VIOLÊNCIA E AGRESSIVIDADE NA JUVENTUDE
Publicado em 09 de julho de 2009 por Profº Raul Cuore
VIOLÊNCIA E AGRESSIVIDADE NA JUVENTUDE
Profº Raul Enrique
Cuore Cuore
Resumo
A violência e agressividade na juventude sempre existiram, mais atualmente estão tomando proporções incontroláveis. Existe uma necessidade urgente de retomar os valores morais e éticos que estão se tornando esquecidos pela juventude ou às vezes, tratados como obsoletos e fora da realidade. Este trabalho tem como objeto mostrar um pouco desta realidade que aflige a sociedade como um todo.
Palavras-chave:
Agressividade; Juventude; Revolta.
1 introdução
Existem, nas idéias e nos costumes dominantes que são peculiares a cada época, como, por exemplo, a libertinagem durante a França de Luis XV, o culto da Razão no tempo do Humanismo, a apologias da sensibilidade e do irracional no século do Romantismo, os Hippies nos anos 60, etc.
Uma das dominantes da nossa época é a revolta contra os valores tradicionais, consumismo exacerbado, que se traduz pela exaltação e a pratica da violência.
Este fenômeno se observa em todas as ordens do humano e social, e é bem mais acentuado durante a juventude.
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A REVOLTA
COMO DOMINANTE DA NOSSA ÉPOCA
Na
ordem da amizade, por exemplo. Em muitos meios, a amizade degenerou em
camaradagem vulgar e brutal. A integração na turma (e tal palavra não
significa necessariamente uma associação de malfeitores) substitui a intimidade
entre as pessoas e o intercâmbio de idéias e sentimentos. A turma busca
muito freqüentemente distrações e aventuras mais ou menos sofisticadas de
agressividade. O aumento da delinqüência juvenil prende-se a este tipo de vínculo
social. Um fenômeno tipicamente moderno é o dos delitos coletivos e o uso de
entorpecentes cuja multiplicação causa apreensão aos criminologistas.
No
plano da sexualidade, muitos jovens se presumem "libertos", e
desprezam indistintamente não apenas a exaltação romântica ou o sentimentalismo
sem graça das épocas precedentes.
O
entusiasmo pelos esportes brutais e perigosos, praticados freqüentemente sem
preparação e sem prudência, o culto à velocidade, enfim, o extrapolar dos
limites, provém do mesmo estado de espírito desafiador e agressivo.
No
campo das artes e literatura o contexto não escapa a essa falsa norma. Segundo
Thibon (1971) “Seu imperativo essencial é surpreender, chocar, desnudar,
ultrapassar todo limite e infringir toda regra. Assistimos, em todos os
domínios, ao desencadeamento da violência e da deformidade”.
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O FENÔMENO
DAS TURMAS NA JUVENTUDE
Esta
epidemia de violência causa estragos precisamente numa época em que os homens
sedentos de segurança automática, se encontram cada vez mais desarmados para
enfrentar os percalços e os deveres numa existência normal.
O
fenômeno da turma na juventude explica-se pela inaptidão de estabelecer
verdadeiras amizades e de criar verdadeiros grupos. O desmoronamento das
estruturas sociais liberta o elemento bruto. Seres incapazes de se unirem tendo
em vista um fim comum positivo, isto é, visando a alguma coisa, juntam-se
contra isto ou aquilo, é sua revolta, convertida em lei e fim supremo.
É
preciso lembrar também, esses acessos de furor, que vão das injúrias às
"vias de fato", provocados por uma insignificante recusa de
preferência ou pelo mais leve engarrafamento no transito. Esta barbárie
motorizada é comprovada e registrada todos os dias.
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Conclusão
O quadro exposto nos parágrafos acima não quer dizer que tudo está perdido. Um trabalho feito de forma séria, principalmente na Escola a partir das series iniciais, poderão reverter esta tendência anarquista que envolve à juventude atualmente.
A educação e o amor no lar, provido no seio familiar, também compõem um dos pilares fundamentais para reverter esta tendência de agressividade e violência.
Uma atenção especial a estes aspectos da educação trará benefícios para as próximas gerações, pois aproximando a juventude de atividades produtivas, comunitárias, e cooperativas diminuirão a agressividade estaremos dando ferramentas para semear uma sociedade menos violenta.
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referências
THIBON, Gustave. Diagnósticos de Fisiologia Social. Madri: Nacional, 1971.