Vida sem vida não e vida e vozes na ventania, e gente confusa e aflita. Fingindo que estão fazendo alguma coisa enquanto caminham olhando de soslaio procurando saber se alguém percebeu a sua pobre performance desajeitada e inútil. Vida sem vida e a gente sem escolha e se a escolha não agrada quem e que tem culpa?  Se nasce como a primeira dama ou uma puta. Bandido morto ou rei na vida. Vida sem vida e como uma praga, um estigma, uma doença necessária para que a verdadeira vida se revele no seio do mais profundo descontentamento. Mas, enquanto isso ressuscita mais uma vez, reencarna quantas vezes for necessária. Para alcançar a verdadeira vida tudo absolutamente e valido. Não existem regras ruins ou boas aqui embaixo já que tudo se pressupõe que vem de cima. Pare e observe aquilo que provavelmente mais repugna e não queres por perto, aquilo que rasteja, vive nas sombras, comendo as sobras, sem se importar se e dia ou noite, se vai morrer ali e agora. Eles também estão nos degraus da escada, mas enxarecebendo a sua parte, esperando uma nova engrenagem para seguir em frente.

Vida sem vida  e como lagrimas descendo encharcando a avenida. E o vicio da tortura e o acasalamento com a dor.

Vida sem vida e estar enterrado bem embaixo dos pés da eternidade. Sufocado com o seu próprio respiro.  Brigando com a sua mente, iludidos com o seu pensamento, escravo de seu próprio     desejos. Debaixo, bem abaixo no subsolo dos desorientados, perdidos em si mesmo, sem conseguir encontrar a saída se encontram às vezes prostrados, outras resignados, e na maioria confusos e alienados.