” Não .” disse Leila. “O reverendo recebeu uma ligação uma ligação de vocês perguntando se podiam dormir lá em casa, não foi isso?”Perguntou minha esposa. logo respondida por Igor. "Não, nós não falamos com reverendo Joel a uma semana." Fiquei assustado e parei o carro no acostamento. "O que está acontecendo? Perguntei. "Primeiro agente encontra o reverendo super preocupado com vocês dizendo que você estava mal Leila, ele recebe uma ligação misteriosa de um suposto parente seu que diz que você tem tido muita febre e pesadelos horríveis. Depois ele nos liga dizendo que recebeu uma ligação de vocês e que vocês pediram pra dormir lá em casa, que merda é essa?" Juliana tentou me acalmar. "Calma amor!" Enquanto tudo isso acontecia dentro de meu carro o reverendo parava o seu próximo ao acostamento também. "Quem é?" perguntou a Leila. "Ué é o reverendo!?" Falou Igor ao reconhecer o carro. "Isso!" Eu respondi meio sem entender o que estava acontecendo, enquanto Juliana tentava explicá-los que o reverendo saiu do retiro da igreja só para procurá-los e levá-los para casa.

                                                                                                                                                          

Depois que tudo se acalmou resolvemos pegar a estrada novamente. Consegui convencê-los a não viajarem naquele dia, disse a Igor que fazia questão iria reembolsá-los pelo valor da passagem que eles haviam comprado. Fomos para nossa casa em Búzios, o Reverendo disse que queria orar a Leila, porque ela ainda estava com um pouco de febre. Ele havia dito que talvez seu problema fosse espiritual, já que ela estava tendo constantes pesadelos onde um homem a perseguia dentro uma casa antiga. eu não acreditei muito naquela história e estava meio atravessado com o papo do telefonema desconhecido que o Revendo havia recebido. Não sabia o que estava acontecendo, mas algo me dizia que alguma coisa muito ruim estava para acontecer.

Finalmente havíamos chegado em casa. Estávamos cansados por causa de todo aquele mal entendido do telefonema. Quem teria ligado? O mais estranho era que de fato Igor não havia ligado para Reverendo Joel de seu telefone celular. E nas chamadas recebidas do Reverendo havia a ligação de Igor e o horário batia com do momento em que ele ligou para Juliana pedindo para que eles dormissem lá em casa. Continuei intrigado no começo cheguei a pensar que era alguma armação do Igor o lance do telefonema, mas ele foi enfático ao dizer que não ligou para o Reverendo. A conclusão que podemos chegar é que alguém havia clonado o celular do Igor fez aquela brincadeira de mau gosto. Mas quem iria fazer isso? Provavelmente alguém que conhece bem o Igor e a Leila e mais, alguém que estava bem próximo de nós pois sabiam de que Juliana o Reverendo e eu estávamos onde estávamos naquela noite. Comentei isso com Igor enquanto estávamos lá em casa no sofá assistindo TV; "Cara, eu não sei poderia ter feito isso. Além do mais quase ninguém sabia que eu estava aqui na região dos lagos. Nem pra minha mãe havia contado, ela ficou sabendo hoje." Disse ele. "Espera aí." lembrou Igor. O meu cunhado, o Frederico, ele também sabia, mas pra que ele ia fazer isso? É meio sem nexo, né?". Disse ele coçando a nuca.

Enquanto assistíamos o noticiário Junto com os dois meninos, o Jean, que estava no colo de seu pai, e Romeu, filho do Reverendo Joel, Leila estava em um dos quartos de nossa casa sendo orada pelo Rev. Joel e Juliana. Logo eles voltaram dizendo que ela havia dormido e que a febre dela estava passando. Já era tarde e todos estavam com muito sono. Igor se recolheu carregando seu filho no colo e foi para o quarto de hóspedes onde sua esposa estava e Juliana levou o reverendo e pequeno Romeu, de 7 anos de idade para um outro quarto de hóspedes que tinha no final do corredor.

