Faço discursos revolucionários

Na porta de um bar

Citando os visionários

E poetas que parecem voar.

Minhas palavras inflamam

Os ouvidos alheios.

São versos que dançam

Ao som de galanteios.

A noite é do poeta

Que nunca foi editado.

São gritos de alerta

Para quem fica calado.

Ruas cheias de sossego

Quebrado pela revolta

Que aos poucos se solta.

Já não há mais segredo

Nos olhos dos intrusos

Que observam meus discursos.