A vida me ensinou muitas coisas, as quais aprendi a duras penas. Mas algumas fizeram morada em mim, disse-me ele. Veja bem, se eu souber que alguém não é confiável, e mesmo assim eu der a essa pessoa uma certa quantia em dinheiro, para que compre alguma coisa para mim, e isso não acontecer, e o dinheiro for usado maneira indevida, eu tive participação direta no caso, colaborei para que o erro acontecesse, pois facilitei para que sua desonestidade aflorasse. Sendo assim, posso ficar chateado, me irritar com o que era quase certo de acontecer? Penso que não. Eu também não me frustro com nada, pois aprendi a não querer nem isso, nem aquilo. Deixo para que o dia se encarregue do que a mim está direcionado. Quantas vezes planejei meu dia, imaginando que tudo fosse acontecer como eu queria. Já na véspera, anotava numa agenda o horário certo para cada coisa a ser feita. Mas aí, o passar das horas me mostrava que tudo acontece no momento certo de acontecer. Nem antes, nem depois. Programar para ter uma linha a seguir sim, mas que a linha é a que quero que seja... Talvez, quem sabe... Aprendi também, que a melhor forma de conhecer alguém, é através do sorriso. Ele mostra o que vai na alma, sem que a pessoa se dê conta de tal. Muitas vezes o sorriso não é acompanhado daquele brilho no olhar que diz tudo. Mostra angústias, frustrações, inveja, zombaria. Mas quando o sorriso salta aos olhos, aí sim mostra felicidade, empatia, amor,partilha. Aprendi que pensar de maneira positiva me dá paz, tranquilidade, esperança de dias melhores. Mas se eu me acomodar na esperança de que pelo simples fato de pensar positivamente nada de ruim vai me acontecer, e que tudo chegará a mim sem que eu me esforce ... Jamais! Entendi que a mentira não torna nossa vida melhor. Nada muda quando mentimos. Só nós pensamos que tudo muda. Como se possível fosse! Após ouvi-lo por um bom tempo, senti desencadear em mim uma série de perguntas em busca de respostas, que me fizessem entender quem sou e a que vim. Será que ele está certo em pensar assim? Pode ser que sim, pode ser que não. Afinal, longe de mim focar o negativo. E quem sou eu para julgar o outro? Quem sou eu para nomear-me juiz da vida alheia, apontando erros que só o são de acordo com meus parâmetros? Diferentes pensamentos devem ser respeitados. Vida que se quer vida há de ser vivida em plenitude! Ou não? Heloisa