Com toda aquele tumulto percebi que não tinha nem tomado um banho ainda. Fui para minha suíte fazer isso e então pude relaxar um pouco. Só queria passar um final de semana tranqüilo sem ter que me estressar com nada. Precisava fugir um pouco das figurinhas repetidas lá do bairro onde eu moro, mas parece que eles insistem em me perseguir, pensei enquanto tomava o meu banho quente. Enfim consegui me deitar, estava tão cansado que nem vi quando a Jú deitou. De repente senti uma sensação boa e acordei. Estava excitado, senti como se alguém estivesse me masturbando ou fazendo sexo oral em mim, não me lembro muito bem, olhei para o lado na esperança de minha esposa querer algo àquela hora da madrugada, mas na verdade ela estava dormindo. Então pensei que talvez tivesse sido somente um tesão noturno, algo normal que acontece com qualquer ser humano. Olhei para o Relógio e já era quase 3 horas da manhã. Decidi tentar dormir de novo, pois havia tido um dia muito conturbado na noite passada. Quando estava pegando no sono de novo, aquela fase em que estamos ainda meio conscientes mais quase dormindo, senti outra vez, dessa vez eu percebi, era sim uma boca, estava me chupando era bom, muito bom. Abri meus olhos, mas não podia mexer-me corpo com muito esforço conseguiu olhar pro lado e vi Juliana dormindo despreocupada, me esforcei para olhar pra baixo e ver quem estava fazendo aquilo mais não conseguia de jeito nenhum, quem ou que fazia aquilo em mim fazia muito bem eu estava sentindo muito prazer era bom demais, não agüentava mais me segurar, até e em uma determinado momento percebi que o pênis estava totalmente dentro da boca daquela pessoa ou coisa que eu não conseguia ver e então eu ejaculei muito como nunca havia ejaculado na vida senti muito prazer urrava de tesão até que consegui voltar me mexer. Levantei o lençol e constatei que não havia ninguém por baixo dele e também nem resquícios do meu sêmen.

Logo depois do que aconteceu me levantei devagar para não acordar Juliana, estava com o pênis um pouco ereto ainda. Fui a cozinha, pois estava com um pouco de sede. Eu estava com uma camiseta branca e usando um daqueles shorts de seda bem finos, dessa forma ficava bem visível perceber que eu estava com o pênis meio duro, por isso eu  torcia para não encontrar ninguém que tenha ido ao banheiro para evitar o constrangimento. Chegando até a cozinha para minha surpresa encontro Leila. Ela estava parada próximo a geladeira com um copo de água na mão. Leila usava um short vermelho bem curto e estava de sutiã, ela era uma mulher extremamente atraente vista daquela forma. Morena, devia ter seus 26 anos, cabelos longos, olhos cor de caramelo, aproximadamente 1,60m e um belo corpo. Ela olhou pra mim e para baixo e deu um sorriso sensual eu gelei de vergonha. "Está com sede também?" Perguntou ela. "Éh...também." Respondi meio sem jeito. "Não estou conseguindo dormir muito bem." Disse a ela,  que parou perto de mim mexendo no cabelo e com um perfume enigmático. Estávamos bem próximos um do outro e perto da geladeira, que estava a nossa frente, atrás de mim de nós tinha um balcão, que situava-se no meio da cozinha. Ela virou-se de costas pra mim e disse "vou pegar a água pra você", chegou pra trás ao abrir a porta e encostou seu corpo no meu com o leve impacto cheguei um pouco para trás e fiquei imprensado entre o corpo dela e o balcão da cozinha. Ainda de costas pra mim e com seu corpo bem colado no meu ela abaixou-se um pouco para pegar a água no refrigerador, senti-me como que hipnotizado, de repente ela começa a esfregar suas nádegas em meu pênis, aquilo me fez ficar excitado em fração de segundos. Enquanto fazia aquilo comecei acariciar sua bunda, que era muito atraente, ela olhou pra trás com aquele olhar sensual e me disse "Perdeu a sede ?! Acho que agora você está é com fome!" Quando me dei conta ela já estava me beijando. e logo depois estávamos nus em cima do balcão da cozinha transando loucamente. Nós estávamos fazendo bastante barulho, mas o estranho é que eu não estava nem aí, parecia estar em transe, fora de mim. Assim que terminamos nos vestimos novamente ela me beijou mais uma vez e se retirou bem devagar olhando pra trás, me fitando com seus belos e sedutores olhos cor de mel. Depois disso ainda fiquei um pouco lá cozinha arrumando a bagunça que havia feito. De repente me veio o estalo sobre a gravidade daquilo que eu tinha feito, eu tinha acabado de transar com uma mulher que não era a minha e o pior amiga de minha mulher, que congregava na mesma igreja que ela, igreja da qual eu não fazia parte ainda, mas que minha esposa vivia insistindo para que eu fosse lá com ela. Mas tarde eu iria entender o porquê disso tudo.

