Como se sabe, questões econômicas e financeiras sempre foram negligenciadas pela maioria das pessoas em nosso país. Não existe no Brasil uma cultura de planejamento, formação de poupança ou investimentos de médio e longo prazo. As compras são feitas com financiamentos a perder de vista, desde que o valor da parcela caiba no orçamento, porém, este normalmente está supervalorizado, uma vez que, nessa equação, os agentes não levam em conta suas despesas. E assim, começa o endividamento sem fim, que acabará impactando setores da vida das pessoas que até pouco tempo nem se imaginava.

         Uma boa qualidade de vida está diretamente ligada a uma situação financeira saudável. Contas em atraso, cobranças diárias e uma rotina de incertezas levam as pessoas a grandes cargas de estresse, culminando em vários tipos de males e doenças.

         Blanco (2014) cita um estudo realizado na Universidade do Arizona (University of Arizona) e Virginia (Virginia Tech University) sobre os efeitos negativos do descontrole financeiro na vida das pessoas. Segundo a autora, 82,5% dos entrevistados relataram ter sofrido algum problema de saúde devido a sua situação econômica, como estresse profundo, insônia, nervosismo, tensão, ansiedade, pressão alta, hipertensão, distúrbios alimentares e digestivos, entre outros.

         Desse modo, fica claro que organizar o orçamento e ter um plano de investimentos a médio e longo prazo não se trata de cuidar apenas de um aspecto econômico na vida das pessoas. Essa questão deve ser vista como uma ferramenta fundamental para o aumento na qualidade de vida e saúde da população em geral.

         Outro aspecto que evidencia a oportunidade no mercado é a situação econômica do país. Isso tem gerado descontrole das obrigações financeiras pela maior parte dos agentes econômicos, principalmente daqueles mais expostos à atual conjuntura de inflação e juros altos. Isso faz com que serviços de coaching se tornem cada vez mais necessários. As contas domésticas tiveram uma ampliação como há muito não se via, e, como não poderia deixar de ser, as micro e pequenas empresas, que também são vulneráveis aos aumentos de preços dos serviços essenciais, se encontram em situação complicada.

         De acordo com o Sebrae-SP, existem hoje 6,4 milhões de estabelecimentos empresariais no Brasil, e, 99% destas, são micro e pequenas empresas. O site também cita dados do Portal do empreendedor, que afirmam que Minas Gerais é o terceiro estado em números de MEI’s, com 550 mil inscritos. (PEQUENOS..., 2015).

         Quando acrescenta-se a estes dados, os potenciais clientes do segmento Pessoa Física existentes, fica claro que se trata de um grande e pouco explorado mercado em MG, que por sua vez, seria o nicho de mercado da Arthuso Consultoria Financeira.

         O mercado de consultoria prestada ao setor público, grandes estatais, ou grandes empresas do setor privado é altamente concentrado. De acordo com Caride (2015) quatro empresas dominam o mercado brasileiro e mundial, e são conhecidas como big four: Ernst & Young, KPMG, PricewaterhouseCoopers e Delloite. Essas empresas determinam as tendências do setor, devido à sua expertise e capacidade de análise em diversas frentes de negócio.

         As empresas concorrentes que foram pesquisadas, embora atuem no mercado de forma parecida, possuem preço elevado, desestimulando MEI’s e pessoas físicas menos abastadas a utilizarem seus serviços. De acordo com a Associação Brasileira de Consultores Empresariais (ABRACEM), serviços de consultoria, que tem em média dez sessões, custam entre R$ 2.500,00 a R$ 25.000,00. Portanto, acredita-se que com preços acessíveis e uma boa divulgação de seus cursos online e consultoria, a Arthuso conseguiria chegar rapidamente