INSTITUTO LUTERANO DE ENSINO SUPERIOR DE ITUMBIARA

CURSO DE BACHARELADO EM PSICOLOGIA

Barbara Buzo

Leidiane Beirigo

Talita Oliveira

 

Violência na família

  

Itumbiara, abril de 2018

Barbara Buzo

Leidiane Beirigo

Talita Oliveira

 


 

 Violência na família

 


 

Projeto de pesquisa submetido ao Curso de Bacharelado em Psicologia do Instituto Luterano de Ensino Superior de Itumbiara, Goiás.

 


 

Itumbiara, abril de 2018

 

 

 

Resumo

     Objetivo do trabalho, passar mais conhecimento e conhecer  a fundo o tema com todos os resultados e discussões, fazendo pesquisas aprofundada  em livros e sites confiáveis. O tema que o nosso grupo escolheu foi a violência na família, esse tema é uma das questões  sociais que mais causam  preocupação  e é abordado  como um problema de saúde pública e, todo o mundo. A violência intrafamiliar é aquela  que se refere  a todos as formas de abusos que acontecem  entre os membros de uma  família, dentre os tipos de violência intrafamiliar, a violência  intrafamiliar  infantil é definida como aquela que acontece dentro da família ou até mesmo no lar onde a criança convive, cometida por alguns parente ou  pessoas que tenham função parental, podem ser caracterizada de formas  diferentes como: física, psicológica, sexual  e  negligência.

       Para combater  a violência intrafamiliar, primeiramente é necessário  identificá-la, denuncia  e conhecer  também  quais são os direitos da criança e do adolescente ou das pessoas  que sofrem a agressão,procurar ajuda com professores, médicos, psicólogos, pedagogos e assistentes sociais , no exercício de suas atividades, estejam envolvidos  com  o atendimento e a defesa  dos direitos. A atuação desse  profissional  é fundamental  na  identificação  e prevenção  da violência contra a criança, pois pode determinar o seu rompimento, impedir que muitos casos continuem acontecendo e interromper o ciclo deste tipo de abuso. A violência intrafamiliar  uma questão que ainda está muito presente na sociedade e precisa  ser encarada, existem serviços especializados para  ajudar  pessoas que sofrem abusos e violência.

Abstract

Purpose of the work, to pass more knowledge and to know the subject thoroughly with all the results and discussions, doing in-depth research on reliable books and websites. The theme that our group chose was violence in the family, this issue is one of the social issues that cause most concern and is addressed as a public health problem and, all over the world. Intrafamily violence is one that refers to all forms of abuse that occur among members of a family, among types of intrafamily violence, intrafamily violence is defined as that which occurs within the family or even in the home where child living, committed by some relatives or persons who have parental function, can be characterized in different ways as: physical, psychological, sexual and neglect.
       In order to combat intrafamily violence, it is first necessary to identify it, denounce and know the rights of children and adolescents or people who suffer aggression, seek help with teachers, doctors, psychologists, pedagogues and social workers in the exercise of their activities, are involved in the care and defense of rights. The work of this professional is fundamental in the identification and prevention of violence against children, as it can determine their disruption, prevent many cases from continuing and stop the cycle of this type of abuse. Intrafamily violence is an issue that is still very much present in society and needs to be addressed, there are specialized services to help people who suffer abuse and violence.

 

Palavras chaves: violência, família, doméstica, agressão, laços afetivos, crimes.

 

Introdução

Como pode ser evitada a violência na família, esse projeto tem como hipótese analisar a violência doméstica, que é toda agressão tanto física ou verbal, que ocorre dentro da família por laços afetivos, essa violência trata-se de fenômenos que podem ser considerados crimes. O projeto tem como objetivo geral a redução dos índices de violência doméstica Compreender o porquê da violência familiar, as consequência da violência na família, descrever a influência da violência para as crianças presente na família. Tem como justificativa social contribui para a diminuição dos índices de violência doméstica. A violência é uma das questões sociais que mais causam preocupação e é abordada como um problema de saúde pública em todo o mundo; justificativa pessoal a temática em questão ampliará o (nosso) conhecimento sobre o tema. Um estudo mais aprofundado sobre as formas de violência doméstica, assim como suas consequências, futuramente, para entender e identificar possíveis vítimas e agressores, através de uma perspectiva profissional; justificativa Científica: A violência doméstica apresenta altos índices de ocorrência na maior parte do brasil. Os números de homicídio no âmbito doméstico, são alarmantes. Como profissionais é preciso buscar soluções para reverter a situação, e o primeiro passo para isso é entendê-la com mais detalhes.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. Compreender o porquê da violência familiar.

Segundo Bock, Furtado e Teixeira (2002, p. 332), “a violência está presente quando as condições de vida social são pouco propícias ao desenvolvimento e realizações pessoais e levam o indivíduo a mecanismos de autodestruição, como o uso de drogas, alcoolismo e o suicídio”. Há muitos drogados e alcoólatras em várias famílias, levando a violência física, além da violência física, a sexual e psicológica. Afetando as vítimas.