Enquanto divagava em meus pensamentos percebi outra coisa; eu tinha transado com ela sem camisinha e tinha ejaculado dentro. A sensação que eu senti, foi a mesma de quando eu gozei no quarto, uma ejaculada fora do comum. Então eu pensei, será que eu estou sonhando, será que isso é um daquele sonhos lúcidos onde temos completo controle sobre nossas ações. Baseado nessa minha tese tentei fazer algo para acordar, estava com vontade de urinar, de repente se eu for ao banheiro eu acordo todo mijado. Mas a tática não deu certo, eu ainda estava lá. Ainda convicto de que estava sonhando, que tinha acordado de um sonho, tentei algo mais arriscado; Acendi o fogo no fogão e coloquei meu braço direito sobre ele, gritei de dor ao me queimar um pouco, "Ahhhhhhh!" e então me dei conta de que com certeza estava acordado. 

Capítulo 2

Depois de comprovar que estava acordado decidi voltar para a minha cama e dormir. Juliana poderia levantar da cama para ir beber água também e me encontra. Temi, pois ele poderia me questionar e eu não saberia contornar a situação pois ainda estava atônito com tudo que havia acontecido naquele espaço de horas, falando em horas, que horas são? Pensei. Olhei para o relógio da cozinha e já eram quase cinco horas da manhã. Eu estava a mais de 2 horas ali cozinha sentado. Levantei-me e parti vagarosamente em direção ao meu quarto, para chegar até ele eu teria que passar pela sala e entrar em corredor onde possui Cinco portas; 2 à direita, 2 à esquerda e uma ao final do corredor. A primeira porta a direita era a porta de um dos banheiros da casa a segunda era o quarto onde Leila dormia com sua família. Á esquerda, a primeira porta era o quarto onde o Rev. Joel e seu filho Romeu dormiam e a segunda porta era o quarto onde Juliana e eu estávamos dormindo e no final do corredor ficava o quarto onde meus sogros dormiam quando iam para lá. Era um quarto maior com uma mobília um pouco mais antiga, mas era um belo quarto, nós não costumamos usar ele e nem cedê-lo para as visitas pois trata-se do quarto dos pais de Juliana, por isso ele estava trancado. Além do banheiro do corredor havia também um banheiro em cada quarto e um que ficava próximo entre a sala e a cozinha. A casa era bem grande e também havia uma varanda grande com um belo jardim e uma garagem com espaço pra dois carros de passeio, que inclusive estava ocupada as duas vagas uma pelo meu carro e a outra pelo carro do Reverendo.

Continuei me aproximando lentamente em direção ao corredor dos quartos, estava tão assustado ainda que não queria correr o risco de acordar alguém e ser visto. O corredor assim como resto da casa era bem grande, havia um grande espaço entre as portas que estavam uma ao lado outra devia ser uns quatro ou cinco metros e ainda havia a parte de cima da casa com um bela lazer que os pais de Juliana usavam para realizar suas festas de fim de ano e reunir a família. A escada que levava até cobertura da casa ficava próximo a sala de jantar, por onde havia passado há pouco. Depois de alguns minutos consegui chegar ao meu quarto entrando bem lentamente.  Porém quando entrei para minha surpresa não encontrei Juliana lá, fui até o banheiro dentro do quarto e também não estava lá. Tudo aquilo me deixou mais nervoso ainda, uma sensação de embrulho no estômago, um aperto no peito, só imaginava uma coisa; será que ela nos viu transando? Eu não tinha alternativas, devia procurá-la, não tinha mais o que fazer, se ela viu mesmo não tinha como inventar desculpas, o que ia dizer; oi amor você me viu transando com Leila, mas foi um acidente, não foi de propósito, pensei eu enquanto ia em direção ao quarto do Rev. Joel. Bati na porta e entrei, estava aberta, mas o Reverendo também não estava lá, apenas seu filho Romeu dormindo tranquilamente. Fui ao quarto de Leila, de repente ela estaria lá fazendo cena pro Reverendo e para Juliana fingindo ter pesadelos, estava decidido a descobrir o que estava acontecendo, mesmo que isso custasse o meu casamento. Afinal, havia um sacerdote envolvido nisso tudo. Nunca fui um cara de ir muito a igreja, mas achava aquilo tudo muito errado, seja lá o que estava acontecendo com aquela mulher e seu marido, eles estavam envolvendo minha esposa e eu naquilo também e o pior, o Rev. Joel depositando credibilidade nela como uma mulher honesta. Ela entrou na nossa casa, transou comigo eu estava disposto a contar a verdade para todos. Mas a verdade é que eu ainda não tinha noção do que estava por vir, se soubesse tinha convidado o aquele homem e aquele casal para passar a noite em nossa casa.

Quando dei por mim já havia entrado no quarto deles e lá só encontrei o pequeno Jean dormindo com o rostinho angelical de um bebê de 2 aninhos de idade. Procurei de sala de estar, no banheiro, na despensa, na garagem e na sala de jantar e nada. Já era 05:20min. da manhã. Lá fora aquela chuva que não parava de jeito nenhum e o pessoal desaparecido, divagava eu em meus pensamentos quando me dei conta que ainda tinha olhado em um lugar, a cobertura.

