“VANTAGENS E DESVANTAGENS DE CURSAR UMA UNIVERSIDADE EM OUTRA CIDADE”

 

Welinton dos Santos é economista e psicopedagogo

 

        O valor da faculdade compromete parte do orçamento doméstico, quando estuda fora os gastos são ainda maiores, quais as vantagens e desvantagens de estudar em outra cidade?

        Coloque tudo no papel, fica mais fácil para fazer comparações. Evita frustrações de deixar o curso no meio por problemas financeiros.

        Algumas vantagens e desvantagens de estudar em outra cidade:

·        Muitas vezes um curso em outra cidade pode ter melhor qualidade, portanto vale a pena considerar estudar fora, como um instrumento a mais na busca do sucesso profissional.

·        Gasto de locomoção, entre a residência até a universidade, para quem continua morando com os pais e faz viagens diárias, apesar do estudante ter descontos na passagem, mesmo assim pesa no orçamento, às vezes, ficando mais caro que a mensalidade, o valor gasto depende do deslocamento entre a cidade em que reside e onde pretende estudar. Somente vale a pena não residir próximo a universidade quando a distância não ultrapassa a 100 km para quem vai estudar em uma universidade pública sem despesa de mensalidade mesmo assim precisa criar algumas regras como estudar no ônibus, estabelecer um horário na internet para as pesquisas que pode ser feita na própria escola gratuitamente e utilização da biblioteca da instituição. Uma opção que está sendo cada vez mais analisada pelos jovens, principalmente aqueles que não têm muita certeza do curso que estão optando, é cursar um tecnólogo de 2 anos, além de mais barato, o curso é mais enxuto e prepara para o mercado de trabalho e possibilita  trabalhar simultaneamente com o estudo, o que não é possível para quem pretende ingressar na universidade pública.

·        Gasto com alimentação, quando reside próximo a universidade a sugestão é de efetuar compras no supermercado e fazer a própria refeição se a despesa for compartilhada com no mínimo 3 pessoas, para compensar o custo de um almoço por exemplo. Mas tomar café da manhã e lanches fora de casa custa de 80% a 200% mais caro na rua (este é um vilão do orçamento estudantil, porém necessário, pois alimentação adequada proporciona melhor rendimento nos estudos). Quanto a refeições, pode custar de 20% a 130% mais caro, do que as realizadas em casa. Os percentuais são consideráveis. No geral, em média o gasto é 100% mais caro quando a refeição é feita fora do domicílio, portanto pais e prepostos alunos, verifiquem quanto consomem em casa e multiplique no mínimo por 2 as despesas. Lembre-se que uma refeição no entorno da universidade.

·         Moradia, geralmente nas capitais o valor tende a ser mais caro, porque deve ser considerado o aluguel, o iptu, taxas, condomínio, luz, gás, seguro locação ou garantia locatícia e pequenas manutenções necessárias no imóvel, ao somar tudo, o valor é considerável. Uma das medidas usadas pelos alunos para diminuir custos é procurar repúblicas estudantis, em cidades do interior com universidade é comum famílias alugarem quartos para estudantes ou mesmo residir em pensões, do qual o custo é baixo. Quando optar pela locação, tentar montar um grupo de no mínimo 3 alunos para ratear as despesas desde consiga atender as exigências locatícias. Mas quando falamos de capitais, a realidade muda um pouco, a pesquisa é necessária e demanda tempo e dinheiro, para conseguir colocar em prática as mesmas dicas anteriores.

·        Morar fora exige mais alguns investimentos, em móveis e eletrodomésticos para manutenção como geladeira, fogão, cama, televisão, além de utensílios de: cozinha, cama, mesa, banho e outros.

·        Um fator é determinante: a independência, portanto, quanto mais organizado melhor, porém, sempre é um grande aprendizado.

·        Os preços dos cursos variam de acordo com a área escolhida, mas os mais populares em São Paulo, por exemplo: custam em média 2 salários-mínimos vigentes somente a mensalidade. Portanto um curso de 4 anos custa no mínimo R$ 40 mil.

·        Lembrar sempre ao estudante que terá que dividir o tempo dos estudos, com as baladas, ainda lavar roupas, cozinhar, limpar a casa, passar, dentre outros.

·         O diálogo e a confiança são à base psicológica do relacionamento com os pais para o filho que saiu de casa para ingressar na vida adulta e na busca da independência financeira.

·        Para quem pretende ir à universidade de carro, considerar despesas com gastos de: combustível, estacionamentos, pedágios e pequenas manutenções no veículo. Com o sistema flex abaixo custo de transporte, mas dividir com outros estudantes pode ser uma alternativa, porém é mais seguro e barato viajar de ônibus.

·        Fez a conta e não cabe no orçamento procure créditos estudantis, bolsas integrais e parciais, o crédito pode ser uma alternativa, mas lembre-se que existe uma obrigação financeira. Procure auxílios no departamento social da entidade que deseja cursar. Procurar alternativas, como o FIES, ProUni, Filantropia, Bolsa-empresa, Bolsas-internacionais, etc.

·        Para se ter melhor convívio na nova relação ser comunicativo auxilia no relacionamento dos bichos frente aos veteranos, as regras de convívio são muito diferentes da família, portanto a disciplina regra.

 Bem como vemos, existem muitas variáveis que precisam ser analisadas com cuidado na busca deste novo desafio, então definir qual é o maior gasto depende de onde irá cursar, podendo ser alimentação, transporte, material de pesquisa ou a própria mensalidade, portanto, definir todos os itens é necessário.

 Na busca da oportunidade de estudar em outra cidade, muitos acabam fazendo cursos de tecnólogo ou à distância, para subir um degrau anterior ao sonho pretendido, o que pode ser uma boa opção. Sucesso a todos os futuros universitários.