Virtualização de Desktops
Por Timóteo Santos Oliveira | 18/06/2009 | TecnologiaTimóteo dos Santos Oliveira
Universidade Cândido Rondon (UNIRONDON)
  Avenida Beira Rio – Cuiabá – MT – Brasil
  {Timoteo} 
  Abstract. The use of methods such as virtualization of desktops has increasingly 
  attracted the attention of companies wishing to expand their range of options 
  for access to its users, spending less and less. Article from The objective 
  is to demonstrate the operation of this facility as a tool for managing and 
  reducing costs of hardware. A partial view of the key methods and concepts will 
  be presented.
Resumo. A utilização de métodos como a virtualização de desktops tem atraído cada vez mais a atenção das empresas que desejam ampliar o seu leque de opções para acesso de seus usuários, gastando cada vez menos. O objetivo desde artigo é demonstrar o funcionamento deste recurso como ferramenta de gerenciamento e redução de custos de hardware. Uma visão parcial dos principais métodos e conceitos será apresentada.
1 - Introdução
  Nos últimos anos tem sido cada vez mais freqüente as empresas se 
  preocuparem com o que e como o usuário tem usufruído dos recursos 
  computacionais disponíveis em sua infra-estrutura. Isto tem motivado 
  muitos administradores de redes buscar alternativas de restringir o uso de recursos 
  do computador pessoal que podem desviar a atenção e comprometer 
  o desempenho nas suas devidas funções.
  O conceito de máquina virtual não é novo, suas origens 
  remetem ao início da 
  história dos computadores, no inal dos anos de 1950 e início de 
  1960. As máquinas virtuais foram originalmente desenvolvidas para centralizar 
  os sistemas de computador utilizados no ambiente VM/370 da IBM. Naquele sistema, 
  cada máquina virtual simula uma réplica física da máquina 
  real e os usuários têm a ilusão de que o sistema está 
  disponível para seu uso exclusivo. A utilização de máquinas 
  virtuais está se tornando uma alternativa para vários sistemas 
  de computação, pelas vantagens em custos e portabilidade, inclusive 
  em sistemas de segurança [MACAGNANI, 2009].
  No momento atual da TI, quem acompanha as notícias no mercado, sabe que 
  virtualização é a palavra da vez. Virtualizar virou sinônimo 
  de abstrair e, portanto, praticamente tudo que tem um conceito de abstração 
  leva virtualização em seu nome [SCHAFFER 2008].
2 - Motivação
Inicialmente serão mostrados os tipos de virtualização 
  e as motivações para o uso de cada conceito de acordo com as características 
  e principais propriedades que definem cada tipo.
  Também serão abordados os métodos de implantação, 
  a viabilidade de cada tipo e suas aplicabilidades.
  
  3 - Virtualização
A virtualização ou utilização de 
  maquinas vituais, mais conhecidas como VM’s (Virtual Machines), nada mais 
  é do que se utilizar os recursos de um único computador, distribuindo 
  ou portabilizando os recursos para outros terminais. 
  Em vez da utilização de vários equipamentos com seus respectivos 
  sistemas operacionais, utiliza-se somente um computador com máquinas 
  virtuais abrigando os vários serviços e aplicações.
  Os primeiros passos na construção de ambientes de máquinas 
  virtuais começaram na década de 1960, quando a IBM desenvolveu 
  o sistema operacional experimental M44/44X. A partir dele, a IBM desenvolveu 
  vários sistemas comerciais suportando virtualização, entre 
  os quais o famoso OS/370. A tendência dominante nos sistemas naquela época 
  era fornecer a cada usuário um ambiente mono-usuário completo, 
  com seu próprio sistema operacional e aplicações, completamente 
  independente e desvinculado dos ambientes dos demais usuários [LAUREANO, 
  2008].
  Um dos conceitos de virtualização de desktops que são frequentemente 
  empregados nas empresas é aquele que se instala um aplicativo de virtualização 
  no desktop do usuário. Alguns exemplos de aplicativos são: VMware 
  Workstation, Microsoft Virtual PC e Parallels Workstation. Este conceito é 
  comumente utilizado quando um usuário precisa utilizar dois ou mais sistemas 
  operacionais, normalmente para teste de alguma aplicação que está 
  desenvolvendo. Outro conceito que tem sido muito útil para empresas que 
  tem pontos de atendimento remoto, sem link com o data center principal da empresa, 
  e que por estarem isolados, estão fora do controle e das políticas 
  de segurança da empresa. Para estas situações a VMware 
  oferece o VMware ACE, que permite a criação de máquinas 
  virtuais com políticas de segurança, as quais podem ser entregue 
  para estes usuários remotos utilizarem. As políticas de segurança 
  serão mantidas mesmo sem conexão com a rede. Como exemplo de políticas, 
  podemos citar: qual trafego de entrada e saída é permitida naquela 
  máquina virtual, que dispositivos poderão ser utilizados, etc. 
  Também é possível determinar um tempo de vida para a máquina 
  virtual, criptografá-la e protegê-la contra cópia, evitando 
  que a máquina virtual seja clonada. Tem também aquele velho e 
  conhecido tipo, que por ter surgido em outra época, não levou 
  a virtualização em seu nome, mas que pode ser considerado como 
  tal. Estou falando do terminal services, como o Microsoft terminal services 
  e o famoso Citrix Presentation Server (antigo Metaframe e agora Citrix XenApp). 
  Muitas empresas adotaram esta tecnologia e disponibilizaram terminais de servidores 
  para que os usuários utilizassem como seus desktops, com o objetivo de 
  centralizá-los e reduzir os custos de manutenção[SCHAFFER 
  2008].
