Vagalume da Felicidade
Por Guilherme Feliciano | 31/08/2016 | PoesiasLuz piscante que me guia
Na mata perigosa da vida,
Caço-te, busco-te todo dia
Sem olhar atrás a parte percorrida.
Quando acendes me atento,
Ao apagar vem meu lamento,
Num pisca-pisca variante,
Minha consciência é inconstante.
Sigo-te, sem espantar-lhe
A passo lento,
Perder-te após alcançar-lhe
Recomeça o processo sonolento.
Numa mata de vagalumes repleta,
De longe reconheço tua luz,
"Por quê escolher esse se os outros ao mesmo lugar conduz?"
Talvez porque dentre tantas luzes diferentes,
Que iluminam várias mentes,
Só teu brilho me afeta.
Alcançar-te é minha meta.
Ó Vagalume da Felicidade,
Não me engane, por piedade!
Todo caminho até aqui percorri,
Sem arrependimento
Com sofrimento
A quem pude socorri,
De quem ouvi todo lamento.
Só lhe peço e lhe imploro,
Seja o futuro que me sustenta,
Seja o mercado que me alimenta,
Seja o porto que me ancoro.
Vagalume da Felicidade!
Tantos querem tua sorte,
Caçam-te até a morte!
Não importando a idade!
Há quem cace água em Marte,
Caço-te pois vivo a arte!
Guia-me com tua luz
A um futuro iluminado.