No interior da família, lugar mistificado em sua função muitas outras formas de violência além da física e sexual: ou seja, há o abandono, a negligência, a violência psicológica, isto é condições que comprometem o desenvolvimento saudável da criança e do jovem. (BOCK, Ana; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. 13, ed. refrom. e ampl. São Paulo: Saraiva, 2002. p. 334.)

2.2. Consequência da violência na família.

As consequências podem ser várias, levando a traumas físicos e emocionais.

A partir da década de 70, a violência passou a ser uma das principais causas de morbimortalidade, principalmente na população de adolescentes e adultos jovens das grandes cidades (MINAYO & SOUZA, 1998).  Eram pouco pesquisadas e faladas sobre a violência na família, às pessoas tapavam os olhos e fingiam não ver nada, pois antigamente quem mandava em casa era a figura do pai/marido. Mais recentemente, este campo de investigação se ampliou e passou a incorporar um grande número de pesquisas que focalizam também as consequências psicológicas da violência familiar na saúde de suas vítimas (KEMPE et al., 1962; GARBARINO et al., 1988). Mas, ainda são bastante escassas as pesquisas sobre o efeito indireto e complementar da violência familiar em processos de adoecimento mais complexos ou sobre os efeitos na saúde da criança e consequência do testemunho de violência entre outros membros da família.

As consequências da violência que diretamente atingem a saúde da criança ou do adolescente podem ser imediatas, de médio e longo prazo. Podem ser identificadas com facilidade, pois elas deixam marcas visíveis como cortes na pele, traumatismo. Também não são raros os cortes, queimaduras e rompimento de órgãos (ABRAPIA, 1992; HENDRICKS-MATTHEWS,1993; DESLANDES, 1997).

Algumas vezes ocorrem consequências físicas locais imediatas, como lesões himeniais, escoriações, hematomas locais, laceração de períneo, além de traumas em outras regiões corporais, em decorrência de abuso físico simultâneo (RAPPLEY & SPEARE, 1993; LEVITT et al., 1993).

A violência somente contra a mulher também é muito comum entre as famílias no Brasil, passou a fazer parte da luta dos movimentos feministas no Brasil de forma mais intensa a partir das décadas de 1970 e 1980, ocasião em que o governo propôs as primeiras políticas públicas na área. A literatura especializada tem tratado essa forma de violência como um questão complexa e multifacetada, que viola os direitos humanos das mulheres vitimizadas (GADONI-COSTA & DELL’AGLIO, 2009; GROSSI & AGUINSKY, 2001; ROVINSKI, 2004). Também considerado um problema de saúde pública, a violência contra a mulher provoca perdas significativas na saúde física e mental das vítimas. Além disso, as relações sociais ficam prejudicadas e deixam de funcionar como rede de apoio (COUTO, SCHRAINBER, D’OLIVEIRA & KISS, 2006; MONTEIRO & SOUZA, 2007).

2.3.Descrever a influência da violência para as crianças presente na família.

As agressões em crianças podem levar aos piores traumas infantis, as vivências traumáticas são marcantes e tem consequências devastadoras para o crescimento emocional. A violência intrafamiliar não é, na maioria dos casos, claramente identificável (FARINATTI, BIAZUS & LEITE, 1993). Origina-se de relações interpessoais assimétricas e hierárquicas, marcadas por desigualdade e subordinação (KOLLER, 1999).

A violência infantil familiar pode ser definida como aquela que acontece dentro da família ou até mesmo no lar em que mora, por algum parente, ou pessoa com laço parental. Essa violência pode ser caracterizada como física, psicológica, sexual, e de negligência. Geralmente é mantida por meio das relações de subordinação e dominação e é um dos principais motivos para as crianças fugirem de casa e do convívio familiar (WILLIAMS, 2004).

Essas violências trazem diversos fatores prejudiciais, tais como, dificuldade na aprendizagem, problemas em interação com o próximo e falta de perspectiva de uma sociedade digna. Contudo a violência pode afetar traumaticamente levando a criança a se tornar um agressor.

Metodologia

Este projeto se baseia na pesquisa bibliográfica com a leitura de artigos referentes ao tema: Violência na família. “Explica-se que uma pesquisa bibliográfica pode ser um apanhado geral sobre os principais trabalhos já realizados, revestidos de importância, por serem capazes de fornecer dados atuais e relevantes relacionados com o tema”. (MARCONI E LAKATOS; 2010, p.142)

A pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho dessa natureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente de fontes bibliográficas (GIL; 2002, p. 44)

Cabe advertir que construirá uma pesquisa bibliográfica utilizando-se de obras secundárias organizadas por meio do livro Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia, contido na biblioteca do Iles/Ulbra de Itumbiara, como também em artigos, por meio de investigações em sites confiáveis como Scielo, trabalhos que foram publicados no Google Acadêmico – uma ferramenta do Google que contém trabalhos acadêmicos. Lemos artigos referentes ao nosso tema, sendo excluídos os que não correspondem às palavras chaves e ao tema.