3.1 – Maquina virtual
Uma máquina virtual (Virtual Machine – VM) pode 
  ser definida como “uma duplicata eficiente e isolada de uma máquina 
  real”. A IBM define uma máquina virtual como uma cópia isolada 
  de um sistema físico, e essa cópia está totalmente protegida.
  O termo máquina virtual foi descrito na década de 1960 a partir 
  de um termo de sistema operacional: uma abstração de software 
  que enxerga um sistema físico 
  (máquina real). Com o passar dos anos, o termo englobou um grande número 
  de abstrações como por exemplo, Java Virtual Machine (JVM), que 
  não virtualiza um sistema real [LAUREANO, 2008].
  Já uma máquina real é formada por vários componentes 
  físicos que fornecem operações para o sistema operacional 
  e suas aplicações. Iniciando pelo núcleo do sistema real, 
  o processador central (CPU) e o chipset da placa-mãe fornecem um conjunto 
  de instruções e outros elementos fundamentais para o processamento 
  de dados, alocação de memória e processamento de E/S. Olhando 
  mais detalhadamente um sistema físico, temos ainda os dispositivos e 
  os recursos, tais como a memória, o vídeo, o áudio, os 
  discos rígidos, os CD-ROMs e as portas (USB, paralela, serial). Em uma 
  máquina real, a BIOS ou drivers específicos fornecem as operações 
  de baixo nível para que um sistema operacional possa acessar os vários 
  recursos da placa-mãe, memória ou serviços de E/S conforme 
  descrito na Figura 1 [LAUREANO, 2008].
 
  Figura 1 – Diagrama de uma máquina virtual [LAUREANO, 2008].
4 – Aplicações
É preciso entender que a virtualização 
  de desktops segue os mesmos princípios básicos das virtualização 
  de servidores, que permitem executar múltiplos sistemas operacionais 
  em uma única máquina (PC). Mas há diferenças bastante 
  significativas, já que cada usuário conta com seu próprio 
  sistema operacional, como se fizesse uso de uma estação de trabalho 
  convencional. O VDI (Virtual Desktop Infraestructure) evita problemas de migração 
  que às vezes chegam a ser traumatizantes tanto para os usuários 
  como para a própria empresa, permitindo a centralização 
  dentro do data Center incluindo as unidades remotas. Outro ganho relevante é 
  a compatibilidade total das aplicações, proporcionando isolamento 
  total dos ambientes. Trata-se de um recurso bastante interessante para empresas 
  de todos os portes e perfis, já que há soluções 
  adequadas para cada necessidade [FILADOLO, 2008].
  Entre as vantagens da aplicação de um sistema de um VDI podemos 
  destacar: Cada usuário terá seu próprio ambiente de trabalho 
  que pode ser customizado com diferentes aplicações sem causar 
  impacto nos demais usuários, Melhor controle sobre as instalações 
  de aplicativos nas estações de trabalho podendo inclusive instalar 
  aplicações individuais, que não poderão ser compartilhadas, 
  Potencial para acessar desktops remotamente com segurança e acesso a 
  periféricos e armazenamento com maior rapidez.
5 – Conclusão
Portanto entende-se que quem ainda não despertou para 
  o quanto a virtualização transforma o ambiente de negócios 
  é melhor se apressar. 
  Muitos gestores de TI estão familiarizados com as vantagens que a virtualização 
  de servidores e desktops oferece e reconhecem a virtualização, 
  inclusive, como uma espécie de precursora da nuvem computacional (cloud 
  computing), em que é possível acessar remotamente pastas, programas, 
  e-mails, e que esta ditando as regras para quem quer se dar bem nessa área. 
  Quem faz parte desse “bum”, que são os avanços nesta 
  área, sabe que há sempre novidades capazes não só 
  de suportar as operações rotineiras, mas de resultar em vantagem 
  competitiva frente à concorrência. No caso da virtualização, 
  os equipamentos físicos passam a se comportar como software, possibilitando 
  relevante corte de custos e redirecionamento de recursos humanos para áreas 
  mais estratégicas da empresa.
  O fato de a virtualização separar os componentes - e favorecer 
  a mobilidade das tecnologias entre plataformas inseridas na mesma infraestrurura 
  - permite que se faça mais por menos. É o objetivo de quase toda 
  empresa hoje em dia. Já as vantagens da virtualização dos 
  desktops são ainda mais claras, à medida que os equipamentos constituem 
  o mais alto investimento do ambiente de TI. 
Referências
[SCHAFFER 2008] – Schaffer, Guilherme (2008) “Virtualização de desktops: o que é e porque virtualizar.” <http://www.baguete.com.br/blogs/post.php?id=4,149> Acesso em ( Maio 2009).
[LAUREANO, 2008] – Laureano, Marcos, Aurélio, Pchek (2008) “Virtualização: Conceitos e Aplicações em Segurança.” <http://www.mlaureano.org/virtualizacao> Acesso em (Maio 2009).
[MACAGNANI, 2009] – Macagnani, Bruno (2009) “Virtualização de Desktops, uma solução econômica?” <http://www.vivaolinux.com.br/artigo/Virtualizacao-de-desktops-uma-solucao-economica?pagina=4 > Acesso em (Maio 2009).
[FILADOLO, 2008] – Filadolo, Adriano (2008) “10 Vantagens da Virtualização de Desktops.” <http://imasters.uol.com.br/artigo/10888/tecnologia/10_vantagens_da_virtualizacao_de_desktops> Acesso em (Maio 2009).
[SENA, 2009] – Sena, Ezequias (2009) “Virtualização transforma ambiente de negócios e amplia vantagens competitiva.” <http://imasters.uol.com.br/artigo/12770/tendencias/virtualizacao_transforma_ambiente_de_negocios_e_amplia_vantagens_competitivas/ > Acesso em (Maio 2009).