"Vida digital"
Publicado em 23 de maio de 2010 por Mário Paternostro
Que maravilha é a televisão, nos leva a um mundo de fantasias e nos derrama toda a sua cultura. Na sala de nossas casas, nos transformamos em alunos compenetrados, atentos a programas que nos levam a um mundo onde o próprio mundo não conhece.
Vejam só o espetáculo, a televisão nos ensina pratos deliciosos e nos dá a ilusão de que matamos a fome sem saber que estamos salivando a miséria. À noite sonhamos com as novelas, atores bem vestidos, bailes, festas e amores eternos, quem sabe a vida imita a arte e casamento suporte a rotina da sobrevivência. O programa jornalístico mais parece um seriado onde apresentadores bem apessoados, com a frieza de um congelador nos informa sobre o cotidiano e sem saber esquecemos que somos a personagem principal dessa história, mas na vida real nem sempre o mocinho vence o bandido e muitas vezes o final não é feliz. Os filmes nos mostram tiros, lutas e agressões, mas fazemos parte desse roteiro e mesmo sem ensaio desviamos de balas perdidas que um dia encontra sempre a direção. Somos atores da vida e prisioneiros do nosso próprio lar, acuados e manipulados por um aparelho que nos entretém e disfarça a nossa submissão a realidade.
O que nos alivia, é saber que nossas crianças aprendem pela manhã a usar uma frase quase esquecida, onde a apresentadora quase sempre loira e de mini-saia, repete ensaiadamente a sua cultura: Bom Dia.
O que nos conforta ao menos, é saber que além da televisão mascarar a nossa realidade, no dito popular, ela ainda é o mais eficaz dos "anticoncepcionais".
Vejam só o espetáculo, a televisão nos ensina pratos deliciosos e nos dá a ilusão de que matamos a fome sem saber que estamos salivando a miséria. À noite sonhamos com as novelas, atores bem vestidos, bailes, festas e amores eternos, quem sabe a vida imita a arte e casamento suporte a rotina da sobrevivência. O programa jornalístico mais parece um seriado onde apresentadores bem apessoados, com a frieza de um congelador nos informa sobre o cotidiano e sem saber esquecemos que somos a personagem principal dessa história, mas na vida real nem sempre o mocinho vence o bandido e muitas vezes o final não é feliz. Os filmes nos mostram tiros, lutas e agressões, mas fazemos parte desse roteiro e mesmo sem ensaio desviamos de balas perdidas que um dia encontra sempre a direção. Somos atores da vida e prisioneiros do nosso próprio lar, acuados e manipulados por um aparelho que nos entretém e disfarça a nossa submissão a realidade.
O que nos alivia, é saber que nossas crianças aprendem pela manhã a usar uma frase quase esquecida, onde a apresentadora quase sempre loira e de mini-saia, repete ensaiadamente a sua cultura: Bom Dia.
O que nos conforta ao menos, é saber que além da televisão mascarar a nossa realidade, no dito popular, ela ainda é o mais eficaz dos "anticoncepcionais".