Foram usados materiais bibliográficos que tem a intenção de promover o aprofundamento nas pesquisas dos casos de violência intrafamiliar.Coletamos dados referentes ao assunto tratado, através de referências bibliográficas e conteúdos extraídos de sites, além de analisar e interpretar esses dados, com base em fundamentações teóricas consistentes em psicologia de autores renomados, objetivando compreender e explicar o problema pesquisado.

Resultados e discussões

Várias leis e normas nacionais e internacionais frisam a importância de reconhecer que a violência familiar é inaceitável, esta é uma questão grave que impede a trajetória pessoal de várias vítimas marcadas. Estudos mostram que os indices de violencia familiar vem aumentando cada vez mais. De acordo com algumas pesquisas Datasenado que foram realizadas em 2017, o aumento de vítimas de violência familiar é bastante nítido principalmente em mulheres que declaram ter sidos violentadas dentro de casa, esse percentual passou de 18%, em 2015, para 29%, em 2017. Segundo os estudos realizados pela Organização Mundial da saúde (OMS, 2002) - a porcentagem de mulheres que eram agredidas por seus parceiros em algum momento de suas vidas eram entre 10% e 52% em 10 países pesquisados. Em casos infantis a cada dia, em média acontece 129 casos contra a criança e o adolescente de violências físicas e psicológicas incluindo a sexual. Segundo dados do Unicef, 80% dessas agressões são causadas por parentes próximos, estudos apontam que a figura materna é a principal autora das agressões contra crianças.

Neste estudo foi possível revelar algumas peculiaridades que permitiram identificar o perfil da violência na família, alto índices de violência vem aumentando, vivemos uma época de crescente violência e esta não é um fato novo da história da humanidade essa problemática. A violência pode ser considerada como uso da força física ou do poder, real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha qualquer possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação mais do que qualquer outro tipo de violência, as condições peculiares de desenvolvimento desses cidadãos os colocam em extrema dependência de pais, familiares, cuidadores, do poder público e da sociedade.

Considerações finais

Os estudos voltados para a violência na família foi escolhido pelo grupo com o intuito de denúncias contra os crimes, esclarecer o problema e evidenciar os objetivos específicos. Algumas vertentes de estudos apontam para causas sociais, outras para causas individuais. A proposta deste trabalho, é abordar a violência nos aspectos: físicos, psicológicos e sociais. A partir do projeto nota-se que este é um assunto muito comum nas famílias de hoje em dia, porém pouco discutido, tal fenômeno que pode ser considerado crime. Diante de nossas pesquisas, verificamos que um assunto tão sério, ainda é tratado com descaso em diversos lugares, fato evidente em várias pesquisas. Vale ressaltar que o projeto foi desenvolvido para tomar medidas necessárias para o fim da violência familiar.

Nosso objetivo foi realizado em reduzir os índices de violência doméstica além de conscientizar a sociedade e levar conhecimentos as vítimas para denunciar. Embora não ousemos dizer que eliminaremos tal tensão, acreditamos ter dado alguns passos em direção a uma perspectiva que integre os aspectos da análise. Nosso trabalho procurou utilizar em toda a sua extensão recursos “facilitadores” para o desenvolvimento do projeto de pesquisa, essas análises foram possíveis com a ajuda do Manual de Metodologia, disponibilizado pelo Iles Ulbra.

 

 

 

 

 

 

 

Referência

ANTONI, Clarissa; KOLLER, Silvia. A visão da família entre as adolescentes que sofrem violência familiar. Disponível em: http://www.redalyc.org/html/261/2615024/ Acesso em 02 de abril, de 2018, às 20h30min.

BOCK, Ana; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. 13, ed. refrom. e ampl. São Paulo: Saraiva, 2002.

COUTO, M. T., SCHRAIBER, L., D’OLIVIERA, A. F., & KISS, L. B. (2006). Concepções de gênero entre homens e mulheres de baixa renda e escolaridade acerca da violência contra a mulher, São Paulo, Brasil. Ciências e Saúde Coletiva, 11 (Suppl. 0), 1323-1332. Disponivel em: http://www.scielo.br/pdf/estpsi/v28n2/09.pdf/ Acesso em 02 de junho, as 17h20min.

DIAS, Débora. A violência intrafamiliar infantil e suas consequências. Disponível em: https://www.comportese.com/2013/11/a-violencia-intrafamiliar-infantil-e-suas-consequencias Acesso em 02 de abril, de 2018, as 20h00min.

GADONI-COSTA, L. M., & DELL’AGLIO, D. D. (2009). Mulheres em situação de violência doméstica: vitimização e coping. Gerais: Revista Interinstitucional de Psicologia, 2 (2), 151-159. Disponivel em: http://www.scielo.br/pdf/estpsi/v28n2/09.pdf/ Acesso em 03 de junho de 2018, às 15h26min.

MORAES, Claudia; HASSELMAN, Maria; REICHENHEIM, Michael. Consequências da violência familiar na saúde da criança e do adolescente: contribuições para a elaboração de propostas de ação. Rio de Janeiro. Disponível em: https://www.scielosp.org/article/csc/1999.v4n1/109-121/pt/ Acesso em 28 de março, de 2018, as 15h45min.