Capítulo 3

 

Parti em direção a cobertura, a chuva caía lá fora intensamente enquanto eu subia as escadas. Estava escuro no local, e eu não sabia onde ficavam os interruptores, só conseguia ver um pequeno feixe de luz no chão ao centro. Estranhei, o que seria aquilo? Pensei. Da onde eu estava não para ver direito me aproximei um pouco mais, porém a uma distância segura caso fosse algo ou alguém ameaçador poderia escapar com facilidade.  

Ao me aproximar pude ver com mais clareza do  que se tratava e realmente não pude acreditar no  que eu estava vendo. Fiquei totalmente apavorado por encontrá-los ali daquela, sentados no chão e cada um com uma vela a sua frente. Espera, minha esposa Juliana estava com eles, sim, com eles, o Rev. Joel, o Igor e a Leila. Disfarcei e perguntei, “O que ouve, resolveram orar a essa hora da noite Ver. Joel?” Perguntei enquanto me aproximava.  Ao me aproximar ainda mais me assustei quando para os olhos de cada um deles. “Estávamos esperando você Wagner!” afirmou Juliana,  a minha esposa com um olhar extremamente apavorante. Seus olhos castanhos estavam totalmente negros e sem vida sua voz estava diferente, estava bem grave, gelei de medo na hora. “Junte-se a nós!” disse o Reverendo com a mesma voz apavorante e com os mesmos olhos negros e sem vida. Reparei que estavam sentados sobre um pentagrama, sim um pentagrama que fora desenhado ali, provavelmente para ritual que estavam perto de realizar. Ainda apavorado tentei falar com Juliana; “Amor vamos sair daqui e chamar a polícia esse pastor e esses seus amigos são loucos!” Ela ou o que estava nela me respondeu com aquela mesma voz terrível. “Wagner, não é Juliana que esta aqui, você precisa fazer como ela e deixar ser canalizado pelo seu guia, precisa se juntar a nós e fazer parte da nossa  igreja. Era para você estar em nosso retiro hoje. Tudo isso foi planejado para você meu bem. Deixemos os íncubos te canalizar, nós vamos lhe fazer bem. Transou com a Leila hoje né! Foi bom né. Você foi um belo experimento. Agora o seu sêmen está dentro dela. No momento em que transaram ela estava canalizada pelo seu guia e o mais importante ela está em seu período fértil, ou seja, logo ela vai gerar mais uma bela criança que logo será iniciada em nossos ensinamentos.” Disse Juliana canalizada por aquela coisa.

Muito apavorado com aquilo tudo que vira só queria que aquele pesadelo acabasse logo. Mas como já havia constatado anteriormente aquilo não se tratava de um pesadelo, eu estava vendo e vivenciando tudo que acontecia. Eu tinha acabado de transar com a amiga de minha mulher ela estava possuída por uma entidade no ato de nossa relação sexual e todos eles faziam parte de um culto satânico de verdade, eles não eram membros de uma igreja como eu pensava. Enquanto tentava enquadrar minha linha de raciocínio ia me distanciando deles bem devagar e ainda muito assustado. De repente todos eles se levantaram e começaram a se aproximar de mim. “Vamos Wagner é hora de se unir a nós e a Asmodeus, vamos fazer uma grande festa juntos”, disse meu amigo Igor ou aquela coisa que estava nele. De repente não conseguia me mexer mais parecia ter alguém segurando meus braços e pernas. Só consegui me lembrar deles se aproximando e então eu apaguei. Quando me dei por mim estava sentado em uma das pontas do pentagrama, na posição de lótus, depois disso comecei a sentir como se um milhão de agulhas estivessem entrando em meu corpo e aí senti fortes descargas elétricas passando pelo meu corpo e saí de mim novamente.

Até hoje eu não entendi direito o que aconteceu naquela noite, hoje eu freqüento a tal igreja junto com a minha esposa Juliana. O engraçado é que os cultos são bem normais, neles não vi nada de estranho. No último que fui o Ver. Joel falou sobre o próximo “retiro espiritual” e anunciou com muito orgulho que eu seria um dos iniciados. Deve ser bom mesmo, meu sogro voltou de lá transformado. Outro dia enquanto almoçávamos lá em casa de meus sogros, meu cunhado havia me dito que tudo não passava de lavagem cerebral e que eles queriam fazer isso comigo. Mas logo foi cortado pela minha sogra e estranhamente ela disse que no dia do retiro eles iriam levá-lo para Búzios pra passar um fim de semana por lá, já que ele não queria ir.

Por Tom Oliver